No Observatório da Imprensa, artigo de Nelson Hoineff faz uma contextualização histórica e comparada das Tvs Públicas brasileiras e das possibilidades que se abrem para sua renovação, com a realização do Fórum Nacional de TVs Públicas.
Lembrando que a mudança da TV Brasil Central é um dos pontos fundamentais se se pretender ter uma política cultural em Goiás, como disse em meu artigo publicado em O Popular. E a Tv Brasil Central, vai participar?
Dois trechos do artigode Hoineff:
Interessa às três partes deixar as coisas como estão: aos governos, que continuam tendo um instrumento de propaganda (ainda que pouco visto) feito com o dinheiro do contribuinte; às emissoras privadas, para as quais é bom que as televisões públicas recolham-se às suas insignificâncias, conheçam o seu lugar e fiquem onde estão; e às próprias televisões públicas, que transformadas em repartições constituem-se em depositários de empregos e posições que serão tão mais estáveis quanto mais estiverem esquecidos.
Para uma quarta parte, justamente a que paga a conta, a situação não poderia ser pior. Com as exceções de praxe, a televisão pública é o abrigo da ideologia imitativa que repete e dilui de forma grotesca o que já é ruim na televisão comercial. Por que a televisão pública não é o espaço da ousadia e da experimentação que move a criação televisiva, como de resto toda forma de criação humana? Essa é uma pergunta que o Fórum Nacional de TVs Públicas, se tiver juízo, poderia se esmerar em responder.
É a televisão pública que deveria zelar pela diversificação da produção, encorajando a pluralidade e apostando nos novos formatos. Em grande medida, no entanto, ela simplesmente repete o modelo de produção viciado que faz da televisão comercial brasileira um caso único no mundo de concentracionismo e de confusão entre produtor e exibidor.
01 dezembro, 2006
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