Na nota anterior, indiquei um documentário disponível no YouTube. O vídeo usa o termo Tempo Velho, consagrado desde as eleições de 98, ao referir-se à administração do PMDB na Prefeitura de Goiânia.
É importante lembrar, contudo, no que toca a conferências de cultura, que o Tempo Novo também está em débito, embora por omissão. Sobre as ações da atual gestão municipal, basta consultar a nota anterior, ou o arquivo deste blog.
Já quanto à não realização da Conferência Estadual, a Agepel alegou, em matéria de O Popular, em dezembro passado, que discordava dos termos do protocolo que deveria ser assinado junto ao Minc e por isso não a realizara. Ficamos na companhia de outros 4 estados: Amazonas, Pará, Rondônia, Sergipe e São Paulo, mais o Distrito Federal. Com uma grande diferença: em todos esses outros estados houve conferências municipais, ou seja, eles escolheram representantes para a Conferência Nacional de Cultura e, principalmente, discutiram a questão cultural local (em Goiás, registre-se, aconteceu uma única: em Valparaíso). O estado de Roraima, que também não havia realizado sua conferência em 2005, o fez este ano. Mesmo estados administrados pelo PSDB, como Minas Gerais, não viram problemas em aderir ao Sistema Nacional de Cultura e fizeram suas conferências.
O processo das conferências foi perfeito? De forma alguma. A divulgação foi ruim, houve inúmeros problemas. Mas fomos tolhidos na possibilidade de participar, como coloquei em meu comentário, publicado na matéria Saberes e Quereres, da edição de 20 de setembro de Carta Capital: "Como fazer com que esse discurso avançado chegue aos rincões do Brasil? Que mecanismos a sociedade vai ter para se vncular à política nacional se os governos municipais e estaduais colocarem obstáculos, por divergências políticas?".
O mais grave, no caso de Goiás, é que o então governador e o presidente da Agepel ao que tudo indica tiveram acesso às informações sobre as conferências em primeira mão, pois estiveram com o Ministro da Cultura no dia 24 de agosto de 2005, e a portaria 180, que as regulamentou , é de uma semana depois, dia 31 . Tanto é assim que na ocasião o então governador se comprometeu a criar a Secretaria Estadual de Cultura (exigência do protocolo), conforme noticiei em Primeiro Passo , inclusive reproduzindo a foto do encontro. A mesma notícia apareceu depois no site da Agepel.
Nos dois casos, município e estado, embora absolutamente diversos os procedimentos, um mesmo efeito: o boicote à participação da sociedade na formulação das políticas públicas. Na sua origem, uma cultura política autoritária, a provar que o enorme desenvolvimento econômico de Goiás nas últimas décadas não teve correspondência em matéria de política.
O mais grave, no caso de Goiás, é que o então governador e o presidente da Agepel ao que tudo indica tiveram acesso às informações sobre as conferências em primeira mão, pois estiveram com o Ministro da Cultura no dia 24 de agosto de 2005, e a portaria 180, que as regulamentou , é de uma semana depois, dia 31 . Tanto é assim que na ocasião o então governador se comprometeu a criar a Secretaria Estadual de Cultura (exigência do protocolo), conforme noticiei em Primeiro Passo , inclusive reproduzindo a foto do encontro. A mesma notícia apareceu depois no site da Agepel.
Nos dois casos, município e estado, embora absolutamente diversos os procedimentos, um mesmo efeito: o boicote à participação da sociedade na formulação das políticas públicas. Na sua origem, uma cultura política autoritária, a provar que o enorme desenvolvimento econômico de Goiás nas últimas décadas não teve correspondência em matéria de política.
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