Hoje, a manchete de O Popular foi a reportagem - que ocupou praticamente uma página - sobre as mortes envolvendo supostos confrontos com policiais (pena o jornal ter preferido tratar dos crimes ambientais ontem, dia de maior circulação semanal).
O belo trabalho da repórter Rosana Melo foi feito a propósito da nova regra pela qual os policiais militares não devem socorrer feridos em confrontos ( divulgada pelo MP dois dias antes da audiência pública). Delegados da polícia civil ouvidos pela reportagem explicaram a importância da mudança:
O belo trabalho da repórter Rosana Melo foi feito a propósito da nova regra pela qual os policiais militares não devem socorrer feridos em confrontos ( divulgada pelo MP dois dias antes da audiência pública). Delegados da polícia civil ouvidos pela reportagem explicaram a importância da mudança:
(...) até o dia 18 do mês passado havia uma norma adotada no Procedimento Operacional Padrão (POP) da Polícia Militar de que em casos de confronto, os militares deveriam socorrer as vítimas.
Com isso, os militares levavam para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) mesmo as vítimas que morriam no local da troca de tiros, o que impossibilitava ou prejudicava a perícia no local do crime. A partir do dia 18 do mês passado, uma nova norma, adotada mediante consulta ao Ministério Público, passou a vigorar.
Todo policial militar envolvido em confronto em que resulte a morte do suspeito deve permanecer no local do confronto até a realização da perícia.
Peritos criminais e policiais da Delegacia de Homicídios comemoraram a adoção da nova norma, que proíbe os policiais de retirar as vítimas do local do confronto.
“Com isso, a perícia pode ser feita de forma idônea”, comentou um delegado.
Com isso, os militares levavam para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) mesmo as vítimas que morriam no local da troca de tiros, o que impossibilitava ou prejudicava a perícia no local do crime. A partir do dia 18 do mês passado, uma nova norma, adotada mediante consulta ao Ministério Público, passou a vigorar.
Todo policial militar envolvido em confronto em que resulte a morte do suspeito deve permanecer no local do confronto até a realização da perícia.
Peritos criminais e policiais da Delegacia de Homicídios comemoraram a adoção da nova norma, que proíbe os policiais de retirar as vítimas do local do confronto.
“Com isso, a perícia pode ser feita de forma idônea”, comentou um delegado.
A reportagem, histórica, deu o número de casos nos últimos 8 anos - 224, explicou o procedimento para sua apuração e abordou dois casos específicos. Concluiu com uma análise fundamental, mostrando o discurso contraditório com que o assunto é tratado:
Mortes geram promoção
Considerado ato de heroísmo, o assassinato de suspeitos de crimes é premiado com promoções pela Polícia Militar, apesar de autoridades negarem a ligação entre causa e efeito. A política de “bandido bom é bandido morto” não pode ser estabelecida. O correto seria prender o bandido, como diz a lei.
Certo é que em casos extremos, quando não há possibilidade de efetuar a prisão do bandido, o policial, trabalhador que garante a segurança da sociedade, se defenda da agressão. Neste caso, merece a promoção. Não pela morte do bandido, mas pela bravura no enfrentamento com o crime.
Na semana passada, a Assembleia Legislativa aprovou moção de aplauso a policiais das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) “pela ação eficiente que culminou na morte de três integrantes de uma quadrilha de assaltantes”. A moção foi aprovada pela bravura dos militares em ação contra a marginalidade ou pelas três mortes resultantes da ação? O documento aprovado pelos deputados não esclarece a questão.
Mortes geram promoção
Considerado ato de heroísmo, o assassinato de suspeitos de crimes é premiado com promoções pela Polícia Militar, apesar de autoridades negarem a ligação entre causa e efeito. A política de “bandido bom é bandido morto” não pode ser estabelecida. O correto seria prender o bandido, como diz a lei.
Certo é que em casos extremos, quando não há possibilidade de efetuar a prisão do bandido, o policial, trabalhador que garante a segurança da sociedade, se defenda da agressão. Neste caso, merece a promoção. Não pela morte do bandido, mas pela bravura no enfrentamento com o crime.
Na semana passada, a Assembleia Legislativa aprovou moção de aplauso a policiais das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) “pela ação eficiente que culminou na morte de três integrantes de uma quadrilha de assaltantes”. A moção foi aprovada pela bravura dos militares em ação contra a marginalidade ou pelas três mortes resultantes da ação? O documento aprovado pelos deputados não esclarece a questão.
Clique aqui para ler a reportagem na íntegra
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