Há exatamente um ano acontecia, na sede do IHGG, na Praça Cívica, a III Conferência Municipal de Cultura. Lugar mais que adequado para o retorno de práticas políticas da República Velha, que marcaram a conferência.
Presente o Oficial de Justiça com a liminar do Juiz da 1a Vara da Fazenda Pública Municipal, Dr. Eduardo Siade, suspendendo a conferência, ignorado pela mesa. Ausente o Secretário Municipal de Cultura, que desde a véspera, quando foi concedida a liminar, não fora mais localizado.
Voto de marmita ( eleitor recebe cédula com os nomes dos candidatos em quem deve votar)
Prática da República Velha ressuscitada em Goiânia quase um século depois do seu fim
A Conferência e o edital que a convocou já foram anulados pelo Dr. Fabiano Aragão, da 2a Vara da Fazenda Pública Municipal, mas até hoje não houve nova convocação, nem destituição dos conselheiros ilegalmente instalados.
Uma das lições do episódio é o reconhecimento da qualidade de nossa justiça de primeira instância. Os dois juízes não titubearam em reconhecer e anular a afronta à lei. Não fosse a manobra protelatória da Secult e da Procuradoria do Município, recorrendo ao Presidente do Tribunal de Justiça para a suspensão da liminar, sob a alegação de que isso era necessário para participarmos da Conferência Nacional de Cultura, a nova convocação teria ocorrido em tempo hábil e aí sim teríamos participado da Conferência Nacional de Cultura.
Contei essa história em detalhes no texto Goiânia e a Conferência Nacional de Cultura. No arquivo de textos de 2005 há mais informações sobre o assunto.
A foto é de Deolinda Taveira. Há outras em seu fotolog. Clique aqui para acessá-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário