O arquiteto, ambientalista e professor da Escola de Arquitetura da Universidade Católica de Goiás (UCG), Everaldo Pastore afirma que o viaduto trará problemas ambientais. Para ele, foi um grave erro iniciarem a obra às pressas como foi feito, sem nenhum estudo de impacto ambiental. “Inventaram às pressas um projeto para drenarem a água do subsolo quando já tinham iniciado a obra, o que aumentou consideravelmente o custo”, diz o professor. Além disso, o professor se preocupa com a questão das águas da chuva que provêm da trincheira serem transportadas para o Vaca Brava. Sobre a pressa em que foi iniciada e construída a obra, o secretário de obras se explica. “Íris quis fazer logo porque disse já ter prometido, ele quer o bem da população e eu também quero, então fiz o que ele achava melhor”. Além disso, ele disse ter alertado o prefeito sobre a possibilidade de cair sua popularidade com essa obra e com a pressa em fazê-la. “Não tinha necessidade. Para quem estava ganhando de quatro a zero, não precisava se arriscar”.
O secretário acredita também que o problema não é ambiental. “Não acho que tem a ver com meio ambiente, o tempo vai ridicularizar quem falou mal. Eu estou super tranqüilo, tudo que foi falado é maldade”. Além disso, o secretário de obras explica que o viaduto-trincheira não causará danos ao meio ambiente. “‘Não vai chover mais nem menos do que já chovia, vamos apenas pegar água que vem da chuva, colocar num tubo e jogá-la sem lixo no mesmo lugar, no Vaca Brava. A água da trincheira é água a mais do que havia antes, mas na proporção da água que viria da metade do telhado do Carrefour (supermercado).” Para o secretário, essa quantidade de água não vai fazer diferença ao ser jogada no Vaca Brava, pois será água sem rato e sem garrafa. Além do problema ambiental, Everaldo vê outros graves erros, como não ter discutido a obra com a comunidade e não observar uma questão maior, como do transporte coletivo. Para ele essa é uma obra feita por políticos e não por especialistas, pois deveria condizer com um planejamento para cidade. “São custos limitados para beneficiar poucos, os que utilizam transporte individual. Esse tipo de obra apenas protela soluções alternativas importantes”. O professor de arquitetura e urbanismo da Universidade Católica de Goiás, Dirceu Trindade, também acredita que deveria haver outros tipos de obras visando o transporte em seu âmbito maior.
O professor Everaldo Pastore sugere projetar caminhos protegidos, arborizados, fazer campanhas incentivando as pessoas a caminhar. Ele também fala na criação de ciclovias para desafogar o trânsito e diz que a criação dessas é absolutamente viável, sendo uma questão de interesse. Contudo, o secretário de obras diz ser tão impossível ciclovias serem construídas quanto a existência de Papai Noel. “Não temos dinheiro para resolver todos os problemas, se tivéssemos faríamos mais por pedestres e ciclistas, temos que focar no tráfego, no trânsito”, explica o secretário, que também diz que as mortes de ciclistas se dão mais pela cultura de tender a fazer o proibido. O professor de arquitetura e urbanismo Dirceu Trindade, não crê que ciclovia seja uma solução para Goiânia como meio de transporte, mas apenas para esporte e lazer. “Nosso clima não permite isso. Um professor, estudante, engenheiro ou médico não pode chegar suado em seu trabalho”. Contudo, ele compartilha da opinião de Everaldo Pastore que deveria priorizar-se o transporte coletivo. “A cidade não é só do automóvel”, diz o professor.
Para o professor Dirceu Trindade, a obra teve dois erros graves do ponto de vista urbano: não está dentro do processo de planejamento da cidade e a presença do viaduto-trincheira contraria o plano diretor. “Como consta na lei, em uma cidade acima de 500 mil habitantes, qualquer obra para transporte deve priorizar o transporte coletivo. Não está no plano diretor, não pode ser feito”, contesta Dirceu Trindade. No entanto, o secretário de obras diz que houve várias reuniões de todas as secretarias com o prefeito e se não houve nenhuma objeção, é porque não havia problemas. Para o professor Dirceu, qualquer obra deve ser feita visando o trânsito em um âmbito maior. “Um viaduto apenas passa para frente o engarrafamento”, diz o professor. O professor também explica que ao fazer obras deve-se manter o ambiente urbano mais próximo ao natural e o pavimento prejudica o calor, devendo haver elementos de contrapartida. Como urbanista, Dirceu Trindade vê que a obra do viaduto-trincheira retirou a pouca vegetação que havia, bem como o chafariz que melhorava a umidade da região, o que significa uma perda de qualidade urbana. Para o secretário Alfredo a retirada do chafariz significou uma solução para o problema dos transtornos que a água trazia em épocas de chuva.
O professor Dirceu também diz que o problema do trânsito naquele ponto poderia ter sido resolvido criando vias alternativas para as pessoas não utilizarem somente a T-63 e tumultuá-la. Além disso, ele enxerga a obra como solução por pouco tempo, pois são 200 novos carros por dia na capital, e o trânsito vai piorar cada vez mais, e construção de viadutos não é solução para isso. O secretário de obras também pensa que o viaduto-trincheira não é solução, dizendo que alertou Íris que viaduto não era solução, bem como trincheira, mas os dois juntos talvez fosse melhor, mas não melhoraria completamente. “Goiânia já está com problema máximo de trânsito. São problemas profundos, que não dá pra resolver. Mas também se a gente não fizer nada, não saímos do lugar. Nossa intenção era ajudar e acho que ajudamos de alguma maneira”, diz o secretário.
Em uma audiência pública no dia 16 de maio com a promotora Marta Moriya Loyola, o professor Dirceu Trindade esteve presente, assim como Clarismino Pereira Júnior, presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), a vereadora Marina Sant’anna, além de representante do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), Fernanda Antônia Mendonça. Houve uma tentativa de embargar a obra por alegarem não ter um estudo de impacto ambiental e por não condizer com o plano diretor da cidade. O professor alega que essa audiência não surtiu efeito porque não entenderam o que eles queriam: um estudo do impacto ambiental que a obra causaria e não a sua construção. Sobre isso o secretário Alfredo diz que a ação pública não foi para frente porque não tinham provas suficientes e alfineta. “Os arquitetos que tentaram impedir a obra, apesar de professores, têm menos conhecimentos que eu.” Ele complementa ainda ao tratar da “oposição”. “Eles são contra porque não os contratei para obra”. Contudo, o professor Dirceu diz que o problema dessa audiência foi que o Ministério Público não compreendeu o que eles queriam. “Nós queríamos um estudo de impacto ambiental da obra, do viaduto-trincheira, e não um estudo do impacto da construção, esse eles tinham”. O secretário de obras diz que sempre esteve aberto para ouvir e receber a todos para discutir sobre a obra e conclui. “Estamos abertos para ouvir sempre, mas quem decide somos nós do poder público”. E assim consuma-se a obra do viaduto-trincheira entre 85 e T-63, que até o final do ano estará pronta.
Para o professor Dirceu Trindade, a obra teve dois erros graves do ponto de vista urbano: não está dentro do processo de planejamento da cidade e a presença do viaduto-trincheira contraria o plano diretor. “Como consta na lei, em uma cidade acima de 500 mil habitantes, qualquer obra para transporte deve priorizar o transporte coletivo. Não está no plano diretor, não pode ser feito”, contesta Dirceu Trindade. No entanto, o secretário de obras diz que houve várias reuniões de todas as secretarias com o prefeito e se não houve nenhuma objeção, é porque não havia problemas. Para o professor Dirceu, qualquer obra deve ser feita visando o trânsito em um âmbito maior. “Um viaduto apenas passa para frente o engarrafamento”, diz o professor. O professor também explica que ao fazer obras deve-se manter o ambiente urbano mais próximo ao natural e o pavimento prejudica o calor, devendo haver elementos de contrapartida. Como urbanista, Dirceu Trindade vê que a obra do viaduto-trincheira retirou a pouca vegetação que havia, bem como o chafariz que melhorava a umidade da região, o que significa uma perda de qualidade urbana. Para o secretário Alfredo a retirada do chafariz significou uma solução para o problema dos transtornos que a água trazia em épocas de chuva.
O professor Dirceu também diz que o problema do trânsito naquele ponto poderia ter sido resolvido criando vias alternativas para as pessoas não utilizarem somente a T-63 e tumultuá-la. Além disso, ele enxerga a obra como solução por pouco tempo, pois são 200 novos carros por dia na capital, e o trânsito vai piorar cada vez mais, e construção de viadutos não é solução para isso. O secretário de obras também pensa que o viaduto-trincheira não é solução, dizendo que alertou Íris que viaduto não era solução, bem como trincheira, mas os dois juntos talvez fosse melhor, mas não melhoraria completamente. “Goiânia já está com problema máximo de trânsito. São problemas profundos, que não dá pra resolver. Mas também se a gente não fizer nada, não saímos do lugar. Nossa intenção era ajudar e acho que ajudamos de alguma maneira”, diz o secretário.
Em uma audiência pública no dia 16 de maio com a promotora Marta Moriya Loyola, o professor Dirceu Trindade esteve presente, assim como Clarismino Pereira Júnior, presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), a vereadora Marina Sant’anna, além de representante do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), Fernanda Antônia Mendonça. Houve uma tentativa de embargar a obra por alegarem não ter um estudo de impacto ambiental e por não condizer com o plano diretor da cidade. O professor alega que essa audiência não surtiu efeito porque não entenderam o que eles queriam: um estudo do impacto ambiental que a obra causaria e não a sua construção. Sobre isso o secretário Alfredo diz que a ação pública não foi para frente porque não tinham provas suficientes e alfineta. “Os arquitetos que tentaram impedir a obra, apesar de professores, têm menos conhecimentos que eu.” Ele complementa ainda ao tratar da “oposição”. “Eles são contra porque não os contratei para obra”. Contudo, o professor Dirceu diz que o problema dessa audiência foi que o Ministério Público não compreendeu o que eles queriam. “Nós queríamos um estudo de impacto ambiental da obra, do viaduto-trincheira, e não um estudo do impacto da construção, esse eles tinham”. O secretário de obras diz que sempre esteve aberto para ouvir e receber a todos para discutir sobre a obra e conclui. “Estamos abertos para ouvir sempre, mas quem decide somos nós do poder público”. E assim consuma-se a obra do viaduto-trincheira entre 85 e T-63, que até o final do ano estará pronta.
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