11 julho, 2008

A prisão de Daniel Dantas - 2 - Goianos

O noticiário sobre a prisão de Dantas tem colocado que Delúbio Soares foi utilizado pelo investidor para se aproximar da cúpula do governo, como mostra, por exemplo, matéria da Folha de São Paulo, do dia 9 ( Banqueiro se aproximou de ministros e contratou compadre de Lula):

Segundo a reportagem, houve uma divisão de ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os interesses do banqueiro com fundos de pensão. José Dirceu, na época ministro da Casa Civil, era a favor e Luiz Gushiken (Comunicação do Governo), era contra.

A reportagem informa que para se aproximar de Lula, Dantas contratou dois advogados. Antonio Carlos de Almeida Castro, amigo de Dirceu, e Roberto Teixeira, compadre de Lula. O banqueiro teve ainda apoio do então diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolatto e do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares.

Já no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Dantas teve apoio político do PSDB e do então PFL, atual DEM.


Matéria da edição de hoje do Valor Econômico ( Sem alarde, partidos mapeiam políticos que têm ligação com Dantas), afirma que no DEM considera-se que o deputado Ronaldo Caiado tem contato com Carlos Rodenburg, diretor do Opportunity:

O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), convidou o líder do partido na Câmara, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), e os deputados Paulo Bornhausen (SC) e Ronaldo Caiado (GO) para uma conversa no gabinete do senador Heráclito Fortes (PI). Fortes havia sido citado como dono de uma conta em paraíso fiscal e alvo de um grampo no qual teria sido flagrado conversando com Dantas sobre negócios do investidor com um dos filhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Quando eles chegaram aqui, me perguntaram qual seria a estratégia. Eu respondi que não havia como responder, já que ninguém sabe ao certo o que está sendo investigado", admitiu Heráclito, pouco depois de um enfático discurso na tribuna em que assumiu ser amigo de Dantas. "Não sou amigo de petistas com dólares na cueca, mensaleiros ou aloprados."

No DEM, afirma-se que parlamentares como Paulo Bornhausen e seu pai, o ex-presidente da legenda Jorge Bornhausen, o senador Marco Maciel (PE) e o deputado Ronaldo Caiado (GO) têm contatos com Rodenburg, que chegou a ser um dos foragidos da Operação Satiagraha. Dantas era muito próximo do ex-senador Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007.


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