01 julho, 2007

Cultura Zero 6 - Patrimônio Negativo

Sábado, 30 de julho, 20h. As crianças no palco, maquiadas e vestidas com seus figurinos, fazem o último ensaio, antes da abertura do teatro para a entrada dos pais e restante do público. É a apresentação de fim de semestre do curso de teatro do Centro Cultural Martim Cererê. Local: Teatro Marista.

Retrato melhor da crise profunda por que passa o estado não há: o governo deixou de pagar pela vigilância do Centro Cultural. Sem guarda, já houve quatro arrombamentos, em que foram levados boa parte dos equipamentos dos teatros e mesmo os computadores da administração. O que sobrou foi levado para a Agepel e trancado. Quem quer utilizar um dos dois teatros precisa alugar todo o equipamento. É o que estão fazendo os organizadores do III Festival Internacional do Corpo Ritual. Nessas condições, a solução encontrada pelos professores foi levar o espetáculo dos alunos para o Marista.

Pior é lembrar que o equipamento de iluminação foi comprado com recursos da Lei Goyazes, em projeto feito pela administração anterior do Cererê, através da FETEG, como já noticei desde 2005. Isso, depois de anos de reivindicação da categoria.
O Cererê, alías, antes dos larápios já tinha sido vítima do canibalismo do Goiânia Ouro, para onde se transferiram seu diretor, parte dos funcionários, público e programação.

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