06 abril, 2006

Bis

A propósito da informação de que a Agepel não utilizou recursos da Lei Goyazes em projetos seus, trazida pela matéria de O Popular de domingo, reproduzo nota deste blog de setembro passado:

20 Setembro, 2005

Os cães ladram e a caravana passa


Notícias da cultura:

- No último dia 18, a coluna Giro, de O Popular, anunciava o início das obras de reforma do Teatro Inacabado, com duração prevista de três meses.[ Em 23 de setembro de 2004, a Agepel anunciara a licitação,no valor de R$ 250.000,00]

- Dez dias antes, o mesmo Giro cobrara a liberação de R$ 200.000,00 captados pela Lei Goyazes para a reforma do Centro Cultural Martim Cererê.

Essas notícias ilustram exemplarmente a alguns aspectos de como são conduzidas as decisões pertinentes à área cultural em Goiás.

Primeiro, uma confusão absoluta entre público e privado. Ora, o Cererê é um equipamento da Agepel e sua reforma deveria ser feita com recursos de seu orçamento. A reforma do Inacabado é que deveria ser feita pela Lei Goyazes.

Segundo, o descaso absoluto pelas demandas coletivas e a preferência por negociações de gabinete: desde 2003 os profissionais atuantes no teatro têm cobrado sistematicamente a reforma do Cererê, espaço que mais atende à produção local, que está em condições lamentáveis, sem sucesso. Foi preciso que a própria administração do Cererê fizesse o projeto, através da Federação de Teatro.

Terceiro, a utilização da Lei Goyazes para bancar projetos do próprio governo, tirando os recursos dos artistas e produtores indepentes (confirmando a previsão feita pelo músico Lucas Faria, e negada então pela Agepel, já se vão alguns anos, na primeira reunião sobre a lei). A mesma coisa que a Secult pretende com as alterações no FAC.

Abaixo, a íntegra de documento entregue ao Presidente da Agepel, em mãos, no dia 20 de março de 2003. Registre-se: a pedido do próprio, em reunião que convocara no mês anterior.
(link original : http://entreatos.blogspot.com/2005_09_01_entreatos_archive.html)

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