Ainda sobre o "acabou o tempo do rei", de que tratei na nota anterior, achei uma explicação para a expressão da lavra do próprio presidente do Conselho Estadual de Cultura. É um trecho do discurso proferido por ele na Sessão Solene de entrega do Prêmio Jaburu (mais medalhas e diplomas), em 10 de dezembro de 2001 - ano em que foi aprovada a lei que reformulou o colegiado:
Há cerca de 12 (doze) anos, alertava em solenidade promovida pela União Brasileira de Escritores, de Goiás, na qualidade de seu ex-presidente, para a inexistência de uma política de cultura, pintando um quadro de todos conhecido. Permitam-me as palavras de então: " O paternalismo campeia. A vontade do rei executa-se, sem critérios, sem regras do jogo, sem plano operativo aberto, elaborado com a participação das entidades de cultura e dos segmentos representativos dos setores da atividade artística e cultural. Programas possíveis, escalonados dentro de quadro de valores e da necessidade. Plano que não fosse permeado de programas impositivos e que se direcionasse no respeito ao povo e ao produtor de cultura, que fosse alavanca para a ação cultural e não meio do Estado, ele próprio, 'fazer cultura', ou impor um determinado 'tipo' de cultura. Difícil quando se confunde a missão constitucional do Estado de amparar a cultura, com amparar a determinadas pessoas ou grupos, com benefícios concedidos, outorgados, por mercê e graça e por razões de amizade, de credo político-partidário ou meras simpatias pessoais". (Goiás Cultura - Revista do Conselho Estadual de Cultura, nº 6, 2002)
Doze anos antes de 2001 corria o ano de 1989, quando o governo Santillo (15.03.87 a 15.03.91) estava exatamente na metade. O Secretário de Cultura era Kleber Adorno e, segundo consta, Carlos Brandão, autor da reportagem do DM, ocupou um dos cargos de confiança na sua gestão.
Há cerca de 12 (doze) anos, alertava em solenidade promovida pela União Brasileira de Escritores, de Goiás, na qualidade de seu ex-presidente, para a inexistência de uma política de cultura, pintando um quadro de todos conhecido. Permitam-me as palavras de então: " O paternalismo campeia. A vontade do rei executa-se, sem critérios, sem regras do jogo, sem plano operativo aberto, elaborado com a participação das entidades de cultura e dos segmentos representativos dos setores da atividade artística e cultural. Programas possíveis, escalonados dentro de quadro de valores e da necessidade. Plano que não fosse permeado de programas impositivos e que se direcionasse no respeito ao povo e ao produtor de cultura, que fosse alavanca para a ação cultural e não meio do Estado, ele próprio, 'fazer cultura', ou impor um determinado 'tipo' de cultura. Difícil quando se confunde a missão constitucional do Estado de amparar a cultura, com amparar a determinadas pessoas ou grupos, com benefícios concedidos, outorgados, por mercê e graça e por razões de amizade, de credo político-partidário ou meras simpatias pessoais". (Goiás Cultura - Revista do Conselho Estadual de Cultura, nº 6, 2002)
Doze anos antes de 2001 corria o ano de 1989, quando o governo Santillo (15.03.87 a 15.03.91) estava exatamente na metade. O Secretário de Cultura era Kleber Adorno e, segundo consta, Carlos Brandão, autor da reportagem do DM, ocupou um dos cargos de confiança na sua gestão.
Querido,
ResponderExcluirCom isso fica demonstrado que a memória é curta e nessa vaga lembrança se estabelece a eterna lambança dos cargos comissionados. Parabéns!
http://amigosdemuseu.blogspot.com/