Segundo matéria de hoje, na Folha, o TSE , ao contrário do que tinha anunciado, não está fazendo monitoramento em tempo real das doações aos candidatos, para evitar irregularidades.
Nem precisaria tanto: bastaria a gente poder ver quem está doando para quem. Esta questão é analisada em artigo de Joaquim Falcão, também na Folha, que a certo momento diz:
No fundo, trabalha-se com a crença que existe correlação entre doar dinheiro ao candidato e vinculá-lo aos interesses de seu grupo ou de sua comunidade.
O político eleito não representaria o povo, mas seria capturado pelo doador. O que não é necessariamente verdade. Doar dinheiro e serviços é direito do eleitor. É participar do processo.
Se o candidato vai ficar ou não dependente, é questão do caráter de ambos: doador e candidato. Se esta dependência for longe demais e contrariar os interesses dos demais eleitores, o político pode não ser reeleito.. Ao contrário dele, acho que esta é uma informação essencial.
Pela minha experiência como captador de recursos para projetos culturais, durante quase uma década, acho que Falcão é muito otimista quanto às intenções dos doadores...
Não teremos nem como avaliar se existe alguma contradição entre a propaganda do candidato e os interesses de quem está pagando por ela, até para que ele possa explicar como isso não interferirá na sua atuação.
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