Só nesta terça-feira O Popular publicou, com direito a chamada na primeira página, reportagem sobre os dois agentes da Polícia Civil de Goiás que foram presos em Brasília, na semana passada, suspeitos de espionagem contra adversários do governador Arruda.
chamada na dobra inferior da primeira página de hoje
Ontem, a notícia tinha aparecido na sessão de política, sem nenhum destaque e com um título que não sugeria qualquer vínculo com Goiás: Arruda teria grampeado rivais. O texto fazia referência às denúncias de que a Polícia Civil do DF estaria tentando abafar o caso: A PC é suspeita de abafar a prisão de dois policiais que tentavam monitorar com escutas, gabinetes de deputados distritais da oposição a Arruda.
Mais adiante, a matéria registrava que os policiais eram goianos, e que sua prisão, embora negada pela polícia do DF, tinha sido confirmada pelo seu ex-chefe, Cléber Monteiro, que deixara o posto na semana passada.
A falta de confirmação oficial até que poderia ser usada como justificativa para o atraso na cobertura do episódio, mas não se sustenta: na edição de domingo o Estadão, já tinha publicado matéria a respeito, contando o episódio com muito mais detalhes. Inclusive, explicando que o pedido de exoneração fora feito dois dias após o episódio. Ou seja, o Popular também poderia ter incluído o assunto em sua edição de domingo. Bastava reproduzir a matéria da Agência Estado (a de ontem fazia referência à Folhapress, agência da Folha).
Na internet, a notícia já era velha: o furo fora publicado no início da noite de sexta-feira, pelo Congresso em Foco e a origem dos policiais abria o subtítulo:
No início da manhã seguinte,dia 6, o site já publicava matéria sobre a crise aberta com a tentativa de abafar o caso, que teria culminado com o pedido de exoneração do Chefe da Polícia Civil (as prisões tinham ocorrido no dia 3):
Qual a razão para O Popular não ter acompanhado o caso de perto? Poupar a área de segurança pública de mais uma notícia negativa, diante da exposição causada pelos desaparecimentos de Luziânia e a prisão de um policial militar suspeito de ser o autor de uma chacina?
Em Brasília, segundo o Congresso em Foco, houve a tentativa de abafar o caso porque " a divulgação dos grampos se transformaria em mais uma pedra na vidraça do governador". Mas e aqui, por que esta demora?
Coincidentemente, ontem , 5 dias após as prisões, 3 dias após o furo, também no início da noite, o Congresso em Foco publicou duas outras matérias sobre o caso:
1) a confirmação das prisões - incluindo o nome dos policiais - feita pelo novo Chefe da Polícia Civil do DF, logo após sua posse:
2) a abertura de inquérito sobre o caso, pela Polícia Civil de Goiás, segundo informara o Secretário de Segurança Pública, Ernesto Roller, a parlamentares do DF. Começa assim:
Na internet, a notícia já era velha: o furo fora publicado no início da noite de sexta-feira, pelo Congresso em Foco e a origem dos policiais abria o subtítulo:
No início da manhã seguinte,dia 6, o site já publicava matéria sobre a crise aberta com a tentativa de abafar o caso, que teria culminado com o pedido de exoneração do Chefe da Polícia Civil (as prisões tinham ocorrido no dia 3):
Menos de doze horas depois: tentativa de abafar o caso teria levado ao afastamento do chefe da polícia
No mesmo dia, em entrevista por telefone divulgada na segunda edição do jornal local da Globo, o ex-Chefe da Polícia Civil do DF confirmava as prisões.Qual a razão para O Popular não ter acompanhado o caso de perto? Poupar a área de segurança pública de mais uma notícia negativa, diante da exposição causada pelos desaparecimentos de Luziânia e a prisão de um policial militar suspeito de ser o autor de uma chacina?
Em Brasília, segundo o Congresso em Foco, houve a tentativa de abafar o caso porque " a divulgação dos grampos se transformaria em mais uma pedra na vidraça do governador". Mas e aqui, por que esta demora?
Coincidentemente, ontem , 5 dias após as prisões, 3 dias após o furo, também no início da noite, o Congresso em Foco publicou duas outras matérias sobre o caso:
1) a confirmação das prisões - incluindo o nome dos policiais - feita pelo novo Chefe da Polícia Civil do DF, logo após sua posse:
2) a abertura de inquérito sobre o caso, pela Polícia Civil de Goiás, segundo informara o Secretário de Segurança Pública, Ernesto Roller, a parlamentares do DF. Começa assim:
A Corregedoria da Polícia Civil de Goiás abriu nesta segunda-feira (8) inquérito administrativo para apurar a participação de dois policiais goianos no grampo clandestino de deputados distritais da oposição ao governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido). Motivado pela matéria publicada com exclusividade pelo Congresso em Foco na última sexta (5), o secretário de Segurança Pública do estado, Ernesto Roller, determinou que todos os fatos sejam apurados.
Hoje, o assunto estava na primeira página de O Popular. Na matéria respectiva, o mais interessante é a informação de que os arapongas não são da área de informações da polícia, mas estavam em Brasília em seu horário de expediente...
Atualizaçõ em 9.02.2010 às 14:50 - incluí a matéria que está no item 1, acima, e numerei a que já constava com o número 2.
Atualizaçõ em 9.02.2010 às 14:50 - incluí a matéria que está no item 1, acima, e numerei a que já constava com o número 2.
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