Nas edições de ontem, tanto a Folha de São Paulo quanto o Estadão deram destaque à premiação do arquiteto Paulo Mendes da Rocha com o Pritzker de 2006 (considerado o Nobel da área), trazendo reportagens especiais e entrevistas. Do Brasil, só Oscar Niemeyer já tinha recebido a láurea (em 1988).
Na Folha, uma das fotos que ilustram a matéria, no Mais!, é do Serra Dourada, que consta da cronologia das obras mais importantes de Mendes da Rocha. O livro da Cosac & Naify sobre sua obra também traz o projeto do estádio.
Passada apenas uma quinzena da inauguração do Centro Cultural Oscar Niemeyer, com toda a mídia que envolveu, não poderia haver coincidência mais feliz para destacar a necessidade de valorização do patrimônio artístico que é o estádio, mesmo que seja porque seu criador virou celebridade, fazendo parte do jet set da arquitetura (conforme o Estadão).
Espera-se agora um maior respeito por suas obras na cidade. O Popular já trouxe, à época da construção do Goiânia Arena, artigos assinados por arquitetos condenando as interferências feitas no estádio ao longo dos anos, que culminaram com o atentado estético que é aquele Hulk.
Fica mais difícil também, repetir-se a proeza do caderno especial Serra Dourada, publicado pelo mesmo jornal, há um ano (27 de março de 2005), a propósito da reabertura do estádio, na comemoração dos seus 30 anos, após reforma que consumira oito milhões de reais. Mendes da Rocha sequer foi mencionado, enquanto o engenheiro responsável pela condução da obra teve até a família retratada. O caderno especial está disponível para assinantes em http://www2.opopular.com.br/serradourada/default.htm .
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