Embora tenha o mesmo nome, o projeto não tem nenhuma relação com o que foi criado há algum tempo por um grupo de artistas, técnicos e produtores locais, executado com o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Goiânia (ver atualização ao final do texto).
Segundo informações dispobilizadas pelo Portal da Transparência, do Governo Federal (abaixo), trata-se de um convênio em que a Funarte repassou à agência R$ 692 mil , cabendo a esta uma contrapartida de R$ 173 mil, num total de R$ 865 mil. O valor equivale a R$ 3.604 por vaga. O objeto seria a criação do Centro de Estudos em Inteligência Cultural (?) , com a execução de 10 oficinas. O convênio é de 31 de dezembro de 2008 e os recursos federais estão disponíveis desde 31 de agosto do ano passado:
Dados do convênio no Portal da Transparência- clique sobre a imagem para ampliá-la
Não deixa de ser curioso, e revelador da confusão que reina entre as atribuições da Agepel, da Secretaria de Ciência e Tecnologia e da Secretaria da Educação, que um curso profissionalizante, com um volume de recursos dessa monta, não esteja sendo oferecido pelo Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França , unidade do governo estadual onde são ministrados cursos regulares dessa natureza, e , pelo que consta, sempre com necessidade de recursos.
Atualização em 11.07.10:
Seguem informações do produtor cultural Jefferson (Boi) Affiune, sobre o projeto Bastidores realizado em 2009, feitas pela lista de discussão do Fórum Permanente de Cultura:
1ª parte - O PRojeto BAstidores do ano passado, foi proposto por mim BOI e realizado por mim e pela MArcí, foi realizado através da Lei Municipal de Cultura, foi aprovado em R$ 20.000,00 e com a inestimável ajuda do Marcelo Carneiro captamos através do Hospital Samaritano, Tropical Imóveis e Govesa Caminhões, realizamos todos os cursos e as visitas técnicas, bem como os participantes puderam acompanhar duas montagens, Quasar Jovem e Cia Nu Escuro, que receberam cachê, bem como pagamos pelo uso do Teatro Goiânia Ouro e entramos na Pauta, como qualquer um.
Somente coloco que não temos nada a ver com esse BAstidores da Tetê CAetano e da Agepel, apenas eles estão utilizando o nome que nós demos ao projeto, bem como, somos proprietários dosa direitos de uso e utilizamos o site www.bastidores. com.br
Além do mais estamos com oprojeto na Lei Municipal e na Lei Goyazes, esperando parecer dos devidos conselhos...
2ª parte - Desculpem a demora, estava em viagem, pedi a quantia de 47.000 para a Lei, mas como disse, fui aprovado em 20.000, foram 5 cursos, Produção (Marcí Dornelas), Áudio (jorge Leite), Iluminotécnica (Rodrigo Horse), Filamgem (Irerê) e Fotografia (laysla), a intenção era ter vários outros, mas com o corte no apoio, fizemos o que foi possível, 42 horas por curso, contando com a prática 6 horas, foram pagos cachês de R$ 1.500,00 para a Quasar Jovem e para a Companhia Nú Escuro, que autorizaram a participação dos alunos na montagem e captação de imagem.
Atendemos a uma média de 22 alunos por curso, menos Produção que atendeu a 46 alunos.
Qualquer outra informação esgtou a disposição
Marcus,
ResponderExcluirInfelizmente, os Centros de Educação Profissionalizantes, nas mãos da Ciência e Tecnologia não recebem qualquer apoio, os professores são remunerados para cargas horárias de 40 horas em R$804,50. E de quebra, embora sejam instituições de ensino profissionalizante, sujeitos a diretores sem qualquer qualificação na área educacional.
Os centros tem recebido investimentos altissímos do Governo Federal na compra de equipamentos e o Estado de Goiás, se revela incapaz de gerir ou fazer a sua parte. Acompanhe no site da Ciencia e Tecnologia a contratação de professores para esses centros e verá que boa parte não consegue contratar professores qualificados.
Deolinda, parece que a coisa é pior que eu pensava. Não tenho a menor idéia dos custos envolvidos no projeto, mas uma continha rápida mostra o problema de baixa remuneração que você mencionou. O custo do projeto equivale a 1.075 salários de professores do Basileu França. Supondo que os encargos sejam de 100%, seriam 537 salários. Dividindo por 13, para incluir 13º, é o custo anual de 41 professores.
ResponderExcluirMarcus, não sei nada do projeto Bastidores, mas tenho boa experiência em trabalhar como professor no CEP da cidade de Goiás. O descaso é total, as vezes a escola sobrevive pelo idealismo de alguns, como foi o caso de Goiás, mas tudo termina na vala comum da politicagem, e assim, a escola hoje tem diretor cuja a grande qualificação é ser dono e único escrivinhador de um jornaleco oportunista e amigo do ex secretário Joel Braga.
ResponderExcluirEm quase 3 anos de trabalho lá vi de tudo, o descaso por parte da Secretaria de Educação do Estado, depois a mesma situação piorada quando passou para Ciência e Tecnologia. O que falta? Conhecimento e qualificação nos grupos gestores, que desconhecem o básico, a legislação pertinente ao ensino profissionalizante, associado a isso, ausência total de quadro próprio de professores, todos passam por processo seletivo temporário, pagam miseravelmente e desconhecem as especificidades dos cursos que se propõe a ministrar. E o Conselho Estadual de Educação é totalmente omisso.Não sei, voltando aos projeto Bastidores, se há problemas em pagar decentemente os profissionais contratados, mas pagar miseravelmente os demais, para mim, há sim, sérios problemas.