26 julho, 2009

A Marcha - A Grande Família desmistifica a necessidade de debate sobre a liberação das drogas

Pode até ter sido coincidência.

Dois dias após a Procuradora-geral da República ter pedido ao STF o fim da criminalização de eventos pró-legalização das drogas, a Rede Globo exibiu, na quinta-feira, dia 23, episódio de A Grande Família cujo tema foi a Marcha da Maconha ( A Marcha).

A Globo prestou um serviço ao país, ao tratar o tema de forma inteligente e sem preconceito, como deve ser.

A ação da PGR e a exibição deste episódio do seriado provam o sucesso do movimento que busca chamar a atenção para a urgência de se começar a discutir esse tema em profundidade (no Youtube, vi que numa das temporadas anteriores já havia sido exibido um episódio tratando da maconha, Só um Tapinha não dói).


A propósito, na semana anterior o New York Times publicou nova matéria a respeito da legalização da maconha. A partir dela, colocou no ar um debate entre especialistas, com o tema Se a maconha for legalizada, o consumo vai aumentar? (em maio já tinha sido publicado outro debate: O que aconteceria se a maconha fosse descriminalizada? - numa abordagem do ponto de vista econômico)

Traduzo o trecho inicial da participação de Norm Stamper , que foi chefe de polítcia de Seattle de 1994 até 2000, é um ativista anti-proibicionista e autor de livro sobre os problemas na polícia:

qualquer lei que é desobedecida por mais de 100 milhões de americanos, o número dos que já experimentaram a maconha pelo menos uma vez, é uma má política pública. Enquanto um veterano com 34 anos de polícia, tenho visto como a proibição da maconha alimenta o desrespeito pela lei e o descaso por aqueles cuja atividade é fazer com que seja cumprida.


Abaixo, a sinopse e os vídeos com trechos do episódio A Marcha, disponíveis no site da Globo:


Lineu estaciona o carro em frente a calçada de sua casa e, sem querer, acaba sendo confundido com manifestantes que protestavam no bairro. No dia seguinte, o chefe da família vira destaque da primeira página do jornal. Tuco é quem vê a foto do pai no jornal e corre para contar a novidade. Ao ver a notícia, Nenê não entende como o marido foi parar no meio da passeata. O problema aumenta mesmo, quando Lineu chega no trabalho e Mendonça avisa que o chefe da repartição quer uma explicação, exigindo que o funcionário se posicione contra a passeata. No bairro, Agostinho defende o sogro, enquanto Beiçola e Abigail aproveitam a oportunidade para sugerir que Lineu deixe a presidência da associação dos moradores.


Lineu é confundido com manifestantes do bairro.O chefe da família vira destaque da primeira página do jornal



Agostinho tenta defender o sogro.Mas Beiçola e Abigail querem que Lineu deixe a presidência da associação dos moradores




E no trabalho, Lineu é condenado.Todos na Repartição acreditam que Lineu é viciado em drogas

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