02 julho, 2008

Para sacudir o marasmo, enquanto esperamos o plebiscito

Enquanto o plebiscito de outubro não chega, e ao que parece, ficaremos na pasmaceira até lá, uma boa pedida é acompanhar a campanha para prefeito de Londrina, bem mais interessante.

Londrina é a terceira maior cidade da região Sul, vindo atrás de Curitiba e Porto Alegre. Tem cerca de 500 mil habitantes, mas sua área de influência compreende 4,5 milhões de habitantes. Sua idade é a mesma de Goiânia e sua economia também está ligada ao agronegócio. Mas na política, quanta diferença...

Em 22/06/2000, a Câmara Municipal da cidade, numa sessão que durou 26 horas, cassou o prefeito Antonio Belinati, que cumpria o terceiro mandato e era acusado de gastos excessivos em publicidade e promoção pessoal na inauguração do Pronto Atendimento Infantil (PAI), ocorrida um ano antes.

Seriam sete infrações: convite, com a assinatura do prefeito, para a inauguração do PAI – confecção e expedição; telefonemas (telemarketing) com mensagem gravada pelo próprio Belinati; transporte de pessoas para a inauguração; colocação de outdoors; ampla publicidade nos principais jornais do Estado; divulgação da inauguração em emissoras de rádio e televisão; publicação da revista do Meio Ambiente/AMA onde há uma foto do prefeito e um texto assinado por ele (leia mais aqui).

Não bastasse isso, o vereador que à época deu o voto decisivo para a cassação do prefeito, foi também cassado no dia 31 de maio último, acusado de ser o chefe de um esquema de corrupção na Câmara do qual participariam outros sete vereadores.

Os vereadores são alvo de investigação pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP estadual. Eles teriam recebido uma propina de R$ 120 mil para proposição e aprovação de uma lei municipal relativa a um loteamento ( leia mais aqui).

Belinati, o prefeito cassado, é atualmente deputado estadual, pelo PP. Foi candidato em 2004 e perdeu no segundo turno. Em apenas um escândalo, é alvo de mais de 70 ações cíveis e criminais e já teve duas ordens de prisão propostas pelo Ministério Público (MP). Agora será candidato de novo. Perguntado se isso poderia influenciar na eleição, respondeu : ''O povo é que tem que dar a resposta - por enquanto, já tive mais de 80 mil votos para deputado estadual (no pleito de 2006)''(leia mais aqui). Há uma entrevista muito interessante, publicada no webjornal laboratório da UNOPAR, em 2004.

Achou pouco? Tem mais: o candidato do PDT, deputado federal Homero Barbosa Neto (PDT), acaba de ser denunciado, por um ex-assessor, de apropriação de salário de servidor comissionado ( leia mais aqui).


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