30/01/08 07:01 Recentemente, estimulei uma competição com um blogueiro da revista – contratado especificamente para atacar os adversários de Veja . Havia duas razões relevantes para tanto. Primeiro, para demonstrar que, com a Internet, cessou o predomínio das grandes publicações. É possível, mesmo sem ter um grande órgão da imprensa tradicional por trás, mobilizar pessoas para esse trabalho cooperativo, de disseminar informações. É o verdadeiro trabalho em rede, no qual – graças à Internet – cada pessoa dá sua colaboração, pegando as informações e levando para seus círculos de conhecidos. Segundo, para que essa rede, formada nesse período, ajude a dar visibilidade a essas reportagens que passo a publicar. Não será um desafio fácil. Estaremos enfrentando o esquema mais barra-pesada que apareceu na imprensa brasileira nas últimas décadas. E montado em cima de um tanque de guerra: uma publicação com mais de um milhão de exemplares. Tenho convicção de que a força do jornalismo e do trabalho em rede permitirão decifrar o enigma Veja. Para tanto, conto com a mobilização de todos vocês. Não se trata mais de um mero exercício esportivo de aquecer uma eleição de Blog. Trata-se, agora, de uma questão nacional que, tenho certeza, ajudará a reabilitar o exercício do jornalismo, mesmo na grande imprensa. O macartismo e o jornalismo de negócios
O fenômeno Veja
O maior fenômeno de anti-jornalismo dos últimos anos foi o que ocorreu com a revista Veja. Gradativamente, o maior semanário brasileiro foi se transformando em um pasquim sem compromisso com o jornalismo, recorrendo a ataques desqualificadores contra quem atravessasse seu caminho, envolvendo-se em guerras comerciais e aceitando que suas páginas e sites abrigassem matérias e colunas do mais puro esgoto jornalístico.
Para entender o que se passou com a revista nesse período, é necessário juntar um conjunto de peças.
O primeiro, são as mudanças estruturais que a mídia vem atravessando em todo mundo.
O segundo, a maneira como esses processos se refletiram na crise política brasileira e nas grandes disputas empresariais, à partir do advento dos banqueiros de negócio que sobem à cena política e econômica na última década.
O terceiro, as características específicas da revista Veja, e as mudanças pelas quais passou nos últimos anos.
A partir de agora, e nos próximos dias, publicarei, em capítulos, a história que tenta explicar esse fenômeno de anti-jornalismo.
No capítulo 1 – “Os Momentos de Catarse e a Mídia” – analisam-se as pré-condições que abriram espaço para o estilo que tomou conta da revista nos últimos anos.
No capítulo 2 – “A Mudança de Comando”, o que significou a ascensão de Eurípides Alcântara e Mário Sabino ao comando da revista de maior circulação do pais. Clique aqui.
O endereço para acessar as matérias é http://luis.nassif.googlepages.com/home. Ou clicando aqui.
A partir dessa página se terá acesso aos capítulos que serão publicados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário