Uma leitora de Porangatu escreveu ao jornal, reclamando. A carta foi publicada no dia 26.11.04, na seção Opinião do Leitor, juntamente com a resposta de Brandão. Abaixo, a transcrição de ambas.
Tenpo
Comunico a indignação da sociedade de Porangatu frente à matéria preconceituosa e discriminatória do jornalista Carlos Brandão (DM – 22/11).
Por desconhecer totalmente nossas tradições culturais, o citado jornalista difama a nossa sociedade, chamando-a, nas entrelinhas, de ignorante e despreparada para receber um evento como o Tenpo. Ele generaliza sua opinião pessoal como sendo a da platéia quando diz que “o espetáculo do grupo de Porangatu, Do Arco da Véia, não agradou”. Ele deveria ter dito: “não agradou a mim”, uma vez que a platéia participou e riu o tempo todo.
Quando o jornalista critica a Agepel e a Scult por convidarem pessoas da periferia para assistir aos espetáculos, ele está sendo elitista e se mostra claramente contra a Inclusão Social. Carlos Brandão ratifica sua posição preconceituosa dizendo que o Fica e o Canto da Primavera só têm resultado satisfatório porque “sobrevivem sem muita participação dos nativos”.
Maria Efigênia, Porangatu(GO)
por fax
O repórter Carlos Brandão esclarece que dona Maria Efigênia não deve ter entendido a matéria. Sem usar de ironia, disse, numa crítica construtiva, que se o Tenpo não for construído durante o ano todo, nem precisa acontecer. Disse que é preciso criar público, ou criar no público uma consciência teatral. Defendo o acesso do povão, mas desde que de maneira não paternalista como aconteceu no Goiânia em Cena, em 2003, e acontece anualmente no Tenpo. O povo, dona Maria, sabe o que quer. Não é preciso que “autoridades culturais metidas a sebo” ensinem a ele do que gostar.
Brandão disse que Fica e Canto da Primavera acontecem à revelia dos nativos. E, que em Porangatu é diferente, porque a população faz a diferença, participando ativamente do evento. Antes de “defender” a sociedade (será que ela deu autorização para isso?), dona Maria deveria tentar parcerias para ter atividades teatrais mensalmente na cidade onde supostamente cuida da Cultura. Falou com assessores do prefeito eleito, José Osvaldo, e me coloquei para, de Goiânia, do Centro Cultural Martim Cererê, ajudar nesse trabalho, de maneira gratuita, proposta que continua de pé, apesar do mal-entendido.
Comunico a indignação da sociedade de Porangatu frente à matéria preconceituosa e discriminatória do jornalista Carlos Brandão (DM – 22/11).
Por desconhecer totalmente nossas tradições culturais, o citado jornalista difama a nossa sociedade, chamando-a, nas entrelinhas, de ignorante e despreparada para receber um evento como o Tenpo. Ele generaliza sua opinião pessoal como sendo a da platéia quando diz que “o espetáculo do grupo de Porangatu, Do Arco da Véia, não agradou”. Ele deveria ter dito: “não agradou a mim”, uma vez que a platéia participou e riu o tempo todo.
Quando o jornalista critica a Agepel e a Scult por convidarem pessoas da periferia para assistir aos espetáculos, ele está sendo elitista e se mostra claramente contra a Inclusão Social. Carlos Brandão ratifica sua posição preconceituosa dizendo que o Fica e o Canto da Primavera só têm resultado satisfatório porque “sobrevivem sem muita participação dos nativos”.
Maria Efigênia, Porangatu(GO)
por fax
O repórter Carlos Brandão esclarece que dona Maria Efigênia não deve ter entendido a matéria. Sem usar de ironia, disse, numa crítica construtiva, que se o Tenpo não for construído durante o ano todo, nem precisa acontecer. Disse que é preciso criar público, ou criar no público uma consciência teatral. Defendo o acesso do povão, mas desde que de maneira não paternalista como aconteceu no Goiânia em Cena, em 2003, e acontece anualmente no Tenpo. O povo, dona Maria, sabe o que quer. Não é preciso que “autoridades culturais metidas a sebo” ensinem a ele do que gostar.
Brandão disse que Fica e Canto da Primavera acontecem à revelia dos nativos. E, que em Porangatu é diferente, porque a população faz a diferença, participando ativamente do evento. Antes de “defender” a sociedade (será que ela deu autorização para isso?), dona Maria deveria tentar parcerias para ter atividades teatrais mensalmente na cidade onde supostamente cuida da Cultura. Falou com assessores do prefeito eleito, José Osvaldo, e me coloquei para, de Goiânia, do Centro Cultural Martim Cererê, ajudar nesse trabalho, de maneira gratuita, proposta que continua de pé, apesar do mal-entendido.
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