tag:blogger.com,1999:blog-84679192024-03-07T17:16:39.664-03:00entreatosGoiânia, Goiás, Brasil, Século XXI.<br><br>
"Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas
o que elas não querem ouvir." - George Orwell <br>
<br> "Quién paga el mariachi pide la canción" - anônimo, México<br> <br>"Ver con calma un crimen es cometerlo" - José Martí<br>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.comBlogger567125tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-21969958001000529372020-08-03T11:14:00.000-03:002020-08-03T11:14:10.220-03:00Quatro descobertas sobre o Coronavírus ( e um pouco sobre a reabertura nos EUA)<p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Quatro novas descobertas sobre a Covid-19 <a href="https://www.nytimes.com/2020/07/06/podcasts/the-daily/coronavirus-science-indoor-infection.html">foram apresentadas </a> pelo repórter de ciência e saúde Donald G. Mcneil Jr , que já cobriu epidemias em mais de 60 países, dia 6 de julho, no <i>podcast</i> <i>The Daily</i>, do <i>The</i> <i>New York Times. </i>Ele também comentou sobre a reabertura nos EUA, o que o torna especialmente interessante para nós que estamos no Brasil. Vale a pena ouvir (há também uma transcrição do áudio).<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><i><br /></i></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Para facilitar, segue um resumo dos pontos principais abordados.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">O aumento dos casos em estados americanos do sul e oeste é exatamente como previsto em maio, quando flexibilizaram com os casos ainda aumentando: aumentariam ainda mais rápido.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Aqui cabe um paralelo com a situação dos EUA. Em Goiás, o Governador Ronaldo Caiado desistiu de enfrentar as resistências a medidas duras em 18 de maio, como lembrou Cileide Alves em <a href="https://www.opopular.com.br/noticias/politica/coluna-da-cileide-1.1763550/a-marcha-do-v%C3%ADrus-para-o-oeste-1.2079816">artigo</a> no jornal O Popular em que fez a cronologia do enfrentamento à pandemia no estado). Vale a pena ler o artigo que Donald publicou (<a href="https://www.nytimes.com/es/2020/05/13/espanol/segunda-ola-coronavirus-infeccion.html">tem traduzido em espanhol</a>) , também em maio, quando os estados anunciavam a reabertura, no qual detalha <b>que nenhum tinha 14 dias sem aumento de casos e que havia dificuldades para o rastreamento</b>: além dos testes, um caso gera 50 contatos cujo rastreamento demanda três dias de trabalho de cinco rastreadores.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Votando ao <i>podcast,</i> em Houston, a situação era similar à de Nova York em abril, de colapso na assistência médica. Só as mortes ainda não estavam na mesma incidência, mas com pessoas internadas em UTI, pode ser que tenham que armazenar corpos em caminhões frigoríficos mais à frente.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">O maior consenso hoje é que a <b>doença causada não é respiratória mas vascular</b> - <b>afeta todo o corpo, pois infecta os vasos sanguíneos:</b> pulmões, rins, o intestino, o cérebro e o coração. O que aumenta a necessidade de testes, e rápido, porque outras condições, não respiratórias, como AVCs, ataques cardíacos e até artrite podem estar relacionadas ao coronavírus.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">O vírus sofre mutações a cada duas semanas. Uma importante ocorreu na Itália, originando uma variedade italiana ou europeia que seria entre cinco a dez vezes mais transmissível mas menos letal.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><b>Ambientes fechados são muito mais perigosos. O contágio seria até 20 vezes maior que ao ar livre</b>, tornando o período frio em que estamos crítico. As gotículas percorrem o ambiente fechado, podendo contaminar quem está no mesmo cômodo. Ao ar livre, mais importante que usar máscaras é manter a distância de dois metros das outras pessoas.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Uma boa notícia, crucial para pais, crianças e a economia: aparentemente será possível o retorno das escolas de educação infantil antes do esperado - diferentemente da influenza, as crianças parecem não tossir e espirrar quando infectadas.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">Finalmente, é preciso que todos os estados dancem conforme a mesma música, que em momentos críticos, sigam as mesmas regras. Especialmente porque <b>as ações só produzem resultados depois de três semanas,</b> devido ao período de manifestação dos sintomas e hospitalização.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">A participação anterior de Donald no <i>The Daily, em abril, <a href="https://www.nytimes.com/2020/04/20/podcasts/the-daily/coronavirus-how-long-lockdowns.html">em que tratou do que viria pela frente pelos próximos um ano ou talvez dois</a> f</i>oi memorável. Soube dela por um tuíte do jornalista americano radicado no Brasil <a href="https://twitter.com/vinodsreeharsha">Vinod Sreeharsha.</a></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><a href="https://twitter.com/vinodsreeharsha"><o:p></o:p></a></p><p class="MsoNormal" style="font-family: cambria; font-size: 12pt; line-height: 24px; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-32706898368924661632020-07-24T22:42:00.000-03:002020-07-24T22:42:53.578-03:00Da bolha ao esgoto<span id="docs-internal-guid-b6abfc8e-7fff-23dd-9965-bc0b794cff35"><p dir="ltr" style="border-bottom: 1pt solid rgb(79, 129, 189); line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; padding: 0pt 0pt 4pt; text-align: center;"><br /></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Como um dos privilegiados que tiveram a atividade de escritório alterada para o teletrabalho, há quatro meses eu vinha vivendo no maior isolamento possível, saindo do apartamento apenas para fazer compras e, vez ou outra, deixar algo na casa de parentes. Minha janela para o mundo exterior eram os funcionários do prédio, os jornais, a tv, </span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">podcasts</span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, o twitter e o youtube. Até que na terça-feira, 7 de julho, uma notícia me forçou a romper essa bolha protetiva e entrar na realidade da Covid-19 em Goiânia.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Soube que uma tia, viúva, com 72 anos e hipertensa, tinha apresentado sintomas de Covid-19 uma semana antes. Ela havia procurado atendimento médico no domingo, tomou oxigênio no pronto-socorro do Hospital Samaritano, foi liberada e voltou para casa, onde estava desde então. Se a situação já era preocupante, tinha piorado: ela não estava mais atendendo às ligações de familiares. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Combinei com primas e tias que iria à casa dela para saber do seu estado e convencê-la a ir novamente para um pronto-socorro, avaliar como tinha evoluído desde domingo. Uma prima se encarregou de verificar qual seria a melhor opção de atendimento naquele momento para usuários do Ipasgo, como é o caso dela, professora aposentada.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Chegando ao prédio, foi preciso o porteiro chamar bastante para que atendesse. Porém, após ele pedir autorização para minha subida, ela não disse mais nada. Telefonei; ela felizmente atendeu e após meu pedido, finalmente autorizou minha entrada.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A porta do apartamento estava aberta. Chamei por ela e seguindo sua resposta a encontrei no quarto, deitada, na penumbra, com uma fresta da janela aberta. Ela usava máscara e tinha uma tosse miúda. Falava baixo. Estava bem enfraquecida pela doença. Eu estava com uma máscara caseira e um protetor facial transparente, artesanal, que ganhara de minha melhor amiga. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Fiquei à porta e fiz um longo e pausado questionário sobre como se sentia: febre, dores nas costas e uma bola no peito, falta de ar, dor de cabeça. Me contou, então, que parou de atender às ligações porque ficou ressentida com o tom das recomendações feitas sobre como deveria proceder, que achou invasivas. A médica que a atendeu no domingo tinha feito o pedido do exame RT-PCR e na segunda-feira ela foi ao laboratório para a retirada da amostra. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">De quando em vez, eu fazia uma interrupção para ir à varanda, na sala, para ficar próximo à janela aberta e passar as informações à família. No protocolo do laboratório o resultado era previsto para dali a cinco dias. Insisti ao longo de quase duas horas para irmos ao hospital, inutilmente. Ela disse que já estava melhor com os remédios que haviam sido receitados e foram caros, ia terminar de tomá-los e acreditava que ia sarar. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Pelo menos aceitou ligar para uma prima, em horários determinados, todos os dias, para que soubéssemos como estava. Não precisava de nada, tinha comida em casa. A primeira chamada deveria ser naquela noite. Redigi uma autorização para ter livre acesso na portaria e ela assinou. Concordou em desmarcar a faxineira, que iria no dia seguinte. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Quando cheguei ao carro e tirei a máscara, minha melhor amiga me ligou. Fiquei consternado enquanto contava como tinha sido: a recusa dela em ir para o hospital, sua fragilidade naquele leito na penumbra. Agora, era torcer para que melhorasse ou que a prima para quem ela ligaria conseguisse convencê-la a buscar ajuda médica.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Logo que cheguei em casa a prima ligou: assim que eu saí do apartamento, a tia tinha ligado para ela. Avisou que ia fazer as ligações como combinado. Quando melhorasse, iria se consultar com um especialista.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Passava um pouco mais de 18 h, mas com a ajuda da secretaria atenciosa de uma clínica de infectologia consegui marcar uma consulta com um pneumologista para o dia seguinte, à tarde. Minha prima avisou imediatamente minha tia. Ela recusou, mas disse que pensaria a respeito. Segunda vitória.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ela deveria ligar para a prima às 8:30h, horário que escolheu. Pouco antes das sete acordei com o telefone tocando. Eu tinha deitado bem tarde: finalmente comecei a fazer o curso de </span><a href="https://www.coursera.org/learn/covid-19-contact-tracing?edocomorp=covid-19-contact-tracing" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Rastreamento de Contato de Covid-19</span></a><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> da Universidade Johns Hopkins, de que soubera pelo </span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">podcast</span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Luz no Fim da Quarentena, fazia tempo.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Minha prima, aflita, contou que a tia tinha acabado de ligar dizendo que teve diarreia a noite toda, mal dormiu, falou "pode marcar a consulta" e não disse mais nada, nem desligou o telefone. Combinei que me vestiria e iria imediatamente ao apartamento dela. Antes que terminasse, a prima ligou novamente, aliviada: tinha recebido outra ligação - a tia avisou que ia tomar um banho e me esperaria no horário marcado para irmos à consulta.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A notícia foi passada no grupo de zap criado no dia anterior, comigo, primas e tias. Alívio por ela ter concordado em ir ao médico, preocupação pela mudança dela decorrer da piora do seu estado. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Duas horas depois, o telefone tocou insistentemente. Era outra prima, avisando que conseguira convencer a tia a ir para o pronto-socorro. Saí imediatamente. Já sabia que a melhor alternativa era uma ambulância pois além de ter o atendimento da equipe, ao chegar ao hospital não precisaria passar pela recepção. Ao parar nos sinaleiros, acompanhava as mensagens da prima, que tentava conseguir a ambulância. Sem chances pelo SAMU ou Bombeiros. Particular, somente se já tivesse o local de internação definido e autorizado. Restava a alternativa do dia anterior: irmos de carro mesmo para o pronto-socorro.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ela já estava pronta quando cheguei. Pegamos seus remédios e os da filha pré-adolescente, que estava com amigos desde o fim de semana. Dispensou a ajuda para caminhar. Fomos lentamente, seguindo seu passo lento pela dificuldade respiratória. Em quinze minutos chegamos ao Hospital Anis Rassi. Em vinte passou pela enfermeira da triagem, que fez a anamnese e mediu sua oxigenação. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Na recepção, sentei ao lado dela, na longarina que tivera os assentos interditados alternadamente, para assegurar maior distância entre as pessoas. Como estava fraca, conversamos pouco enquanto esperávamos na sala cheia, com o ar-condicionado ligado. Ela não quis comer nada. Baixei a fatura do cartão de crédito no celular dela, a seu pedido. A sala estava cheia. As recepcionistas usavam apenas máscaras N-95, atrás do vidro, cujas aberturas tinham sido lacradas com fita transparente. .</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mais uma hora e meia esperando e foi chamada pela médica, que como a enfermeira, vestia máscara N-95, protetor facial, luvas e capote. Não era permitido acompanhante na consulta. O cenário era de ficção científica, como já tinha visto em reportagens sobre hospitais onde são tratados pacientes graves de Covid, da TV Folha ( </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=hsddA2fzkXU&list=WL&index=33&t=0s" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Vidas em Jogo</span></a><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> e </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=sxucmW_8ADU&t=2s" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A linha de Frente</span></a><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">), do </span><a href="https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2020/06/14/imagens-dramaticas-mostram-a-luta-de-uma-equipe-para-salvar-pacientes-em-estado-grave-com-covid-19.ghtml" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Profissão Repórter</span></a><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> e do programa </span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Frontline ( </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=4DJtjyB1gvE&t=1832s" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Coronavirus Pandemic</span></a><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> , </span><a href="https://youtu.be/U8q2IEj-j24" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Inside Italy's Covid War </span></a><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> e </span><a href="https://youtu.be/DqOeiQkUufs" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">The Last Call)</span></a></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Meia hora depois a médica me chamou e explicou que a condição dela tinha piorado desde domingo. Ficaria em observação enquanto outros exames eram feitos e aí avaliaria se a internação seria em UTI ou enfermaria. Permitiu que eu fosse até a maca onde já estava com oxigênio. Conversei um pouco com a tia para deixá-la mais tranquila. Saí e fiquei esperando na calçada, ao ar livre.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Aproveitei e caminhei até o Biscoito Pereira, na Tamandaré. Almocei um salgado e um suco, num banco da praça, onde pude descansar as orelhas do elástico da segunda máscara do dia, que troquei antes da tia ser atendida pela médica. Caminhei pela República do Líbano deserta, com os cinco estrelas vazios, a Justiça Federal e os bancos sem movimento, e fiquei aguardando num banco da Praça do antigo Hospital São Salvador. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Já era fim de tarde quando me ligaram dizendo para ir à recepção. A médica havia prescrito a internação em UTI. Eu deveria aguardar para assinar a autorização mas antes era preciso o resultado positivo do RT-PCR, pré-condição para a internação.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Começou a segunda saga. Primas ligando no laboratório para conseguir que o resultado saísse logo. Depois de muitas tentativas, nos resignamos: seria impossível. Tentaríamos de manhã. Ao longo do tempo que fiquei lá, um paciente chegou com 20% da capacidade pulmonar. Era idoso e estava em casa há uma semana, com sintomas, mas não quis ir pro hospital, segundo o irmão. Parecia que o caso estava perdido... Era idêntico ao caso de um professor da UFG que </span><a href="https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/professor-da-ufg-morre-cerca-de-4h-ap%C3%B3s-testar-positivo-para-covid-19-1.2083786" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">sairia no jornal três dias depois</span></a><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, no sábado. Logo após, um carro chegou com uma mulher desmaiada. Estava com o marido e duas filhas. Depois que três enfermeiras a tiraram do carro, colocaram numa cadeira de rodas e levaram para atendimento, o marido me disse que ela estava sem sintoma nenhum, mas depois do almoço tivera falta de ar e foi piorando até desmaiar. Voltei para casa, usando minha quarta máscara do dia e com as orelhas ardendo.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Perdi o sono e aproveitei para terminar a primeira parte do curso de rastreamento. Aprendi sobre o vírus e a doença, cujo período de incubação varia entre dois e 14 dias mas normalmente é de </span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">cinco dias</span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">; e o período infeccioso, em que o doente transmite a doença, que começa ainda na incubação, d</span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">ois dias antes de aparecerem os sintomas </span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">e se prolonga enquanto estiver doente, normalmente </span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">dez dias</span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, podendo ir além. A maioria dos doentes apresenta sintomas brandos ( febre acima de 38 graus, tosse, dores de cabeça e no corpo) e se cura por conta própria, tendo o cuidado de manter-se hidratado. Precisa isolar-se em casa, separado do restante da família, para não infectá-los (autoisolamento). É preciso buscar assistência médica imediatamente em caso de apresentar lábios ou rosto azulados, dor ou pressão persistente no peito, dificuldade para respirar, confusão ou incapacidade para despertar. O contactante é alguém que ficou por mais de 15 minutos a menos de dois metros de uma pessoa em fase infecciosa ou ficou a uma distância maior, mas por tempo prolongado, no mesmo ambiente, ou teve contato físico direto com ela ou com suas secreções respiratória. Neste caso, é preciso fazer quarentena, ficar em casa por 14 dias, sem sair, para o caso de vir a ficar doente e assim não contaminar outras pessoas antes de aparecerem os sintomas, principalmente. O doente precisa ser acompanhado, para o caso de piorar, e para saber quando já está recuperado (a partir de dez dias, desde que os sintomas passem e não tenha febre por três dias seguidos); o contactante, para o caso de aparecerem sintomas, passando a ser doente. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O trabalho do rastreamento é diminuir o contágio, buscando rapidamente identificar os contactantes de alguém que é diagnosticado como doente e convencê-los a fazer a quarentena o quanto antes, para evitar que, se tiverem sido infectados, passem a doença adiante, em especial por conta da transmissão começar dois dias antes de aparecerem os sintomas. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A pequena distância entre as pessoas na recepção lotada - mesmo com a interdição das cadeiras - e ter passado duas horas naquele ambiente fechado, cuja porta aberta não me parecia suficiente para assegurar a circulação de ar, agora me pareciam ter sido um risco desnecessário... E ter visto, da última vez que entrei na recepção, que havia um painel com os diagnósticos das cerca de 16 pessoas aguardando atendimento, todas com suspeita de Covid-19, não me deixou mais aliviado. Me perguntava por que não comprara máscaras N-95 antes de começar minha jornada… Eu havia tido duas das formas de contato. Mas pelo menos não precisaria me preocupar por três dias, pois não estaria transmitindo, ainda, caso tivesse sido infectado. Neste caso, o domingo, para mim, seria o temido 5o dia, quando os sintomas mais provavelmente se manifestariam. Minha ansiedade era grande. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Na quinta-feira de manhã nada de resultado do exame ( no dia seguinte saiu no jornal que a </span><a href="https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/procura-por-testes-da-covid-19-explode-nos-laborat%C3%B3rios-de-goi%C3%A2nia-1.2082842" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">demanda nos laboratórios tinha aumentado 80%</span></a><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> entre maio e junho). A médica sugeriu que fizéssemos um teste sorológico, que sairia mais rápido. Aí foi outra luta de primas e minha afilhada tentando achar um laboratório que fosse ao hospital coletar a amostra. Nenhum ia: não querem invadir a área de outro, já que normalmente cada hospital tem um laboratório terceirizado que funciona lá dentro. O Anis Rassi é uma exceção pois seu laboratório é próprio - </span><span style="color: #93c47d; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">só que não fazia o exame. Achamos um que ia mas já estava com a rota pronta e não tinha como passar por lá. Um outro iria no dia seguinte mas só daria o resultado dois dias depois... Voltamos pro que não teve como ir, iriam tentar fazer um encaixe para a manhã seguinte. Nele, o resultado sairia no mesmo dia. Já era noite... Se tudo corresse bem, a tia ficaria só mais uma noite e a manhã do dia seguinte aguardando a internação na UTI. Minha melhor amiga, percebendo a angústia em que me encontrava, separou um tempo no início da noite para me dar atenção. Ainda bem. Só aí percebi como estava com os sentimentos reprimidos. Relaxei e tive novo ânimo. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Minha afilhada é uma garota obstinada. Resolveu entrar no site do laboratório mais uma vez, às 21h. Por sorte, o resultado tinha acabado de sair. Quando me ligou eu ainda desabafava sendo atendido por minha amiga. Retornei a ligação em seguida. Entrei no carro, fui até a casa dela, peguei o resultado impresso e deixei no hospital às 22h. Agora era esperar conseguirem a vaga. A recepção continuava cheia. Voltei para casa. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Acordei com o telefone tocando às 2 h. Precisava estar no hospital em uma hora para acompanhar a ambulância. Tomei um café e fui. Agora o movimento estava menor. Metade dos lugares liberados das longarinas estavam desocupados, mas mesmo assim, preferi ficar na calçada esperando. Uma hora depois a ambulância chegou. O médico me autorizou acompanhar enquanto a removiam. Ela, que estava dormindo, acordou mas nem viu que eu estava lá: deve ter pensado que eu era do estafe do hospital: agora usava um protetor facial profissional, presente da afilhada que acabara de ganhar. A ambulância saiu, segui um pouco depois mas a perdi de vista. O Hospital Garavelo era em Aparecida de Goiânia, a 30 km de distância.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Quando cheguei, a ambulância já tinha ido embora. O recepcionista me orientou que aguardasse a enfermeira vir falar comigo. Eram pouco mais de quatro horas. Fiquei na calçada, embora estivesse frio, para poder tirar a máscara um pouco e aliviar a dor nas orelhas. Só tinham sobrado as piores máscaras que tenho: o elástico é frouxo, tive que dar nós para ajustarem no rosto mas ficam apertadas e como são muito finas, uso duas…</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Enquanto isso, chegou uma mulher aos prantos, tinham ligado para que trouxesse os documentos do marido e comprovante de endereço. Ela queria que o recepcionista confirmasse a morte, porém ele não tinha como, só cumpria a ordem recebida e ligava. Quem viria conversar seria o médico ou a enfermeira, a única solução era aguardar. Ela disse que eram do Paraná, caso não houvesse velório precisaria avisar à família. Não adiantou, o recepcionista não podia fazer nada. Na calçada, o motorista de Uber que a trouxe, me vendo com o protetor profissional, achou que eu trabalhava no hospital. Estava preocupado: temia que ela também estivesse doente e pudesse ter infectado seu carro... </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">De tempos em tempos eu entrava na recepção - maior e mais arejada que a de Goiânia - aguardando a enfermeira. Por volta de 6h ela veio e me entregou as roupas da tia. Por ora, pela avaliação que fizeram, não era caso de UTI. Se piorasse e fosse necessário, a transfeririam para uma, tinham disponível. Nisso, já havia mais familiares de vítimas fatais na sala. Uma senhora e duas ou três moças de uma mesma família, dois homens altos e fortes de outra. O pedido de confirmação da morte do familiar de cada um deles aos jovens recepcionistas era recorrente e a resposta deles - que agora eram outros, pois o turno da noite tinha terminado às 7h - era a mesma: o médico desceria para falar com eles.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A enfermeira tinha pedido que eu comprasse chinelos e os medicamentos de uso contínuo da tia</span><span style="color: #93c47d; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. </span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Bobeei e não perguntei quais eram. Pedi ao recepcionista para ligar pra ela perguntando, mas ele não conseguia localizá-la pois minha tia não estava na enfermaria onde o sistema dizia que ela deveria estar. Por fim, minhas tias lembraram os nomes dos remédios.</span><span style="color: #93c47d; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Saí para comprar. Quando voltei, perto de oito horas, o clima tinha esquentado. Os familiares dos mortos reclamavam da falta de respeito que era terem ligado para eles de madrugada, fazendo-os saírem às pressas para o hospital e ficarem ali por horas, sem que confirmassem o que tinha acontecido. Até uma viatura da PM tinha aparecido, não sei se chamada pelos recepcionistas. Felizmente o médico chegou e começou a atendê-los. Mas ainda teve uma família impaciente para quem o atendente precisou explicar que o médico já estava com a primeira família, que iria atendê-los em seguida mas era um atendimento que demorava. Como os recepcionistas não sabiam onde minha tia estava, escrevi seu nome no saquinho e deixei com um deles. Comentei que até então eu pensava que o pior trabalho que conhecia era atendente de </span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">call center</span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, mas o deles ganhava.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Dormi um pouco. Quando acordei, no grupo que tinha criado já havia duas ou três indicações para que eu tomasse logo Ivermectina ou o Kit Covid, que tinham sido muito recomendados por um padre e médicos. Agradeci e disse que não tomaria, apenas seguiria a recomendação de isolamento por 14 dias. Usando dados da Secretaria da Saúde de Goiânia que estavam em matéria de O Popular expliquei que na imensa maioria dos casos, uns 90%, a infecção não traz sintomas mais graves. Ou seja, pode tomar sonrisal, chá de hortelã, comer pipoquinha, canja de galinha ou paçoquinha, mas desde que o doente se hidrate, faça repouso e tome um antitérmico, vai se sair bem. Os outros 10% irão para atendimento mais intensivo, sendo uma parte para ventilação e destes, um percentual desenvolverá quadros mais graves, eventualmente fatais. Concluí dizendo que torceria, primeiro, para não ter sido infectado e, caso contrário, que tivesse sintomas brandos. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Era meu 3o dia, já estaria transmitindo. Comecei a rotina da quarentena, com cuidados extras para proteger meu filho que está comigo no apartamento: limpeza do banheiro a cada vez que usava, separei sabonete, creme dental, xampu e toalha de rosto, passei a usar máscara ao cozinhar ou quando conversávamos ou, sem ela, a manter a distância acima de dois metros. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Agora era preciso rastrear os contatos da tia.Eu sabia da faxineira, que iria na quarta mas eu tinha pedido que a tia adiasse. Quando a busquei em casa já era meio da manhã e não havia mais ninguém no apartamento, aparentemente não tinha ido. No entanto, os sintomas da tia tinham começado na terça-feira anterior, ou seja, desde domingo ela já estava transmitindo. Ninguém no grupo de zap sabia onde a tia tinha estado naqueles dias. Mas ela ia quase diariamente à casa onde moram uma outra tia, que tem uma cuidadora, e um tio. Eu tinha ido lá depois da internação, para deixar a bolsa. A cuidadora abriu o portão e me contou que estava preocupada pois era diabética e cardíaca e na quinta-feira, tinha tido contato direto com a minha tia doente pois ela havia passado por lá e estava com sintomas muito fortes. Disse também que tinha um primo que estava com Covid-19, intubado, e que seu filho estava em quarentena, determinada pela fábrica de refrigerantes onde trabalha.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">No sábado de manhã outra prima, filha do tio, esteve lá e levou todos para fazer exame: a tia, o tio, a cuidadora e a filha pré-adolescente da tia internada. Por conta da demanda gigantesca, só conseguiu o teste rápido. O tio e a menina deram negativo, a tia deu que já tinha tido a doença e a cuidadora, que estava doente. A liberaram para ficar em casa, fazendo o autoisolamento. A prima que os levou ia ter que, como eu, fazer quarentena. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Como não são permitidas visitas, para evitar a contaminação, avisam na internação que devemos ligar todas as manhãs para obter o boletim médico, e que um médico ligaria à tarde com mais detalhes. Começou aí a rotina diária de saber a condição da tia: diurese ok, pressão ok (mas ficaria alta em alguns dias - é hipertensa), temperatura ok, respiração espontânea- não foi intubada, estado regular, acordada. O médico do dia ligou algumas vezes, depois as ligações passaram a ser feitas por psicólogas. Uma vez mandaram um áudio da tia pelo zap, outra, um vídeo. Além do que consta do boletim, minha prima tem conseguido que passem a taxa e a quantidade de litros de oxigênio que ela recebe, cuja variação diária, junto com a pressão, virou a obsessão e fonte de sobressalto do grupo de zap, quando houve piora. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O domingo, 5o dia, foi de expectativa. Vinha medindo a temperatura quatro vezes por dia. Na primeira vez que usei o termômetro digital, estava marcando menos de 36. Comprei outro. Usei até apitar, de novo, menos de 36 e batia com o primeiro. Não explicam que é preciso manter no lugar por dois minutos.Aí mediu certo e, felizmente, não tive febre nenhum dia. O dia passou sem qualquer sintoma. Alívio enorme.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Em relação à outra tia, seria preciso uma cuidadora temporária e no meu curso não ensinavam como proceder neste caso. Domingo à tarde liguei no serviço de atendimento humanizado da prefeitura para pegar orientações. A atendente inicial sabia as regras básicas, mas era preciso de informações mais específicas, por exemplo, caso ela fosse contactante, poderia ficar lá? E nesse caso, que cuidado tomar? Ela me passou para uma médica, que, muito atenciosa, me explicou o que queria. Comentei de como estava surpreso de, embora fosse contactante há quatro dias e tivesse assinado me responsabilizando pela paciente, nos hospitais ninguém me deu nenhuma orientação, nem recebi ligação de alguém da prefeitura. Aliás, nem um atestado, caso precisasse comprovar que a estava acompanhando, eu tinha conseguido. Ela explicou que no caso dos doentes atendidos pelo SUS, é seguido um protocolo da atenção primária, que determina a emissão de atestados para todos os residentes na mesma casa do doente, para que façam a quarentena, durante a qual recebem acompanhamento do posto de saúde da família da sua região. Nos hospitais privados, contudo, não há regra, cada um faz do seu jeito. Para poder ter um um material impresso dos cuidados que havia explicado, como pedi, ela me passou o nome do protocolo, que baixei pela internet.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Avisei ao pessoal, pelo grupo, das orientações para a nova cuidadora, e que avisassem a que estava afastada para, caso ainda não o tivesse feito, avisar no PSF que tinha testado positivo, para que pudessem confirmar o diagnóstico do teste rápido e a acompanharem durante o autoisolamento. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">À noite terminei a segunda parte do curso da Johns Hopkins, que trata de como lidar com as pessoas ao ligar para fazer os contatos, para conseguir uma boa comunicação, respeitando sua condição de sensibilidade num momento como esse. Quanto à doença, as considerações são as que vi na primeira parte do curso e já mencionei. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Desta segunda parte, de todas as considerações a fazer, ao ligar, a essencial, que falta no Brasil: assegurar que a pessoa tenha condições de se isolar, primeiro perguntando sobre as condições de moradia e sobrevivência e, segundo, informando sobre serviços comunitários onde possa obter alimentação, remédios e, até, moradia provisória, para sair de casa e não contaminar outros moradores. Fiquei sabendo que nos EUA, além do 911, existe o 211 (embora um novo documentário do Frontline, </span><a href="https://youtu.be/_VXDqhKGBy8" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Covid's hiden toll</span></a><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, mostre que entre os trabalhadores na agroindústria não houve esse cuidado). Nesta hora, vem à mente as filas e aglomeração no transporte público e para conseguir o auxílio emergencial, na Caixa, além de casas lotadas e pequenas, onde moram várias pessoas, quando muito em quartos separados.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Logo de manhã insisti no grupo para tentarem localizar a faxineira. Se ela tivesse ido na semana anterior, já estaria no fim do período de 14 dias que deveria ter feito quarentena, não adiantaria muito. Por fim, conseguiram ligar para ela. Minha tia havia adiado de quarta-feira para sábado, ou seja, a faxineira tinha ido ao apartamento e manuseado as vestimentas e roupas de cama sujas. Então, passamos as mesmas orientações para ela: fazer quarentena e procurar o PSF para fazerem o acompanhamento. Além disso, minha tia fez uma transferência de valor para ajudá-la a se manter. Na quinta-feira, exatamente o quinto dia após a faxina, ela avisou que tinha apresentado sintomas. Felizmente, no domingo já estava bem, sem sintomas. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Descobrimos também que a tia tinha ido ao banco mas não conseguimos descobrir em qual agência, nem quando exatamente.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nos dois hospitais por que passei ao longo dos dias 8 a 10, há duas semanas, o que percebi foi recepcionistas, médicos e enfermeiros exaustos com a sobrecarga que já existia, mesmo ainda havendo vagas para internação em UTI e enfermaria. Ou seja, não havia colapso por falta de leitos, mas era evidente que estávamos numa situação de fadiga dos profissionais da área.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Além disso, exceto por um cartaz da Prefeitura de Aparecida com um protocolo de atendimento aos pacientes com suspeita de Covid-19, não vi nenhum cartaz, folheto ou qualquer outro material informativo sobre como deveria proceder após ter tido contato com um doente Covid-positivo, tampouco recebi alguma orientação de médicos, enfermeiros ou recepcionistas. Cada um precisa buscar por conta própria se informar, já que fora do mundo virtual, ou dos alertas com Drauzio Varella que agora são veiculados na Globo, não há nada ostensivo. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A maior prova do efeito catastrófico do desconhecimento sobre os cuidados preventivos ( e da falta de rastreamento e da oferta de condições para as pessoas se isolarem) e da falta de testagem suficiente é a reportagem que li no Popular, na madrugada de sexta, enquanto esperava a ambulância: de que a </span><a href="https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/transmiss%C3%A3o-intradomiciliar-preocupa-autoridades-em-goi%C3%A1s-1.2082247" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">contaminação intradomiciliar preocupa as autoridades</span></a><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. No inquérito sorológico em Goiânia foi constatado que 50% dos familiares de quem testou positivo também estavam infectados, enquanto na população em geral a taxa é de 2%. As pessoas se contaminam em casa, com parentes e amigos. No caso da reportagem, 19 pessoas estavam doentes e 11 eram casos suspeitos, sendo que uma já havia morrido e outra estava intubada. A origem da contaminação teria sido o velório de uma familiar, em junho, que tinha câncer, foi internada e apresentou sintomas, morrendo em seguida, mas que por não ter diagnóstico de Covid-19, não seguiu o protocolo no enterro. O Secretário de Saúde de Aparecida de Goiânia disse que muitas pessoas estavam "fazendo o isolamento social de forma errada dentro de casa. Tanto que também notou um aumento dos casos de contaminação intradomiciliar na cidade". Já tinha lido outras matérias que saíram antes, com 3, 4 mortes na mesma família… Comentei nos dois hospitais. Em um, me disseram que haviam morrido ali cinco pessoas da mesma família. No outro, quatro. </span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A tia segue internada desde o dia 10, com comprometimento do pulmão e estado geral regular. A oxigenação baixou, passou dois dias na UTI, mas sem intubação. No sábado, quando decidiram mudá-la da enfermaria, um primo, que não está no grupo que criei, falou num outro, maior, antigo, de que saí há tempos, que devíamos exigir que dessem cloroquina para ela; que estava provado que era a única coisa que curava e, ainda por cima, citando um dado falso de que o uso do remédio em qualquer etapa da doença é protocolo em países como França e Itália. Caso se recusassem, era para conseguir uma decisão judicial. Pedi que mandassem para ele a reportagem que saíra na Folha, no sábado, dia 18, sobre </span><a href="https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/07/e-urgente-que-a-cloroquina-seja-abandonada-para-qualquer-fase-da-covid-19-diz-sociedade-de-infectologia.shtml" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">orientação da Sociedade Brasileira de Infectologia de ser "</span><span style="color: #1155cc; font-family: georgia; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">urgente e necessário que a hidroxicloroquina seja abandonada no tratamento de qualquer fase da Covid-19"</span></a><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, a entrevista com o infectologista Boaventura Braz de Queiroz, que tinha saído em O Popular naquele dia, comentando sobre sua recuperação da Covid-19 e de não administrar cloroquina ou Kit Covid aos seus pacientes (</span><a href="https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/transmiss%C3%A3o-intradomiciliar-preocupa-autoridades-em-goi%C3%A1s-1.2082247" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Todo mundo acha que pode tratar de pacientes com Covid-19</span></a><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">) e ainda, reportagem de O Popular, da terça-feira, dia 14, s</span><a href="https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/campanha-nas-redes-sociais-pede-ajuda-para-m%C3%A9dico-internado-com-covid-19-em-goi%C3%A2nia-1.2085581" style="text-decoration-line: none;"><span style="color: #1155cc; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">obre o médico que defendia esses medicamentos e agora estava internado com Covid-19</span></a><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. Encerrei o assunto dizendo que como eu era o responsável pela tia não ia autorizar darem cloroquina. Que se alguém quisesse, podia me processar. Estaria esperando. E, por fim, que meu primo estava louco. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ainda estou chocado em como as pessoas em geral ignoram ou desconhecem o que interessa para evitar que a doença se propague, única forma de eficaz para diminuir o número de doentes: as orientações para o autoisolamento e a quarentena, em caso de sintomas da doença ou de contato; quais situações o caracterizam, e, em especial, não sabem que </span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">pessoas sem sintomas também transmitem a doença,</span><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> o que torna qualquer situação que envolva contato com alguém sem sintomas um risco. Muitos, contudo, indicam fármacos que não são referendados nem pelos infectologistas, nem pela OMS, por não terem efeito nenhum em relação à doença. Como disse no grupo: a única solução é não ficar doente. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nesse sentido, é incrível que não haja uma campanha de orientação ostensiva, para que cada pessoa saiba de cor essas informações: tv, rádio, panfletos, cartazes, carros de som na rua.... Se os hospitais não dão conta, a prefeitura deveria deixar alguém de plantão para fazer isso: são locais onde estão indo pessoas com sintomas, com suspeita de estarem doentes. </span><span style="background-color: #6aa84f; font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas fazer com que creiam na mentira de que existe um remédio que evita o agravamento ou mesmo que cura a doença é uma forma de reforçar a confusão na cabeça das pessoas e levá-las a ficarem com menos medo de sair de casa e assim, resistirem menos ao retorno às as atividades, que está sendo feito segundo "protocolos sanitários". Discurso às claras que se consolida graças às ações e omissões do Ministério da Saúde e de outras autoridades do governo ou de áreas da medicina, mas principalmente, por meio de uma rede subterrânea de criadores e propagadores das informações distorcidas que o fundamentam, um esgoto que só vemos quando transborda e chega até nós.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Como contrapartida à vitória dessa narrativa que omite os critérios definidos pela OMS para se considerar viável o retorno, seguidos em outros países, continuaremos presos em casa, quem pode, e expostos à doença, quem não. Estes, ao que tudo indica, seguindo firme como vítimas da estratégia não declarada - mas evidente -, de atingir a imunidade coletiva pelo contágio, e não pela vacina que ainda virá. </span></p><div><span style="font-family: cambria, serif; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div></span><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-56294910589283004792013-07-25T20:09:00.003-03:002013-07-26T07:59:53.120-03:00Não perca: teatro nas férias, em Goiânia!A partir deste sábado começa a maior iniciativa já feita pelo SESC Goiás na área de teatro: a segunda edição da Aldeia Diabo Velho.<br />
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Durante uma semana, o público terá acesso a uma programação imperdível com grupos locais e nacionais, fechando com o novo espetáculo do Grupo Galpão!</div>
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Veja a programação:<br />
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<div style="-x-system-font: none; display: block; font-family: Helvetica,Arial,Sans-serif; font-size-adjust: none; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; margin: 12px auto 6px auto;">
<a href="http://pt.scribd.com/doc/156133836/Aldeia-programacao-pdf" style="text-decoration: underline;" title="View Aldeia programação .pdf on Scribd">Aldeia programação .pdf</a> by <a href="http://draft.blogger.com/profiles/show/5241077-marcus-fidelis" style="text-decoration: underline;" title="View marcus fidelis's profile on Scribd">marcus fidelis</a></div>
<iframe class="scribd_iframe_embed" data-aspect-ratio="1.4160125588697" data-auto-height="false" frameborder="0" height="600" id="doc_70997" scrolling="no" src="http://www.scribd.com/embeds/156133836/content?start_page=1&view_mode=scroll&access_key=key-h7j439xhdsbx15ur4pt&show_recommendations=true" width="100%"></iframe>
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<div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-23238824644561322122013-06-10T01:56:00.001-03:002013-06-10T06:27:43.638-03:00Cultura e Governo em Goiás: indicação de leitura<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtMh4v0f1jeAiZTipQ0qh7Jq7yrTdYJkjWCtwsm1F9_fLgjOjD0gQoLimBeslmQd_j8BEzckzVdFijDjL51UR8klEu7p8kMx7Ox_t4pT5oloQVTUCRDHEQHlXe48r_VkhzI-9d/s1600/caminhoniemeyer9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtMh4v0f1jeAiZTipQ0qh7Jq7yrTdYJkjWCtwsm1F9_fLgjOjD0gQoLimBeslmQd_j8BEzckzVdFijDjL51UR8klEu7p8kMx7Ox_t4pT5oloQVTUCRDHEQHlXe48r_VkhzI-9d/s320/caminhoniemeyer9.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">C.C. Oscar Niemeyer, símbolo de uma época<br />
<br /></td></tr>
</tbody></table>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Interrompo o silêncio de quase dois anos para uma breve intervenção.</span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Antes de mais nada, sinto por esta ausência prolongada, mas o trabalho e a volta à universidade tornaram impossível manter a assiduidade.</span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Peço às duas dúzias de seguidores deste blog um pouco de paciência. Espero estar de volta logo, Rs.</span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Por ora, como parece nunca ter fim o impasse do governo estadual com o segmento cultural, sugiro uma leitura.</span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Trata-se de uma dissertação de mestrado apresentada na Faculdade de História da UFG, em 2010, que descobri recentemente, por acaso.</span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não li ainda, só folheei, mas parece instigante. Como trata de um dos principais temas aqui abordados ao longo dos últimos anos, o <i>Entreatos</i> é citado em vários momentos, assim como textos de outros autores que aqui destacamos, Eduardo Horácio e Edson Wander, por exemplo.</span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O título é <span style="font-family: TimesNewRomanPS; font-size: 13pt; font-style: italic; font-weight: 700;">AGEPEL:</span><span style="font-size: 13pt; font-style: italic;">POLÍTICAS PÚBLICAS DE CULTURA </span><span style="font-size: 13pt;"><i>NO ESTADO DE GOIÁS – UM INTELECTUAL NO PODER
(1999-2006),</i> e a autora é Adriana Pereira Batista.</span></span></div>
</div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
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<span style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: 15px; line-height: 19px; white-space: nowrap;">A dissertação está disponível clicando <a href="http://pos-historia.historia.ufg.br/uploads/113/original_Disserta__ao_PDF.pdf">aqui.</a> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: 15px; line-height: 19px; white-space: nowrap;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: 15px; line-height: 19px; white-space: nowrap;">(Foto publicada originalmente em 2008, no artigo</span><br />
<span style="-webkit-composition-fill-color: rgba(175, 192, 227, 0.230469); -webkit-composition-frame-color: rgba(77, 128, 180, 0.230469); -webkit-tap-highlight-color: rgba(26, 26, 26, 0.296875); font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: 15px; line-height: 19px; white-space: nowrap;"><a href="http://entreatos.blogspot.com.br/2008/07/o-caminho-niemeyer.html">O Caminho Niemeyer</a>) </span></div>
</div>
<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-8157339135368980262011-11-22T22:58:00.001-03:002011-11-27T18:38:42.712-03:00Mais democracia para prevenir e combater a corrupção<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Publico, finalmente, as 10 propostas
mais votadas na <a href="http://entreatos.blogspot.com/2011/11/mobilizacao-pela-transparencia-e.html">Conferência Livre sobre Transparência e Controle Social </a>
realizada em Goiânia, no domingo, dia 6 de novembro, que irão
diretamente para apreciação na Consocial, em 2012. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiafZUDAiZTbHrXiv88DpROCRCXmdZLaoVtONncdccN3IrBWXyEIJPcFUGyhn86LWgo3qON9NpZVo9JgSxDzV8TuEs_WxmY4aLmJ-rCnEfPB-JxZn5rwqYdY1Ub7l7fXhpdFb3o/s1600/Conlivre-Gyn+06.11+%25283%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiafZUDAiZTbHrXiv88DpROCRCXmdZLaoVtONncdccN3IrBWXyEIJPcFUGyhn86LWgo3qON9NpZVo9JgSxDzV8TuEs_WxmY4aLmJ-rCnEfPB-JxZn5rwqYdY1Ub7l7fXhpdFb3o/s320/Conlivre-Gyn+06.11+%25283%2529.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Profª. Ana Lúcia da Silva, do Centro Cultural Eldorado dos Carajás, faz a abertura da Conferência Livre</span></div>
<div class="" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
<br /></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Algumas exigem alterações
constitucionais, outras legislativas. Mas se já estamos na 67ª emenda
constitucional isso não vai ser dífícil, e os ganhos serão
enormes. Uma só já ilustra isso, ao assegurar a efetiva <a href="http://entreatos.blogspot.com/2008/07/montesquieu-e-impunidade-das.html">independência entre poderes</a>: <b>a eleição direta e popular para os
chefes dos ministérios públicos, hoje nomeados ou pelos governadores dos
Estados, caso dos Procuradores-Gerais de Justiça, ou pelo Presidente
da República, caso do Procurador-Geral da República</b> ( a que trata dos Tribunais de Contas vai no mesmo sentido). </span><br />
<br />
<br />
<span style="font-size: small;">Há também propostas
que implicam no mero cumprimento do que a Constituição já estabelece,
como a prevalência de servidores efetivos em detrimento de comissionados
e a auditoria na dívida pública ( que está no Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias). </span></div>
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgbIz-dsm3E4eiKMqW9qHeSZht7UJ80t_MZT9YRvfL_jmc5u1fYkq-cc5Tv0PBokK3OkvgqHfWhE9gVUaw67lq8jGLTQ-rEvNvNAkuV83uCuW17i86mXgKr4H68Gh6W6LYUgps/s1600/Conlivre-Gyn+06.11+%25287%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgbIz-dsm3E4eiKMqW9qHeSZht7UJ80t_MZT9YRvfL_jmc5u1fYkq-cc5Tv0PBokK3OkvgqHfWhE9gVUaw67lq8jGLTQ-rEvNvNAkuV83uCuW17i86mXgKr4H68Gh6W6LYUgps/s320/Conlivre-Gyn+06.11+%25287%2529.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Prof. Francisco Tavares, da Fac. de Ciências Sociais da UFG, fala sobre Políticas Públicas e Orçamento</span></span><span style="font-size: x-small;"> </span></div>
<div class="" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Foram 30 participantes, todos com
alguma experiência no acompanhamento do tema, além do interesse por ele:
servidores públicos, membros de conselhos de políticas públicas,
integrantes do coletivo Transparência Goiás (TrasnpaGo), professores
universitários, ex-gestores públicos, o procurador de contas do TCE-GO
Fernando dos Santos Carneiro, o deputado estadual Mauro Rubem (PT-GO) e
a repórtere blogueira de O Popular Fabiana Pulcineli. </div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEoen_BXExz6-AIH-iyqqfovswa1Uoc4BiwsPdrlCatP-wUSJnXhTxsYBXkRMehb5WVGYMYO86UEWh3RpWsBRtyKwDeS6WHW5HifQaIYwmnMepTZI3OHSIHmRvSs-u4L14SaoA/s1600/DSC00268.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEoen_BXExz6-AIH-iyqqfovswa1Uoc4BiwsPdrlCatP-wUSJnXhTxsYBXkRMehb5WVGYMYO86UEWh3RpWsBRtyKwDeS6WHW5HifQaIYwmnMepTZI3OHSIHmRvSs-u4L14SaoA/s320/DSC00268.JPG" width="320" /></a></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB7cT00xaBFNv_FS59ANUEjXbsaqijLvGZQ73ZNiSxuZr4vxTr-8zj7sVMLT4Jsb8cJzKru7_yCq6Tk0587hyJa-G_LqpQH-X2fkvUYXpFFMDf1V_fcC2cVjqjUe_6Q82xJvAV/s1600/DSC00270.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB7cT00xaBFNv_FS59ANUEjXbsaqijLvGZQ73ZNiSxuZr4vxTr-8zj7sVMLT4Jsb8cJzKru7_yCq6Tk0587hyJa-G_LqpQH-X2fkvUYXpFFMDf1V_fcC2cVjqjUe_6Q82xJvAV/s320/DSC00270.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Participantes lancham antes do início da formulação de propostas em grupos</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A ampla maioria dos participantes
(73% ) tinham mais de 40 anos, ou seja, participaram ativamente ou
foram contemporâneos dos movimentos pela redemocratização do país e em
torno da elaboração da Constituição da República de 1988. Além disso,
33% tinham curso superior completo e 40% eram pós-graduados, o que
explica, junto com a experiência no tema, a objetividade das propostas
apresentadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A conferência contou com a orientação e apoio da Controladoria-Geral da União, que também forneceu o lanche.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Veja, abaixo, as 10 propostas mais votadas, por ordem de prioridade:<br />
<blockquote class="tr_bq">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRPMzWQP6h8ELIUec-hG7AMAaNsxkX-AXiMkjBBCcT7IvgEr3RNyQ5WP4ah8hdPs7LvUxpDpOaXEOkSiOx_b5NTMUN_KHpLKDhdPN3WDywclWeH1Hwk-C0MITrO6wxsHcj4TAY/s1600/DSC00262.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRPMzWQP6h8ELIUec-hG7AMAaNsxkX-AXiMkjBBCcT7IvgEr3RNyQ5WP4ah8hdPs7LvUxpDpOaXEOkSiOx_b5NTMUN_KHpLKDhdPN3WDywclWeH1Hwk-C0MITrO6wxsHcj4TAY/s320/DSC00262.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Eixo temático da conferência</td></tr>
</tbody></table>
</blockquote>
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
1. <span style="font-size: small;">PROVER OS CARGOS DE CONSELHEIROS DOS TCEs POR MEIO
DE CONCURSO PÚBLICO</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;">2. </span><span style="font-size: small;">RESTRINGIR CARGOS COMISSIONADOS A 1% E INVESTIR NA
QUALIFICAÇÃO DE QUADROS EFETIVOS</span><span style="font-size: small;"> </span><br />
<br />
<span style="font-size: small;">3. </span><span style="font-size: small;">AUDITAR A DÍVIDA PÚBLICA</span><span style="font-size: small;"> </span><br />
<br />
<span style="font-size: small;">4. </span><span style="font-size: small;">APERFEIÇOAR A LEI DE LICITAÇÃO E QUALIFICAR OS
PROFISSIONAIS ENCARREGADOS DE ACOMPANHÁ-LAS</span><span style="font-size: small;"> </span><br />
<br />
<span style="font-size: small;">5. </span><span style="font-size: small;">ESTABELECER ICMS SELETIVO E TER LEIS QUE NÃO
PERMITAM ISENÇÕES FISCAIS PARA EMPRESAS PRIVADAS</span><span style="font-size: small;"> </span><br />
<br />
<span style="font-size: small;">6. </span><span style="font-size: small;">REFERENDO DO IMPOSTO SOBRE FORTUNAS</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;">7. </span><span style="font-size: small;">ELEIÇÃO POPULAR DIRETA DOS CHEFES DOS
MINISTÉRIOS PÚBLICOS DA UNIÃO E ESTADUAIS</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;">8. </span><span style="font-size: small;">FINANCIAR EXCLUSIVAMENTE COM RECURSOS PÚBLICOS A
CAMPANHA ELEITORAL</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;">9. </span><span style="font-size: small;">IMPLEMENTAR AUDITORIA CONCOMITANTE AS OCORRÊNCIAS
DE OBRAS PÚBLICAS JUNTO A COMISSÕES DE ÉTICA LIGADO AOS
CONSELHOS</span><span style="font-size: small;"> </span><br />
<br />
<span style="font-size: small;">10. </span><span style="font-size: small;">ESTABELECER UM PRAZO MÁXIMO DE 02 ANOS DE
JULGAMENTOS DAS AÇÕES DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E AÇÕES
POPULARES.</span><span style="font-size: small;"> </span><span style="font-size: small;"> </span></blockquote>
</div><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-56130354130420436622011-11-16T08:00:00.000-03:002011-11-16T08:41:07.431-03:00Lucas Faria : os mecanismos de incentivo à cultura e o poder, ontem e hoje<br />
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">Em 12 de outubro, quatro dias após ser publicado o </span><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;"><a href="http://entreatos.blogspot.com/2011/11/gilberto-correia-lei-municipal-de.html">artigo</a> de Gilberto Correia sobre as agruras que vivem os artistas com a Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Goiânia, saiu no P</span><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">opular carta do cantor, compositor e economista Lucas Faria, fazendo remissão ao primeiro</span><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">Lucas foi um crítico de primeira hora das leis de incentivo em Goiás e fala com a propriedade de quem trabalha profissionalmente há anos com grandes projetos de incentivos fiscais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">O jornal só mudou o título sugerido, que era igual ao do artigo de Gilberto, para <i>Projetos</i> <i>Culturais</i>. Pena não ter saído como artigo ( veja, ao final, a íntegra, com o título original).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">Lucas é um grande artista. Comprove ouvindo como ele, antes mesmo que se tivesse notícia de leis de incentivo por essa bandas, já tinha abordado o <i>modus operandi</i> da política em geral na música </span><i style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">Diagnóstico da Solenidade,</i><span style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;"> parceria com</span><i style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;"> </i><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">Brasigóis Felício</span><i style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">. </i><br />
<span style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;"><br /></span><br />
<span style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">Ela está no </span><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">seu primeiro</span><i style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;"> long play, Todo Canto</i><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">, produção independente de 1986, gravado no estúdio RCA, em São Paulo. Nos vocais, além dele, Valter Mustafé, Luiz Augusto e Amaury Garcia.</span><span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">Atual como nunca:</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;"><br /></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/DAJUTH-CJkU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b><u><br /></u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #222222; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b><u><br /></u></b></span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222; line-height: normal;">DE PIRES NA MÃO</span><span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222; line-height: normal;"> </span></span></b></div>
<div style="line-height: 1.5em;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 1.5em;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;">Lucas Faria </span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: normal;">Há, nos âmbitos federal, estadual e municipal, dois mecanismos distintos de destinação de recursos financeiros para projetos culturais: as leis de incentivo à cultura e os fundos de apoio à cultura.</span></div>
</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O compositor Gilberto Correia, em seu bem escrito artigo "De Pires na Mão", edição de 8 do corrente do Popular, mostrou, com riqueza de detalhes, a <i>via crucis</i> enfrentada pelos artistas para obter recursos financeiros destinados aos seus projetos culturais através do primeiro mecanismo, ou seja, as leis de incentivo à cultura.</span></div>
</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O articulista mostra e sugere, ao final, que muito melhor seria que os recursos fossem diretamente entregues pelo Poder Público aos artistas, evitando-se, assim, a via tortuosa, assim como algumas mazelas desses contornos.</span></div>
</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Tem razão o compositor até porque, não de hoje, tenho cá comigo que as leis de incentivo à cultura são, na realidade, leis de incentivo ao empresário. Este, ao decidir investir em cultura torna-se o verdadeiro beneficiário da lei, uma vez que além de obter a divulgação de sua marca, de sua empresa e/ou de seus produtos, tem de volta, como contrapartida, através de renúncia fiscal, boa parte ou quase o todo do valor que investiu, ao que, adicionando-se a referida <wbr></wbr>divulgação, resulta em benefício maior do que o valor investido. Noutras palavras, o adágio: "não existe almoço grátis".</span></div>
</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Não tortuosa é a segundo alternativa, ou seja, a do mecanismo dos fundos de cultura, através do qual seriam entregues diretamente aos artistas os recursos financeiros destinados à realização dos seus projetos.</span></div>
</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Ocorre, entretanto, que a legislação que rege os fundos de cultura contém em artigos, estranhamente, permissivos de utilização dos recursos pelo próprio Poder Público. Isso, na prática, com absoluta prioridade.</span></div>
</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Conclusão: aos artistas, a <i>via crucis</i> das leis de incentivos à cultura; e ao próprio Poder Público, as condições operacionais favoráveis, imediatas, sem burocracia, dos fundos de cultura. Êta, nóis !</span></div>
</div>
<div class="yj6qo ajU" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.918); color: #222222; cursor: pointer; margin: 2px 0px 0px; outline-style: none; padding: 10px 0px; text-align: justify; width: 22px;">
</div><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-21866610022098811762011-11-15T06:44:00.000-03:002011-11-15T09:50:18.497-03:00Gilberto Correia: Lei Municipal de Incentivo à Cultura deixa o artista de pires na mão<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;"></span><br />
<h1 class="titleHead" style="color: #cc0000; font-weight: bold; line-height: 1.2em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 2px; text-align: justify; text-decoration: none;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #005693; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: normal;"><br /></span></h1>
<h1 class="titleHead" style="line-height: 1.2em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 2px; text-align: justify; text-decoration: none;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: small; font-weight: normal; line-height: normal;">Com grande atraso, reproduzo o depoimento de Gilberto Correia, publicado na edição de O Popular de 8 de outubro, sobre as agruras por que passam os artistas que buscam o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Goiânia.</span></h1>
<h1 class="titleHead" style="color: #cc0000; font-weight: bold; line-height: 1.2em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 2px; text-align: justify; text-decoration: none;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #005693; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: normal;"><br /></span></h1>
<h1 class="titleHead" style="color: #cc0000; font-weight: bold; line-height: 1.2em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 2px; text-align: justify; text-decoration: none;">
<span class="Apple-style-span" style="color: #005693; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: normal;">De pires na mão</span></h1>
<div class="publishInfo" style="float: left; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 400px;">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-weight: bold;">Gilberto Correia</span></div>
<span class="date" style="color: #005693; display: block; margin-top: 4px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">08 de outubro de 2011 (sábado)</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="clearBoth" style="clear: both; height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div class="articleBody" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div class="articleImagesHolder" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 12px; margin-left: 16px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div class="articleImage" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<a dir="ltr" dojotype="ojc.image.Lightbox" group="1_46642_1318033246_7870245" href="http://www.opopular.com.br/polopoly_fs/1.46721!/image/image.jpg_gen/derivatives/landscape_800/image.jpg" id="ojc_image_Lightbox_0" style="color: #0065e5; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; text-decoration: none;" title="" widgetid="ojc_image_Lightbox_0"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img alt=" Gilberto Correia " height="200" src="http://www.opopular.com.br/polopoly_fs/1.46721.1318033259!/image/image.jpg_gen/derivatives/landscape_240/image.jpg" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; margin-bottom: 0px;" title="Photo: N/A, License: N/A" width="168" /></span></a></div>
</div>
</div>
<div style="line-height: 1.5em; margin-bottom: 2em; margin-top: 6px;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois de tantas andanças em vão, tantos nãos, tanta falta de interesse e tanta desinformação, resolvi relatar a sina dos produtores de cultura em nosso município. A caminhada é longa e o primeiro passo, conseguir aprovação na lei municipal de incentivo à cultura. Apesar das dificuldades essa lei é uma das poucas leis de incentivo que funcionam bem na prática, mas uma prática muito burocrática.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 2em; margin-top: 6px;">
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Primeira etapa: elaboração do projeto. Muita papelada, documentação, concorrência e correria. O projeto deve ser aprovado e escolhido pela Comissão de Projetos Culturais (CPC), tarefa nada fácil devido ao grande número de inscritos e à rigidez da CPC. Após alguns meses sai o resultado e, se aprovado, passamos para a próxima fase: a captação.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É o início da andança batendo de porta em porta, literalmente de pires na mão. São visitas, inúmeras, a prováveis colaboradores e apoiadores. Chamo-os assim, pois embora a grande maioria desconheça que quem realmente patrocina é a prefeitura, ela deixa de receber o imposto da empresa que disponibiliza o recurso e o dinheiro é automaticamente transferido para a conta do Projeto Cultural (esse valor não passa de 1,5% da receita anual da prefeitura, o que não dá nem R$ 2 milhões por ano para ser divido por todos os segmentos da cultura em Goiânia).</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em tese o funcionamento da lei é bem simples: aprovado, o proponente procura uma empresa disposta a destinar uma quantia para a cultura no lugar de pagar diretamente o imposto para a prefeitura. Era para ser simples, mas na verdade não é. Uma parte das empresas não tem pessoas esclarecidas ou bem intencionadas; outra parcela não tem o menor interesse em saber do que se trata. E às vezes há até quem passe a usar o recurso, que é renúncia fiscal da prefeitura, para barganhar comissão ou até mesmo condicionam a liberação do dinheiro a apresentações do artista em eventos da empresa e outras formas de se beneficiar com a lei.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As trocas de favores ocorrem. Algumas vezes empresas usam o critério do compadrio: tem que ser amigo do dono, ou amigo do amigo do dono, e por aí vai. Não são raros os casos em que, após tudo encaminhado, no dia de finalizar vem a notícia de que um amigo do dono foi colocado na frente, coisa de compadre mesmo. As empresas se esquecem que o dinheiro provem de renúncia fiscal da prefeitura, e o artista vai engolindo os sapos no caminho.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando chegamos a determinadas empresas, nos direcionam para o marketing, contador ou o próprio dono e, na grande maioria das vezes, notamos a falta de conhecimento, de boa vontade em colaborar ou mesmo medo de sair da rotina e ter de se mover para apoiar um projeto cultural, sendo que na verdade é o captador (agente ou o próprio artista) que se encarrega de encaminhar e realizar na prefeitura todas as ações necessárias para a conclusão do apoio.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Alguns temem estar abrindo suas portas para uma devassa fiscal, coisa que em meus quase dez anos de lei nunca ouvi falar e nunca testemunhei. Às vezes, mesmos nas empresas que participaram e conhecem bem a lei, existem pessoas que não demonstram o menor interesse em participar de projeto cultural.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A captação tem de ser feita e quase sempre conseguimos, mais pela facilidade da lei do que pelo envolvimento e compromisso das empresas com a cultura. E assim vamos batendo de porta em porta até acharmos uma empresa interessada, com pessoas sensatas, que, felizmente, existem.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acredito que poderia ser bem mais simples: depois de o projeto aprovado era só receber o recurso da prefeitura, sem a presença de atravessadores. O dinheiro já chega às mãos do município por meio dos impostos pagos pelas empresas, seria uma forma de tirar o poder dado a elas de escolher para quem vai o recurso, que é público. Esse recurso acaba sendo gerido por empresas particulares.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Outra saída seria uma grande campanha junto às empresas tentando sensibilizá-las. Expor para as pessoas que respondem e decidem por elas, de forma clara e objetiva, o funcionamento da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e quais as vantagens em sua participação para ambas as partes e para a sociedade, que ganha com a oferta de opções culturais.</span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 1.5em;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<strong style="font-weight: bold;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Gilberto Correia é cantor e compositor</span></strong></div>
<strong style="font-weight: bold;"></strong><br />
<div style="text-align: justify;">
<strong style="font-weight: bold;"><strong style="font-weight: bold;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">gil.correia@terra.com.br</span></strong></strong></div>
<strong style="font-weight: bold;">
</strong><br />
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 1.5em; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
</div><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-37820146245412238852011-11-08T05:17:00.000-03:002011-11-08T05:19:50.908-03:00É hoje de manhã: marcha em memória dos mortos e desaparecidos políticos vítimas da ditadura em Goiás<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG0SK-5NdX1L2OKPgW_jElf96LQkdTa-M5iypiRw6jb9RX9WBYeCGo1_QQkbQiWKYCT7K4jf2d6xj3fUsd1n03sz3Nf2n7Xz_xUUQTSQfvQyrCPWZspj6sb6kXoAd_kFukgcuB/s1600/convite-corrigido.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG0SK-5NdX1L2OKPgW_jElf96LQkdTa-M5iypiRw6jb9RX9WBYeCGo1_QQkbQiWKYCT7K4jf2d6xj3fUsd1n03sz3Nf2n7Xz_xUUQTSQfvQyrCPWZspj6sb6kXoAd_kFukgcuB/s640/convite-corrigido.jpg" width="251" /></a></div>
<br /><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-19595298803509956622011-11-07T08:30:00.000-03:002011-11-07T08:36:35.419-03:00Última chamada: nesta quarta-feira, 1ª Conferência Municipal sobre Transparência e Controle Social<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNRJdzZJwtFds6EYridhAiEg6rnI4b8rjceZh1JaqY2-pwfPdGeDeHZER1q5F15Yj1vv0HRtkPGbQQJE6YmTJVl5xyenlAur2jM9GYPvtxX2aAbyf-msV77UQphTVVb04f39jG/s1600/arquivo_61e43789d60f10ed189f0d1b32f2df61.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="127" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNRJdzZJwtFds6EYridhAiEg6rnI4b8rjceZh1JaqY2-pwfPdGeDeHZER1q5F15Yj1vv0HRtkPGbQQJE6YmTJVl5xyenlAur2jM9GYPvtxX2aAbyf-msV77UQphTVVb04f39jG/s320/arquivo_61e43789d60f10ed189f0d1b32f2df61.png" width="320" /></a></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 21.3pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: small;"><b><span style="line-height: 150%;">OBJETIVO PRINCIPAL</span></b></span><span style="font-size: small; line-height: 150%;"> </span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 150%;">Promover
a transparência pública e estimular a participação da sociedade no
acompanhamento e controle da gestão pública, contribuindo para um
controle social mais efetivo e democrático.</span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 21.3pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: small; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: small; line-height: 150%;"> </span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 21.3pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: small;"><b><span style="line-height: 150%;">A SUA PARTICIPAÇÃO FARÁ TODA A DIFERENÇA.</span></b></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
</div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 21.3pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small; line-height: 150%;">Convide
a sua comunidade, a escola, a empresa onde você trabalha e quem mais
tiver interesse em contribuir para o acompanhamento e controle dos
gastos públicos.</span></div>
</div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b>Inscrições e Informações pelo site</b></span><span style="font-size: small;"> <a href="http://www.cge.go.gov.br/consocial" rel="nofollow" target="_blank">www.cge.go.gov.br/consocial</a></span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Faça sua inscrição. Vagas limitadas.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">SERÁ EMITIDO CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO (08 horas/aulas)</span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: small;"><b><br /></b></span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: small;"><b><u>ETAPA GOIÂNIA</u></b></span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b><span style="line-height: 115%;">Data:</span></b></span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> 09 de novembro de 2011</span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b><span style="line-height: 115%;">Horário:</span></b></span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> 8h às 18h</span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b><span style="line-height: 115%;">Local:</span></b></span><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> SESC Faiçalville - Av. Ipanema, nº1600, St. Faiçalville </span><br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span></div>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="yiv353825908ecxMsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left; width: 641px;"><tbody>
<tr style="height: 98.75pt;"><td style="height: 98.75pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 120.2pt;" valign="top" width="160"><div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;">
<span style="font-size: xx-small;">Realização:</span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;">
<span style="font-size: xx-small;">Prefeitura</span><br />
<span style="font-size: xx-small;">de Goiânia</span>
<style>
#yiv353825908 .yiv353825908ExternalClass .yiv353825908ecxshape { }
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</td>
<td style="height: 98.75pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 120.2pt;" valign="top" width="160"><div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;">
<span style="font-size: xx-small;">Organização:</span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;">
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span></div>
<div align="center" class="yiv353825908ecxMsoHeader" style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><b><span style="color: black; font-family: 'sans-serif';">CONTROLADORIA </span></b><b><span style="color: black; font-family: 'sans-serif';">GERAL DO MUNICÍPIO</span></b></span></div>
<br /><div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;">
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span></div>
</td>
<td style="height: 98.75pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 120.2pt;" valign="top" width="160"><div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;">
<span style="font-size: xx-small;">Parceria:</span></div>
<div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;">
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span></div>
<div align="center" class="yiv353825908ecxMsoHeader" style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><b><span style="color: black; font-family: 'sans-serif';">CONTROLADORIA </span></b><b><span style="color: black; font-family: 'sans-serif';">GERAL DO ESTADO</span></b></span></div>
</td>
<td style="height: 98.75pt; padding: 0cm 5.4pt; width: 120.2pt;" valign="top" width="160"><div class="yiv353825908ecxMsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt;">
<span style="font-size: xx-small;">Apoio:<b><span style="font-family: 'sans-serif';"> </span></b></span><br />
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span><br />
<span style="font-size: xx-small;"><b><span style="font-family: 'sans-serif';">Controladoria-Geral da União</span></b></span></div>
<style>
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</style>
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: 'sans-serif'; font-size: x-small; line-height: 115%;"><br /></span></blockquote>
</blockquote>
</td></tr>
</tbody></table><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-932060369337697782011-11-03T15:06:00.000-03:002011-11-03T15:06:51.084-03:00Mobilização pela transparência e controle social: em Goiânia<br />
<div style="font-family: tahoma,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.05cm; margin-top: 0.05cm;">
<span style="color: red; font-size: x-small;"><b>Mobilizem-se
e Mobilizem! </b></span></div>
<div style="font-family: tahoma,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.05cm; margin-top: 0.05cm;">
<span style="color: red; font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-family: tahoma,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.05cm; margin-top: 0.05cm;">
</div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);">Participem
das conferências em Goiânia preparatórias para a <a href="http://www.cgu.gov.br/consocial" target="_blank">1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social</a></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);">Objetivo:
Promover a transparência pública e estimular a participação
democrática da sociedade no acompanhamento e controle da gestão
pública. </span></span>
</div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="LEFT" style="background-color: white; font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal;">
<span style="font-size: x-small;">Em
<span style="background-color: #ffff33;">Goiânia serão realizadas duas conferências</span> preparatórias para a
nacional: <span style="background-color: #ffff33;">a conferência livre, que encaminhará propostas
diretamente para a etapa nacional</span>, e <span style="background-color: #ffff33;">a conferência municipal, que
elegerá delegados para a etapa estadual.</span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);">A
<span style="background-color: #ffff33;">1ª Conferência Livre de Goiânia</span> sobre Transparência e Controle
Social terá como tema "Diretrizes para a Prevenção e Combate
à Corrupção" e <span style="background-color: #ffff33;">acontecerá neste domingo, dia 6 de novembro,
na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás </span>(veja detalhes abaixo).</span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: black;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);">Já
na <span style="background-color: #ffff33;">quarta-feira, dia 9 de novembro</span>, acontecerá <span style="background-color: #ffff33;">a 1ª Consocial de
Goiânia</span>, com eleição de
d</span></span>elegados e elaboração de diretrizes e
propostas para a Conferência Estadual (veja detalhes abaixo).</span></div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);">A
<a href="http://www.cge.go.gov.br/consocial" target="_blank">1ª Conferência Estadual sobre sobre Transparência e Controle Social</a> ocorrerá nos dias </span>01 e 02 de dezembro, em
Goiânia e elegerá os delegados, propostas e diretrizes para etapa
nacional, em Brasília.</span></div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><b>Importância</b></span></div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-weight: normal;">"Embora
as Conferências Livres não elejam delegados, a participação dos
cidadãos é fundamental, pois as propostas surgidas nessas
instâncias serão encaminhadas diretamente à Coordenação-Executiva
Nacional, que as consolidará para a Etapa Nacional da 1ª Consocial.
Por outro lado, caso tenham relevância apenas local, as propostas
resultantes das Conferências Livres poderão ser remetidas à
Comissão Organizadora Estadual correspondente". 1ª Conferência
sobre Transparência e Controle Social ( <a href="http://www.cgu.gov.br/consocial" target="_blank">www.cgu.gov.br/consocial</a>,
p. 6)</span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">
“</span><span style="font-size: x-small;">Como temos destacado a
1ª Consocial é um marco importante no diálogo entre Estado e
sociedade civil, que certamente contribuirá para o aprofundamento da
<span style="color: black;">democracia</span><span style="color: #00b0f0;">
</span>brasileira. Assim a população, os movimentos
sociais, as associações civis, redes e demais organizações são
chamadas a debater e a se fazer ouvir no debate sobre transparência,
controle social dos gastos públicos, prevenção e combate a
corrupção, e outros assuntos de interesse coletivo (idem). </span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255); font-family: tahoma,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);">Telefones
para contato:</span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255); font-family: tahoma,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;">Iaci
Castelo Branco (CGU): 3901-4404</span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255); font-family: tahoma,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;">Gilberto
Ricardi: 82253600 (coletivo Transpa)</span></div>
<div align="LEFT" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255); line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Garamond,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);"><span style="font-family: Garamond,serif;"><span style="font-weight: normal;">Ana
Lúcia (Eldorado dos Carajás): 9681-3813</span></span></span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255); line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Garamond,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);"><span style="font-family: Garamond,serif;"><span style="font-weight: normal;"><br />
</span></span></span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">Serviço:</span></div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><b>I- 1ª Conferência
Livre de Goiânia</b></span></div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><br />Eixo temático:
Diretrizes para a Prevenção e Combate à Corrupção</span></div>
<div align="LEFT" lang="pt-BR" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;">Dia:
06 de novembro (domingo).</span></div>
<div align="LEFT" lang="pt-BR" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;">Horário:
08:00 hs da manhã. </span>
</div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: black;"><span lang="pt-BR">Local:
Assembléia Legislativa de Goiás (Auditório Costa Lima). </span></span><span style="color: black;"><span lang="pt-BR"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);"><br />Endereço:
Alameda dos Buritis, nº 231, Setor Oeste. <br />Não é necessária inscrição prévia.</span></span></span></span></div>
<div align="LEFT" lang="pt-BR" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="LEFT" lang="pt-BR" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);">Programação:
</span></span>
</div>
<div align="LEFT" lang="pt-BR" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="LEFT" lang="pt-BR" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);">08:00
hs Exposição professor Dr. : Francisco Tavares. Professor da UFG. </span></span>
</div>
<div align="LEFT" lang="pt-BR" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);">Tema:
Políticas Públicas e Orçamento. </span></span>
</div>
<div align="LEFT" lang="pt-BR" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);">08:50
hs Debate. </span></span>
</div>
<div align="LEFT" lang="pt-BR" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);">09:20
hs Exposição: Políticas de Prevenção e
Combate à Corrupção no Brasil</span></span></div>
<div align="LEFT" lang="pt-BR" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);">09:
45 hs Intervalo.</span></span></div>
<div align="LEFT" lang="pt-BR" style="font-family: tahoma,sans-serif; font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);">10:00
hs Grupos de Trabalho (leitura do texto base e elaboração de
propostas). </span></span>
</div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);">11:30
hs Plenária - Aprovação das propostas da Conferência Livre para
as Conferências Municipal e Nacional.<br />12:30 hs Encerramento.</span></span></span></div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="LEFT" style="font-family: tahoma,sans-serif; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255);"><br />
<b>II
- 1ª</b></span></span></span><span style="color: black; font-size: x-small;"><b>
Conferência Municipal sobre Transparência Pública e Controle
Social de Goiânia</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255); font-family: tahoma,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255); font-family: tahoma,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;">Data:
09/11/2011 (quarta-feira)</span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255); font-family: tahoma,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;">Local:
SESC - Faiçalville</span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255); font-family: tahoma,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;">Endereço:
Av. Ipanema, nº 1.600, Q. 234/236, Setor Faiçalville, Goiania-GO.</span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255); font-family: tahoma,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;">Responsável
pela realização e organização: Controladoria-Geral do Município.</span></div>
<div align="LEFT" style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 255); font-family: tahoma,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-size: x-small;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% rgb(255, 255, 0);">As
inscrições para esta conferência podem ser feitas no site: <a href="http://www.cge.go.gov.br/consocial" target="_blank">www.cge.go.gov.br/consocial</a></span></span></span></div><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-85276038585050013002011-10-23T16:41:00.001-03:002011-10-24T15:20:34.691-03:00Drogas: colocando o dedo na ferida em O Popular<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Em 2009, publiquei vários artigos a propósito da repressão à <i>Marcha da Maconha</i> em Goiânia e outras cidades do Brasil (clique no marcador, ao final, para ler).Em um dos últimos, fiz referência às <a href="http://entreatos.blogspot.com/2009/07/procuradora-geral-da-republica-pede-ao.html">ações propostas</a> pela Procuradora-geral da República então em exercício, Deborah Duprat, para que o Supremo Tribunal Federal se manifestasse pela legalidade desses eventos. Isso ocorreu praticamente dois anos depois, em <a href="http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=182124">15 de junho último</a>. Por falta de condições de manter o blog atualizado e também pela ampla cobertura da decisão, deixei de registrá-la aqui. Agora contudo, <b>não posso deixar de registrar um fato memorável para uma abordagem local da questão das drogas com a profundidade necessária.</b></span></div>
<h1 class="titleHead" style="line-height: 1.2em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 2px; text-align: justify; text-decoration: none;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: small; font-weight: normal;"><br /></span></h1>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Refiro-me ao artigo de Silvana Bittencourt, editora-assistente de O Popular, publicado no sábado, dia 7 de outubro,<i> Dedo na Ferida</i>. <b>Num artigo curto e envolvente ela conseguiu sintetizar uma enormidade de questões de forma inteligente e desapaixonada</b>. É a primeira vez, que me recorde, que o tema tem um tratamento dessa natureza no jornal. Tanto é assim que o editorial do dia seguinte, ao invés de referir-se a uma reportagem do dia anterior, como é usual, tratou do tema do artigo, para reafirmar a visão corriqueira e acrítica do jornal (agora, com desconforto perceptível). </span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">
<div style="text-align: justify;">
Leia abaixo o artigo e o editorial. Veja também a <a href="http://entreatos.blogspot.com/2010/12/rodrigo-pimentel-alem-do-face-face.html">resposta de Rodrigo Pimentel</a>, o comentarista de Segurança Pública da Rede Globo, quando foi perguntado sobre o tema em sua participação no Face a Face, em dezembro de 2010, e em entrevistas à revista Trip.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><br />
<h1 class="titleHead" style="color: #cc0000; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 1.2em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 2px; text-align: justify; text-decoration: none;">
</h1>
<h1 class="titleHead" style="color: #cc0000; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 1.2em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 2px; text-decoration: none;">
</h1>
<h1 class="titleHead" style="color: #cc0000; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 1.2em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 2px; text-decoration: none;">
Da Redação</h1>
<h2 class="title" style="color: #005693; font-size: 26px; font-weight: bold; margin-bottom: 6px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 2px;">
Dedo na ferida</h2>
<div class="lead" style="font-size: 14px; line-height: 1.5em; margin-bottom: 2em; margin-top: 6px;">
Silvana Bittencourt</div>
<div class="publishInfo" style="float: left; font-size: 11px; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 400px;">
<span class="author" style="font-weight: bold;">Silvana Bittencourt </span>- <span class="authorLocation">silvana.bittencourt@ojc.com.br</span><span class="date" style="color: #005693; display: block; margin-top: 4px;">07 de outubro de 2011 (sexta-feira)</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: 11px;"><b><br /></b></span></div>
<div class="clearBoth" style="clear: both; height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
<div class="articleBody" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a dir="ltr" dojotype="ojc.image.Lightbox" group="1_46313_1317949436_7910812" href="http://www.opopular.com.br/polopoly_fs/1.46312!/image/image.jpg_gen/derivatives/landscape_800/image.jpg" id="ojc_image_Lightbox_0" style="clear: right; color: #0065e5; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; text-decoration: none;" title="" widgetid="ojc_image_Lightbox_0"><img alt="silvana.bittencourt@ojc.com.br " height="200" src="http://www.opopular.com.br/polopoly_fs/1.46312.1317947483!/image/image.jpg_gen/derivatives/landscape_240/image.jpg" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; margin-bottom: 0px;" title="Photo: , License: N/A" width="133" /></a></div>
<div class="articleImagesHolder" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 12px; margin-left: 16px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div class="articleImage" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div class="creditoImagem" style="color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 9px; line-height: 1.3; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: right; width: 240px;">
</div>
</div>
</div>
<div style="line-height: 1.5em; margin-bottom: 2em; margin-top: 6px;">
<div style="text-align: justify;">
"Tive um irmão viciado em cocaína. Então sei muito sobre esse assunto". O depoimento é do ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, no documentário Quebrando o Tabu , do diretor brasileiro Fernando Grostein Andrade. O filme, lançado no circuito nacional em junho, estimula o debate de um tema polêmico e delicado, que durante décadas foi tratado como tabu: a descriminalização do uso de drogas. O protagonista do documentário é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que divide cenas com Jimmy Carter, o médico Drauzio Varella, além de Bill Clinton (aquele que fumou mas não tragou) e muitos outros famosos de credibilidade.</div>
</div>
<div style="line-height: 1.5em; margin-bottom: 2em; margin-top: 6px;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A falência absoluta da guerra contra as drogas, que serve muito mais à violência e à corrupção do que à abstinência, e o grande erro de se tratar usuários como bandidos e não como doentes são a linha de condução do filme. Em um dos momentos, Ruth Dreiffus, que presidiu a Suíça em 1999, lança um argumento que comove qualquer um: "Quem são os dependentes? Nossas crianças... Pessoas que amamos". Com dados, indicadores, relatos de experiências bem e mal-sucedidas pelo mundo, Quebrando o Tabu tem o mérito que está explícito em seu próprio título - de pôr o dedo na ferida, única forma de descobrir remédios para tratá-la.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A disposição para discutir drogas de uma forma mais ampla, livre de preconceitos e estigmas, finalmente parece estar se tornando mais consistente. O documentário de Fernando Grostein mostra isso, assim como vozes de profissionais que ecoam em debates e palestras pelo País, defendendo uma política de redução de danos e tentando mostrar o outro lado de enxergar uma tragédia social. O psiquiatra baiano Antonio Nery é um dos que tem se destacado nessas saculejadas contra o torpor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Idealizador do Consultório de Rua, para atender usuários de drogas, Nery é coordenador do Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas da Universidade Federal da Bahia.Sem meias palavras, costuma repetir que nada o irrita mais que o discurso de demonização das drogas. Ele se diz perplexo quando percebe que as mazelas do mundo estão sendo atribuídas aos entorpecentes, como se eles tivessem vida, sensibilidade, poder de decisão e ação. O psiquiatra inverte o foco e mostra que por trás da opção pelas drogas estão a miséria, a falta de perspectivas, a extrema exclusão social, a dor - isso sim a razão dos problemas. De outra forma, diz, é querer resolver pelo sintoma e não pela causa. "O crack é uma alternativa monstruosa para um sofrimento monstruoso", exemplifica.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É possível entender bem a preocupação de Antonio Nery diante do argumento mais usado pela polícia para justificar a explosão dos números da violência: "são as drogas". Em setembro, Goiânia atingiu um recorde histórico no número de homicídios. Foram 56 pessoas assassinadas no mês. Atribuindo a culpa às drogas, o recado que o poder público passa é de que não há nada a fazer. Mesmo porque, segundo a polícia, muitos dos mortos são "elementos envolvidos com drogas". As vítimas não têm nome e o problema não tem solução. Está explicado, justificado e ponto final.</div>
</div>
<div style="line-height: 1.5em; margin-bottom: 2em; margin-top: 6px;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
</div>
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;"></span><br />
<div class="blogPostDate" style="color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">08/10/2011</span></div>
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
</span><br />
<h1 style="color: #005693; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 24px; font-weight: bold; line-height: 1.2em; margin-bottom: 6px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 2px;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<a href="http://www.opopular.com.br/cmlink/o-popular/indice/colunas-e-secoes/editorial-1.1005/a-face-da-viol%C3%AAncia-1.46745" style="color: #005693; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: initial; text-decoration: none;">A face da violência</a></span></h1>
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
</span><br />
<div style="line-height: 1.5em; margin-bottom: 2em; margin-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">O Brasil está em vexatória classificação no campeonato mundial da violência, o 26º, de acordo com o Estudo Global de Homicídios promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Isto significa um nível perturbador de manifestação de violência, gerando índice de 22,7 casos de homicídio para cada 100 mil habitantes.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">O estudo da ONU mostra que as primeiras posições nesse ranking tão negativo são ocupadas por Honduras (82,1), El Salvador (66) e Costa do Marfim (56,9).</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">O levantamento da ONU comprova que as disparidades de renda constituem traço muito forte na matriz da violência.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">Em Goiás, onde o número de homicídios vai crescendo em velocidade assustadora, a exclusão educacional é outro fator a pesar muito. E, nos últimos anos, o tráfico e o consumo de drogas formam uma causa em larga escala nesta questão.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">O envolvimento com drogas fez aumentar muito, em Goiás, o número de homicídios dos quais são vítimas jovens. Que chegam agora a ser a maioria entre as pessoas assassinadas.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">Investir mais na educação e combater com maior eficiência o tráfico de drogas, não permitindo que a sensação de impunidade continue na mente dos criminosos, eis duas grandes prioridades que acabam não se transformando em uma vigorosa atenção do setor público. E, sendo assim, não há como esperar resultados e reversão desse dramático quadro.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
</span><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;"></span><br />
<h1 class="titleHead" style="color: #cc0000; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 1.2em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 2px; text-decoration: none;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;">
</span></h1>
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;">
</span><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #121212; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px;">
</span><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-33903840997921172602011-09-28T11:38:00.000-03:002011-09-28T11:40:48.508-03:00CNJ na berlinda - leitura dinâmica<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="western">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b> </b><span style="font-size: small;">Manchete no Globo e no Estadão, a provável restrição ao poder de investigação e punição a magistrados pelo CNJ, pauta de hoje no STF, foi analisada em dois excelentes artigos, um publicado hoje mesmo, em O Globo, e outro há um mês, na Folha ( ao final, abaixo).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Já no Observatório da Imprensa (<a href="http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/o-debate-tardio-na-imprensa">O debate tardio na imprensa</a>) , Luciano Martins Costa lamenta a falta de cobertura mais aprofundada e há mais tempo da crise instalada no Judiciário em decorrência da divergência de posições. É elucidador ao tratar da indignação do presidente do CNJ e do STF com trecho da entrevista </span><span style="font-size: small;">da corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, à Associação Paulista de Jornais: </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> </span>A frase do ministro Peluso, segundo o qual a acusação da
corregedora-geral ofende a idoneidade e a dignidade de todos os
magistrados, é apenas retórica. Como sabem os jornalistas, o excesso
retórico é sintoma de desonestidade intelectual e esse é apenas um dos
problemas na cobertura da maior crise de que se tem notícia no sistema
judiciário.</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">A íntegra da entrevista havia sido reproduzida no <a href="http://www.blogdofred.folha.blog.uol.com.br/">Blog do Fred (Interesse Público)</a>, editado pelo jornalista Frederico Vasconcelos, da Folha de São Paulo, que inclusive entrevistara recentemente a corregedora nacional na TV UOL e onde aspectos da polêmica vem sendo discutidos há tempos. Curiosamente, desde ontem não consigo acessar o blog, talvez por excesso de demanda. Os <a href="http://cnj.myclipp.inf.br/default.asp?smenu=noticias&filtro=S&fveiculo=Blog%20do%20Fred&fcampo=clipping_veiculo_tipo&fvalor=Blog">posts </a>de ontem podem ser lidos, alternativamente, no portal do próprio CNJ, assim como a <a href="http://cnj.myclipp.inf.br/default.asp?iABA=&iABAid=&smenu=noticias&mm=9&dd=28&yy=2011">cobertura dos jornais de hoje</a> .</span></div>
<br />
<span style="font-size: small;"></span><br />
<br />
<b>O GLOBO | OPINIÃO (7), 28 de Setembro de 2011.</b><br />
<br />
<br />
<div class="western">
<a href="http://draft.blogger.com/blogger.g?blogID=8467919" name="192066"></a></div>
<div class="western">
<span style="font-size: large;"><b>O dano está feito</b></span></div>
<div class="western">
<br /></div>
<div class="western">
JOAQUIM FALCÃO</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">O dano está feito. De
repente o </span><span style="color: red;">Judiciário</span><span style="color: black;"> mudou sua
pauta. Em vez de combater o nepotismo, extinguir adicionais
salariais, estabelecer metas de desempenho, implantar digitalização
e estimular a conciliação, a pauta é outra. É aumento de
salários, brigas públicas, judicialização de conflitos internos.
É incrível a capacidade do </span><span style="color: red;">Judiciário</span><span style="color: black;">
de destruir sua legitimidade. De abalar a confiança dos cidadãos.
Durante mais de 15 anos, impacientes com o nepotismo e a lentidão, a
sociedade, o Executivo e o Congresso defenderam o controle externo do
Poder </span><span style="color: red;">Judiciário</span><span style="color: black;">. </span><br />
<br />
<a name='more'></a><br style="color: black;" /><br />
<span style="color: black;">O país
se mobilizou. O </span><span style="color: red;">Judiciário</span><span style="color: black;"> foi
contra. Negociou-se a criação do </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;">,
o controle de juízes, feito por uma maioria de juízes, com
representantes de outros setores. O </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;">
resulta deste acordo. É um contrato entre Congresso, Executivo,
sociedade civil e o próprio </span><span style="color: red;">Judiciário</span><span style="color: black;">,
a favor da ética e da eficiência judiciais. Hoje, a Associação
dos Magistrados Brasileiros pressiona o Supremo para romper
unilateralmente este contrato. </span><br />
<br />
<span style="color: black;">Querem retirar o poder do </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;">
de julgar e punir os juízes como manda a Constituição. Pretende-se
transformar o </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;"> em conselho
honorário. Não mais uma responsabilidade democrática. Este
objetivo político reveste-se de argumentos aparentemente
constitucionalizados, mas no fundo contrários à Constituição. O
contrato político que criou o </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;">
foi formalizado no artigo 103 B da Constituição, que concede ampla
competência ao </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;"> para receber
qualquer reclamação contra os juízes, sem nenhuma condição.
Qualquer do povo pode ir ao </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;">.
Não precisa ir antes ao Tribunal local, como quer a AMB. O Congresso
deu ampla competência até para de ofício apurar irregularidade.
Pode agir por iniciativa própria sem nem mesmo ter denúncia de
terceiros. Esta ampla competência constitucional é garantia da
própria magistratura. </span><br />
<br />
<span style="color: black;">O </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;">
a exerce com parcimônia. Agora, alguns pretendem extinguir o </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;">,
deixando-o vivo. Lembro-me de Plutarco, quando disse: a pior das
justiças é aquela que é injusta, mas parece justa. O pior </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;">
é aquele que inexiste, mas parece existir. O ataque é indireto.
Inexiste um só dispositivo na Constituição que diretamente
fundamente a decisão de, em nome da autonomia do tribunal,
limitar-se o </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;">. A autonomia dos
tribunais não é absoluta. Na democracia não há autonomias
absolutas. Ao aprovar a emenda 45, que criou o </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;">,
o Congresso disse claramente que seus poderes são compatíveis com
os dos tribunais. O próprio Supremo, ao confirmar a
constitucionalidade do </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;"> em
2005, também. A encruzilhada levada ao Supremo é falsa. A
competência do </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;"> não é
incompatível com a das corregedorias dos tribunais. </span><br />
<br />
<span style="color: black;">Uma não
elimina a outra. São concorrentes, como afirma Ayres Britto. Na
democracia, quanto mais controle a favor da ética e da eficiência,
melhor. A demanda é política e corporativa . Foi derrotada ontem,
quer ressuscitar hoje. A decisão do Supremo não é sobre a morte em
vida do </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;">. É sobre valores
éticos e sociais. Estão em jogo a concretização da imparcialidade
no julgar e a liberdade do cidadão de ir contra os poderosos do
momento. Como exigir de um advogado processar um desembargador no
mesmo tribunal, a quem mais tarde terá de recorrer no exercício de
sua profissão? Onde e como estes valores — a imparcialidade no
julgar e a liberdade de denunciar irregularidades — podem melhor
ser concretizados: nas corregedorias locais ou no </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;">?
Ou nas duas, concorrentemente?</span><br />
<br />
<span style="color: black;">O dano está feito. As
consequências da nova pauta serão maior atrito entre os poderes.
Entre os magistrados e os demais profissionais jurídicos. Uma mídia
mais atenta e investigativa em denúncias. Mobilização congressual.
Confiança decrescente na </span><span style="color: red;">Justiça</span><span style="color: black;">.
O </span><span style="color: red;">CNJ</span><span style="color: black;"> de alguma maneira
apaziguava. Tinha alguém imparcial atento a favor da ética e da
eficiência. E agora? </span></div>
<br />
<div class="western">
<br />
JOAQUIM FALCÃO é professor de Direito
Constitucional da FGV-Rio.</div>
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white;"><span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></span><br />
<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white;"><span style="font-size: large;"><b>Folha de São Paulo, 28.08.11</b></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white;"><span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white;"><span style="font-size: large;"><b>Um conselho que incomoda muita gente</b></span><br /><br /><b>MARIA TEREZA SADEK</b></span><br />
<table style="width: 250px;"><tbody>
<tr><td><hr noshade="noshade" size="2" />
<b><i>O Conselho Nacional de Justiça incomoda e precisa de nossa proteção para que não seja transformado em mais um órgão burocrático e ineficiente</i></b><br />
<hr noshade="noshade" size="2" />
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Após um longo debate e uma série de propostas, a reforma do Poder Judiciário aprovada em 2004 foi uma resposta à crise da Justiça. O remédio encontrado para afastar os tumores sem matar o corpo foi a criação de um sistema nacional de controle, denominado Conselho Nacional de Justiça (CNJ).<br />
Essa solução está hoje ameaçada por propostas que pretendem acabar com o papel de fiscalização e investigação exercido pelo CNJ. Há quem pretenda subverter, por meio de um exercício interpretativo no mínimo controverso, uma das principais reformas aprovadas em nossa Constituição.<br />
Órgão ainda jovem, a partir de 2008, por iniciativa do então ministro corregedor-geral Gilson Dipp, o conselho começou a realizar inspeções e audiências públicas em diversas unidades do Judiciário, tornando transparente aos olhos da opinião pública o que gerava odor podre em um corpo que necessita ser saudável tanto para a consolidação do regime democrático como para o fortalecimento dos direitos individuais e coletivos.<br />
Ao assumir a Corregedoria Nacional de Justiça em setembro de 2010, em postura pouco comum aos nossos administradores, a ministra Eliana Calmon não só manteve a política de transparência de seu antecessor como ainda procurou aprimorá-la por meio de parcerias com Receita Federal, Controladoria-Geral da União, Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), tribunais de contas e outros órgãos de controle.<br />
A fiscalização, assim, foi se mostrando cada vez mais eficiente e, por isso mesmo, mais incômoda.<br />
Um conselho assim incomoda e muito, sobretudo os interesses corporativos, que, relembremos, não convenceram o Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI nº 3.367-1, que afirmou a constitucionalidade do CNJ, registrando, inclusive, no voto condutor, a inoperância de muitas das corregedorias locais, o que todos já sabíamos.<br />
Perplexos com a faxina levada a efeito pela Corregedoria Nacional de Justiça, os interesses contrariados reabrem a discussão do tema, tentando a todo custo fazer prevalecer o entendimento de que o CNJ só pode punir juiz corrupto após o julgamento do tribunal local.<br />
Era assim no passado, e o Poder Judiciário foi exposto a uma investigação no Parlamento exatamente porque não fez esse dever de casa, e nada nos garante que o fará sem a atuação firme e autônoma do CNJ.<br />
Nesse momento, a vigilância é mais do que sinal de prudência. É imperiosa e sobressai como dever de todos os que aceitam o desafio de aprimorar a Justiça. Políticas voltadas ao combate à impunidade se deparam com resistências.<br />
Não por acaso são criados fatos e elaboradas teses capazes de ludibriar os inocentes e provocar retrocessos que causarão prejuízos irreparáveis ao Brasil.<br />
Um conselho criado justamente porque os meios de controle existentes até a década passada eram ineficazes e parciais não pode ter a sua atuação condicionada ao prévio esgotamento dos meios de que os tribunais há muito tempo dispõem e que, na prática, pouco ou nunca utilizaram para corrigir os desvios de seus integrantes.<br />
A tese de que a competência do CNJ é subsidiária, e, assim, somente pode ser exercida após a constatação de que os tribunais de origem foram inertes ou parciais, interessa tão somente àqueles que depositam suas fichas no jogo do tempo, da prescrição e do esquecimento.<br />
O CNJ incomoda e precisa de nossa proteção para não ser transformado em mais um órgão burocrático e ineficiente.<br />
<br />
<hr noshade="noshade" size="1" />
<b>MARIA TEREZA SADEK</b>, doutora em ciência política, é professora do Departamento de Ciência Política da USP e diretora de pesquisa do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Judiciais.<div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-21786559754456137052011-07-26T16:17:00.000-03:002011-07-26T16:17:17.487-03:00Gente como a gente: juíza de direito casa-se com sua companheira<div style="text-align: justify;">
Felicidade total do casal na notícia que chega de Santa Catarina (abaixo). Idêntica à dos <a href="http://www.nytimes.com/interactive/2011/07/24/nyregion/20110724-gaymarriage-portraits.html">20 casais</a> que o New York Times escolheu para representar as centenas que se uniram no domingo, primeiro dia em que se tornou legal a união de pessoas do mesmo sexo no Estado de Nova Iorque. A mesma no <a href="http://www.nytimes.com/slideshow/2011/07/25/nyregion/20110725-READERMARRIAGE.html"> álbum</a> que o jornal montou com fotos enviadas pelos leitores. Coincidentemente, este ano a Holanda <a href="http://www.rnw.nl/portugues/article/dez-anos-de-casamento-entre-pessoas-do-mesmo-sexo-na-holanda">comemorou</a> os dez anos da primeira união legal entre pessoas do mesmo sexo e a experiência mostra que são casais como quaisquer outros, exceto pela dificuldade, que persiste, quando querem adotar crianças. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<br /><strong><span class="corpo_12_azul" id="tx">Juíza casa-se com outra mulher </span></strong><br />
<br />
<br />
Fonte: www.espacovital.com.br <br />
<br />
<br /><br /><em>(19.07.11)</em><br />
<table align="right" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="foto_noticia_direita"><tbody>
<tr><td align="right"><span class="autor_foto_noticia">Diarinho - Itajaí (reprodução)</span> <img class="borda_foto_noticia" height="225" src="http://www.espacovital.com.br/img/fotos_noticias/int20110719_91922.jpg" width="300" /></td></tr>
<tr><td class="legenda_foto_noticia"><i><b>O "selinho" da união de Sônia e Lilian, no cartório Heusi, em Itajaí </b></i></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span id="tx1">A
juíza Sônia Maria Mazzetto Moroso, titular da 1ª Vara Criminal de
Itajaí (SC) assinou no sábado (16) o documento que a torna casada com
Lilian Regina Terres, servidora pública municipal. Esta é a primeira
união civil homoafetiva registrada em Santa Catarina, após a decisão do
STF.</span><br /><br /><span id="tx1">A primeira do Brasil ocorreu em Goiânia (GO), no dia 9 de
maio, entre Liorcino Mendes e Odílio Torres. Até agora, ninguém da
magistratura brasileira tinha antes, assumido publicamente esse tipo de
relacionamento.</span><br /><br style="font-style: italic;" /><span id="tx1"><span style="font-style: italic;">“É a primeira pelo menos no Estado de Santa Catarina e eu sou a primeira juíza brasileira a assumir”, </span>comemorou Sônia. </span></div>
<span id="tx1"> </span><div style="text-align: justify;">
<span id="tx1">Ela
e Lilian já tinham um relacionamento estável antes da união oficial.
Elas se uniram no dia 29 de maio do ano passado, numa cerimônia
abençoada pela religião umbandista.</span><br /><br /><span id="tx1">O juiz Roberto Ramos Alvim,
da Vara de Família da comarca, autorizou o casamento civil das duas
mulheres. O ato foi, então, celebrado no Cartório Heusi. </span><br /><span id="tx1"> </span><br /><span id="tx1">Familiares
e amigos delas acompanharam a cerimônia. Rafaello, filho da juíza
Sônia, também estava presente e ansioso pela união. “O meu filho me
chama de mãe e se dirige à Lilian como mamusca”, conta Sônia.</span><br /><br /><span id="tx1">Com
o casamento, Lilian e Sônia decidiram acrescentar os sobrenomes uma da
outra, ficando Sônia Maria Mazzetto Moroso Terres e Lilian Regina Terres
Moroso.</span></div>
<div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-49680753508075230872011-07-26T07:13:00.004-03:002011-07-26T07:16:52.373-03:00Artes Cênicas cobram Política Cultural para Goiás<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">
Uma Carta Aberta elaborada por profissionais das Artes Cênicas foi protocolada, na tarde de seg<span style="font-size: small;">unda-feira, dia 25, endereçada ao Governador do Estado, ao Presidente e ao Diretor de Ação Cultural da Agepel. Também foi encaminhada à imprensa.</span></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Além da questão da Lei Goyazes, até hoje pendente, o movimento foi disparado pela inacreditável proposta de R$ 150 mil para a área oferecidos pela Agepel numa reunião recente.<b> <span style="background-color: yellow;">É o mesmíssimo valor que foi oferecido</span></b> <b style="background-color: yellow;">em 1999</b> e depois em 2003, em outras negociações, pasmem !!!</span></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">
Se em 2010 o<b> início do funcionamento republicano da Lei Goyazes</b>, depois de quase uma década de existência,<b> graças às alterações negociadas pelo meio artístico com o governo no ano anterior</b>, era um alento, a nova notícia, seguida aos cortes naquela lei, não poderia ser mais frustrante.</div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">
Para ler a carta, clique na imagem abaixo e na janela que se abrirá, em "view document".</div>
<br />
<span style="font-family: 'Times New Roman','serif';"><span style="font-size: small;"> </span></span><br />
<br />
<a href="http://www.4shared.com/document/eIGZv11k/Carta_aberta_-_artes_cnicas_-_.html" target="_blank"><img border="0" src="http://dc396.4shared.com/img/eIGZv11k/0.6195953893750016/Carta_aberta_-_artes_cnicas_-_.pdf" /></a><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-2553907069776812682011-07-15T00:25:00.000-03:002011-07-15T00:25:16.592-03:00Uniões homoafetivas: não há sustentação jurídica nem bíblica para decisões de juiz<div dir="ltr">
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="il">Já <a href="http://entreatos.blogspot.com/2011/01/democracia-tem-mais-desaparecidos-do_2566.html">comentei</a> sobre as limitações do formato de entrevistas usado por O Popular no Face a Face. Também destaquei um exemplo de <a href="http://entreatos.blogspot.com/2011/06/os-concursos-e-as-cartas.html">carta de leitor</a>, tratando da entrevista com o juiz de direito Ari Ferreira de Queiroz, que foi o melhor texto que li sobre suas decisões invalidando </span><span class="il">vários concursos públicos.</span><span class="il"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="il">Aconteceu de novo agora: saiu nas cartas dos leitores, após o </span>Face a Face com o também juiz de direito Jerônymo Pedro Villas Boas<span class="il">, o texto mais interessante sobre a sua cruzada contra as uniões homoafetivas. E pior: saiu pela metade, sem a argumentação mostrando a falta de sustentação bíblica para as as decisões do juiz. Abaixo, a íntegra do texto enviado ao jornal.</span></div>
<br />
<b>Face a Face com Jerônymo Pedro Villas Boas</b><span class="il"> </span><br />
<span class="il"><br /></span><br />
<span class="il">Augusto</span> Corrêa de Sousa* </div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
Há dias o jornal <i>O Popular</i>
vem noticiando as decisões do Juiz de Direito Jerônymo Pedro Villas
Boas que anularam uniões homoafetivas, bem como a repercussão que têm
tido e os argumentos jurídicos frágeis com que o magistrado sustenta seu
posicionamento, como pode ser visto no último Face a Face.</div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
De início, é preciso
registrar que a controvertida decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
sobre as uniões homoafetivas foi proferida em ação direta de
inconstitucionalidade, portanto, boa ou má, justa ou injusta, correta ou
errada, deve ser cumprida por todos, inclusive pelo Juiz Jerônymo Pedro
Villas Boas.</div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
Isso porque a Constituição Federal, que o magistrado diz respeitar, diz em seu artigo 102, § 2º: <i>"As
decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal
Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações
declaratórias de constitucionalidade </i><i><b>produzirão eficácia contra todos</b></i><i> e </i><i><b>efeito vinculante</b></i><i>, </i><i><b>relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário</b></i><i> e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal."</i></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
Ora, a decisão do STF
desagradou ao mencionado juiz, mas ele não tem o poder de questionar a
interpretação dada pela mais alta Corte de Justiça do país, muito menos
de descumpri-la. Se apenas as decisões ditas como "corretas" devessem
ser respeitadas, com certeza nenhuma decisão judicial seria cumprida no
Brasil, porque sempre algum envolvido estaria insatisfeito.</div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
Além do mais, Jerônymo
Pedro Villas Boas se equivocou em suas decisões de anulação de uniões
homoafetivas, pois, como bem anotou a Corregedora-Geral da Justiça,
Desembargadora Beatriz Figueiredo Franco, a competência administrativa
para inspecionar os serviços dos cartórios de Goiânia não é do Juiz
Jerônymo Pedro Villas Boas, mas sim do Juiz Corregedor e Diretor do
Foro, Donizete Martins de Oliveira. </div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
Até porque, na Capital,
existem mais 3 (três) juízes com a mesma competência do polêmico
magistrado, não podendo ele, bem por isso, agir de ofício. A decisão de
Jerônymo Pedro Villas Boas, nesse ângulo, violou o princípio do juiz
natural (art. 5º, LIII, da Constituição Federal [<i>“Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;”</i>]) e o princípio da inércia da jurisdição, cravado no art. 2º do Código de Processo Civil (<i>"Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais."</i>).</div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
Além de todas essas
irregularidades, o magistrado não conferiu ao casal homossexual atingido
por sua decisão a oportunidade para defender a validade do registro de
sua união, violando direito fundamental básico de todo e qualquer
cidadão, qual seja, o direito ao contraditório e à ampla defesa,
previstos no art. 5º, LV, da Constituição Federal.</div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
Enfim, juridicamente a decisão do Juiz Jerônymo Pedro Villas Boas não se sustenta.</div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="left" style="margin-bottom: 0cm;">
E pior, biblicamente também não.</div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
Com efeito, a Bíblia
condena o homossexualismo em diversas passagens, a exemplo do que se lê
em Levítico 18:22, Romanos 1:26-27 e 1 Coríntios 6:9-10, porém, isso não
autoriza o juiz a atropelar o ordenamento jurídico nacional sob o
pretexto de estar seguindo a Palavra de Deus. </div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
De fato, não é pela força
de uma decisão judicial que os homossexuais deixarão a prática ou se
verão inibidos de constituírem uniões homoafetivas. </div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
A Bíblia diz que os
homossexuais não herdarão o Reino de Deus, contudo, seguir a Jesus
Cristo, como o Juiz e Pastor Jerônymo Pedro Villas Boas sabe, é uma
escolha personalíssima. Cabe a cada indivíduo, isoladamente. Ninguém
pode decidir por eles trilhar o caminho da salvação em Jesus Cristo.</div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
Evangelismo se faz com amor, missões, boas obras e pregações, não com sentenças judiciais. </div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
Com suas atitudes, o
magistrado está misturando sua atividade religiosa com seus afazeres
seculares. Como se sabe, a separação entre Igreja e Estado está
determinada no art. 19, I, da Constituição Federal e a despeito de
muitos considerarem esse fato uma conquista das Revoluções Liberais,
Jesus Cristo, no Evangelho de Marcos, 12:17, crava em famosa passagem: <i>“Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” </i></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
Não estou aqui defendendo
que Jerônymo Pedro Villas Boas aplauda a decisão do STF, porque isso
afetaria sua liberdade e convicção religiosa, mas, na condição de Juiz
de Direito, também não pode viola-la, ainda mais tentando justificar seu
posicionamento íntimo e pessoal com argumentos jurídicos construídos em
solo de areia.</div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
Assim, Jerônymo Pedro
Villas Boas, na condição de magistrado, deve obediência à decisão do STF
por força do art. 102, § 2º, da CF e, na condição de pastor evangélico,
também deve se sujeitar ao STF e à Corregedora-Geral da Justiça, em
razão do que dispõe a Bíblia em 1 Pedro 2: 13-19. Por isso está
duplamente equivocado, por desobedecer à lei de Deus e às leis dos
homens. </div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
Dr. Jerônymo Pedro Villas
Boas, é preciso combater o bom combate e, como evangélicos, devemos
levar a verdadeira mensagem de Deus para os homens e não afronta-los de
modo que eles repilam, logo de início, o que Jesus Cristo tem para eles.
Lembre-se: o desejo de Deus é que todos os homens se salvem e cheguem
ao conhecimento da verdade (1 Timóteo 2:4).</div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="il">*</span> assessor de promotoria no Ministério Público do Estado de Goiás.</div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-51442577415800431832011-06-20T22:17:00.000-03:002011-06-20T22:17:37.876-03:00O não empréstimo da CELG: a exata medida<div class="chapeu-linha-fina">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="chapeu"> </span><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">A mídia goiana segue sem conseguir contextualizar a dimensão que teve o fato de não ter sido concretizado o empréstimo à CELG, no ano passado.</span></span></div>
</div>
<h1 class="title" id="noticia-title" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Mas nem precisa: é só ler a matéria que o Valor Econômico publicou em fevereiro sobre o aumento do endividamento de Estados e municípios em 2009 e 2010, para fugir da queda de arrecadação devido à crise financeira internacional.</span></span></h1>
<h1 class="title" id="noticia-title" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">A matéria considerou erroneamente que o empréstimo fora feito (quem imaginaria que não?) e dá a devida medida, ao permitir compará-lo aos que foram concedidos a outros Estados e algumas prefeituras. </span></span></h1>
<h1 class="title" id="noticia-title" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Entre 2009 e 2010, houve um crescimento de 215% nos empréstimos, que chegaram a R$ 18,77 bilhões, dos quais caberiam à CELG R$ 3,728 bilhões, ou 20%. Seria mais que qualquer Estado ou município conseguiu, quase 4 vezes o valor obtido por Minas Gerais, por exemplo. </span></span></h1>
<h1 class="title" id="noticia-title" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Imagine-se a complexidade da operação necessária para se dispor desse montante de recursos em caixa na data prevista para a liberação e, na outra ponta, para deslocá-los quando o empréstimo não se efetivou. </span></span></h1>
<blockquote>
<h1 class="title" id="noticia-title">
<span style="font-size: large;"> </span><span class="chapeu" style="font-size: large;">Contas públicas: </span>
<span class="linha-fina" style="font-size: large;"> Operações de crédito em 2009 e 2010 atingem R$ 18,77 bi </span></h1>
<h1 class="title" id="noticia-title">
<span style="font-size: small;"> Em 2 anos, dívidas de Estados e municípios crescem 215%</span></h1>
<div class="region region-content_top" id="content-top">
<div class="news-info">
<div class="authorship">
<span class="author">Ribamar Oliveira</span> | <span class="veiculo">De Brasília</span></div>
<div class="published-date">
06/02/2011</div>
</div>
</div>
<div class="node node-type-noticia-impresso" id="node-379931">
<div class="node-inner">
<div class="content">
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
As operações de crédito realizadas por governos estaduais e prefeituras
em 2009 e em 2010, com autorização do Ministério da Fazenda e do Senado
Federal, bateram recorde e atingiram R$ 18,77 bilhões, com um
crescimento de 215% em relação aos dois anos anteriores, quando ficaram
em R$ 5,96 bilhões, de acordo com dados da Secretaria do Tesouro
Nacional (STN).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbED_i2pRsfivUBlb4ks98R59jI5qNc0Ic-HiXQ-vGKIRiLjVPlH1paiiNyJ8FfXlOx-A8NVbVTVHvVuBVCwACmMpY-o1PN3ctE5hlMic7ABm_OTdYm1u4xy3DW6DPbyutPLiD/s1600/arte07bra-101-riba-a3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbED_i2pRsfivUBlb4ks98R59jI5qNc0Ic-HiXQ-vGKIRiLjVPlH1paiiNyJ8FfXlOx-A8NVbVTVHvVuBVCwACmMpY-o1PN3ctE5hlMic7ABm_OTdYm1u4xy3DW6DPbyutPLiD/s400/arte07bra-101-riba-a3.jpg" width="318" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
O aumento do endividamento e a queda da receita tributária em
decorrência da crise financeira internacional são os motivos principais
para os Estados e municípios não terem alcançado as metas de superávit
primário nos últimos dois anos, segundo análise feita por fontes da área
econômica. O superávit é a economia que o setor público faz para pagar
parte das despesas com juros das dívidas.</div>
<br />
<div class="ml-image align-left ml-image-preset-media_library_default" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com
os recursos dos empréstimos, os governadores e prefeitos fizeram obras,
o que prejudicou a obtenção da meta fiscal. Pela metodologia de cálculo
do superávit, uma despesa, mesmo sendo investimento, é computada como
déficit.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A queda da receita tributária em 2009, em decorrência da recessão
econômica, reduziu os pagamentos dos Estados e municípios à União por
conta dos contratos de renegociação das dívidas. A resolução 43/2001 do
Senado determina que esses pagamentos não podem exceder a 11,5% da
receita corrente líquida. Como a receita líquida diminuiu em 2009, os
pagamentos também caíram.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O superávit primário dos Estados e municípios é estimado pelo governo
federal, todo ano, em 0,95% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa
projeção é feita com base nos pagamentos que eles são obrigados a fazer
por força dos contratos de renegociação de seus débitos com a União.
Mas, nos últimos dois anos, essa estimativa não se concretizou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2009, o superávit primário ficou em 0,75% do PIB, segundo o Banco
Central, computados nesse resultado o saldo das empresas estaduais e
municipais - o descumprimento da meta foi, portanto, de 0,2 ponto
percentual do PIB. Naquele ano, o que mais pesou foi a queda da
arrecadação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2010, mesmo com a recuperação das receitas tributárias,
principalmente a do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS), o esforço fiscal dos Estados e municípios piorou. Segundo o
Banco Central, o superávit primário obtido por essas unidades da
federação no ano passado foi de 0,64% do PIB - uma queda de 0,31 ponto
percentual em relação à meta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A explicação é que governadores e prefeitos gastaram muito. Além da
receita tributária maior, eles utilizaram os recursos obtidos com as
operações de crédito para ampliar os gastos. Não foi, portanto, apenas o
governo federal que gastou muito no ano eleitoral. Os Estados e
municípios seguiram o mesmo caminho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A crise financeira internacional de 2008 provocou uma recessão no
Brasil e em algumas das principais economias do mundo. Por conta da
menor atividade econômica, as receitas tributárias desabaram em 2009.
Para compensar os Estados e municípios, o governo federal aumentou as
suas transferências e facilitou a obtenção de empréstimos por parte dos
governos estaduais e prefeituras, antes muito rígidas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para isso, o governo Lula criou o Programa Emergencial de
Financiamento dos Estados (PEF). O Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) foi autorizado a conceder empréstimos
destinados a investimentos. Os recursos repassados aos Estados não
poderiam financiar despesas correntes. No início, o limite dessas
operações foi de R$ 4 bilhões. Em outubro de 2009, por meio da resolução
3.794, o Conselho Monetário Nacional (CMN) ampliou o limite em mais R$ 6
bilhões.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
O governo federal autorizou também empréstimos do Banco do Brasil e
da Caixa Econômica Federal (CEF) para programas de saneamento básico,
construção de moradias e para investimentos no âmbito do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC). O Estado do Rio de Janeiro, por
exemplo, obteve R$ 606 milhões do PAC-Favelas, empréstimo concedido pela
CEF.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A maior operação de crédito feita de 2009 a 2010 foi para o Estado de
Goiás, que obteve R$ 3,898 bilhões. Desse total, no entanto, R$ 3,728
bilhões foram concedidos pela Caixa Econômica Federal para o pagamento
de dívidas da Companhia Energética de Goiás (Celg). Ou seja, não foram
utilizados em investimentos. Outros R$ 170,59 milhões foram concedidos a
Goiás pelo BNDES, no âmbito do PEF.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em julho de 2010, a prefeitura do Rio de Janeiro foi autorizada a
fazer uma operação de crédito com o Banco Mundial, no valor de R$ 1,045
bilhão, destinada à reestruturação e recomposição do principal de suas
dívidas renegociadas com a União. Com essa operação, o Rio reduziu o seu
custo de endividamento e ampliou o espaço para novos empréstimos.</div>
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Nos últimos dois anos, o Estado de São Paulo foi beneficiado com
operações de crédito no montante de R$ 2,65 bilhões. Os recursos obtidos
foram utilizados pelo governo paulista em investimentos de
infraestrutura e na aquisição de máquinas, equipamentos e veículos,
entre outras destinações. Em 2009 e 2010, o Estado do Rio de Janeiro foi
autorizado a contratar operações de crédito no montante de R$ 1,9
bilhão, enquanto o governo da Bahia ficou com R$ 1,3 bilhão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2007 e 2008, os Estados e municípios foram autorizados a fazer
operações de crédito no montante total de R$ 5,96 bilhões, de acordo com
dados da Secretaria do Tesouro Nacional. A rigor, o governo federal
começa a facilitar a obtenção de empréstimos por parte de governadores e
prefeitos a partir de 2008, quando as operações atingiram R$ 5,5
bilhões. Em 2007, elas ficaram em apenas R$ 488,3 milhões.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este ano, as operações de crédito deverão continuar em ritmo intenso,
principalmente para as 12 cidades-sede da Copa de 2014 e respectivos
Estados. O CMN autorizou o BNDES a abrir linha de financiamento de R$
4,8 bilhões para a construção dos estádios, e de R$ 8 bilhões para
projetos de mobilidade social. Muito pouco desses recursos foi liberado
até agora.</div>
</div>
</div>
</div>
</blockquote>
<div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-3689299741562106172011-06-12T09:00:00.002-03:002011-06-13T00:22:40.074-03:00Uma entrevista histórica: Marconi Perillo fala sobre o papel da oposição, Lula, Dilma, CELG e mais ao Valor Econômico<div style="color: #232323; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 15px; margin: 1em 0px;">
<span style="font-size: small;">Fabiana Pulcineli registrou, no Popular de ontem, declaração do governador Marconi Perillo de que torce pelo governo da presidenta Dilma Rousseff:</span><br />
<span style="font-size: small;"><b><br /></b></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<blockquote>
Ao comentar a troca de titulares na Casa Civil,
após a crise envolvendo Antonio Palocci, o governador Marconi Perillo
(PSDB) disse ontem que busca estabelecer diálogo com o governo federal e
torce pela gestão da presidente Dilma Rousseff. "Da nossa parte,
continuaremos torcendo para o sucesso do governo da presidente Dilma,
porque o sucesso dela é o nosso também, é importante para todos nós
brasileiros", disse, durante visita ao Centro de Reabilitação e
Recuperação Dr. Henrique Santillo (Crer).<br />
<br />
Marconi disse que o
governo estadual tem feito sua parte na apresentação de projetos e na
busca por boa relação com a União. "Estamos fazendo um governo de
diálogo, sério, honesto, transparente, que tem como objetivo buscar os
melhores resultados para Goiás. Um governo de diálogo com o governo
federal, que tem dito o tempo todo que faz um governo republicano.
Então, não temos dúvidas de que os canais de diálogo continuarão
abertos."</blockquote>
</div>
<span style="font-size: small;">O momento é perfeito para reler a entrevista concedida por Marconi ao Valor Econômico, após as eleições do ano passado, quando ainda estava no Senado. </span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Salvo engano, foi o primeiro dos novos governadores eleitos a ser entrevistado pelo jornal, e não há dúvida da razão para sua escolha: sua eleição, a despeito do empenho pessoal do presidente Lula em que fosse derrotado, como mostram a chamada, o título e o início da sua apresentação na matéria:</span></div>
<span style="font-size: small;"> </span><span style="font-size: small;"><b><br /></b></span><br />
<blockquote>
<div class="chapeu-linha-fina" style="color: #333333;">
<span style="font-size: x-small;"><span class="chapeu"><span style="color: #006570;"><b>Entrevista: </b></span></span><span class="linha-fina">Governador eleito contra empenho do presidente aposta em entendimento com sucessora</span></span></div>
<h1 class="title" id="m5g7" style="color: #124fb9; margin-left: 0px; margin-right: 0px;">
<span style="font-size: large;">"Dilma tem estilo completamente diferente do de Lula"</span></h1>
<br />
<div class="content" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Um dos
principais alvos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições
estaduais deste ano foi o vice-presidente do Senado e governador eleito
de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Para derrotá-lo, Lula subiu no
palanque no Estado duas vezes durante a campanha, de onde classificou o
tucano de mau-caráter, sem-palavra e desonesto, para ficar em alguns dos
adjetivos utilizados. Também articulou, via Caixa Econômica Federal e
Eletrobrás, um aporte financeiro de R$ 3,7 bilhões para sanar as
Centrais Elétricas de Goiás (Celg), estatal que há anos vive situação
pré-falimentar e cuja solução há tempos vira tema central das eleições
goianas.</span></div>
<span style="font-size: small;">Discurso
e dinheiro, porém, não foram suficientes para impedir o retorno de
Perillo ao Palácio das Esmeraldas, que ocupou entre 1999 e 2006(...)</span></blockquote>
</div>
<div style="color: #232323; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 15px; margin: 1em 0px;">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Abaixo, alguns trechos da entrevista, em que destaco, em especial, a definição do papel da oposição feita por Marconi. A matéria junta-se à <a href="http://entreatos.blogspot.com/2010/01/eleicoes-em-goias-no-valor-economico-e.html">coleção de matérias históricas</a> disponibilizada pelo blog.<b> </b></span></div>
<br />
<span style="font-size: small;"><b>Entrevista ao Valor Econômico em 12.11.10</b></span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span><br />
<span style="font-size: small;"><b>Valor:</b> <i>E qual deve ser o papel do partido [ PSDB, oposição] no Congresso?</i></span></div>
<div style="color: #232323; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 15px; margin: 1em 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b>Perillo: </b>O parlamento é a instância pra se fazer o debate democrático entre oposição e governo. O eleitor nos jogou na oposição e cabe a nós exercer o papel de fiscalizador e inclusive propositor de alternativas para o país, mas também de denunciador de eventuais mazelas, desvios corrupção e indícios de irregularidades. Parlamentar é "parlar". Cabe aqui o desafio de cobrar metas e compromissos que foram estabelecidos entre o candidato vencedor e a população, sugerir CPIs, denunciar, aprimorar a legislação, apontar saídas, fazer uma agenda para o país, inclusive paralela à agenda governamental.</span></div>
<div style="color: #232323; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 15px; margin: 1em 0px;">
<span style="font-size: small;">(...)</span><br />
<br />
<div class="content" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b>Valor:</b> <i>O
senhor vai receber a Celg praticamente federalizada, após um acerto
entre governo estadual e federal feito às vésperas do segundo. Pretende
manter o acordo?</i></span></div>
<div class="content" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="content" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b>Perillo: </b>Solicitei
à comissão de transição atenção especial à Celg e a esse contrato.
Ninguém em Goiás tem conhecimento dos seus termos. O que foi apresentado
à sociedade é muito genérico e superficial. Precisamos analisar todas
as informações. Caso cheguemos à conclusão de que é lesivo aos
interesses do Estado, vamos tomar providências administrativas e legais.
Já fiz notificação ao governo federal e estadual sobre todas essas
questões e elencando toda a legislação que pode responsabilizar agentes
públicos em caso de quaisquer danos ao erário. Vai depender do que vamos
nos deparar.</span></div>
<div class="content" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="content" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b>Valor:</b> <i>A forma e o tempo em que ele foi feito acha que foi mais um pacote do governo federal e do presidente Lula para derrotá-lo?</i></span></div>
<div class="content" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="content" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b>Perillo: </b>O
governo teve quatro anos para resolver essa questão. Lamento que
quiseram resolver isso no apagar as luzes. De qualquer maneira, espero
que tenham sido bem intencionados.</span></div>
</div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; margin: 1em 0px;">
<span style="font-size: small;"><b>Valor:</b> <i>Os mais duros ataques do presidente Lula durante a campanha foi (sic)</i><i> contra o senhor. De onde vem esse ódio e como o senhor recebeu os ataques?</i></span></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; margin: 1em 0px; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b>Perillo: </b>Na condição de chefe de Estado e da nação eu jamais me meteria em questiúnculas locais, domésticas. Presidente tem a função de ser o mais alto magistrado nacional e como chefe da nação ele deveria dar exemplo de compostura, comportamento político e cívico a todos os brasileiros, especialmente às crianças que significam o futuro do país. Lamento que isso não tenha acontecido. O presidente se apegou ao fato de eu ter levado ao conhecimento dele a informação de que estavam pedindo mesadas para parlamentares no primeiro mandato dele. Outro motivo foi o voto e o discurso que fiz contra a CPMF, quando o Senado votou sua derrubada.</span></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; margin: 1em 0px;">
<span style="font-size: small;"><b>Valor:</b> <i>Acha que esse ódio pode ser transferido para Dilma?</i></span></div>
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; margin: 1em 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b>Perillo: </b>São dois estilos completamente diferentes. Aliás, acho que ele vai sentir muita falta do poder. E a presidente Dilma vai ter que imprimir seu próprio estilo. Tenho consciência de que ela jamais se apegará a sentimentos mesquinhos no trato com a oposição, com os adversários. Uma coisa é ter um tratamento em relação a opositores, outra é transformá-los em inimigos pessoais. Isso não cabe nem na vida pessoal nem na política.</span></div>
<span style="font-size: small;"><br /></span><br />
<span style="font-size: small;">Leia a entrevista na íntegra<a href="https://docs.google.com/Doc?docid=0Afuxp_4cPGa1ZGRkY3d2NmZfMzUwZjV4OXduZ2I&hl=pt_BR&authkey=COnPjK8P"> aqui</a>. </span></div>
<div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-6201706373111033422011-06-04T19:33:00.001-03:002011-06-04T19:33:58.833-03:00Ainda a seção de cartas: a falta de justiça<div>No artigo <a href="http://entreatos.blogspot.com/2011/06/os-concursos-e-as-cartas.html">anterior</a>, reproduzi cartas publicadas em O Popular tratando da polêmica dos concursos anulados. Esta outra, tratando da morosidade do judiciário, também vale a pena:<br />
<br />
30.12.10: </div><br />
<div><span style="font-size: large;">Demora processual</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Conforme este jornal divulgou na edição do dia 9 de dezembro, o presidente da seccional da OAB, Henrique Tibúrcio, solicitou ao Tribunal de Justiça que fosse suspensa a implantação do Projudi em Goiânia. <span style="color: blue;">Com a experiência acumulada ao longo dos meus mais de 50 anos nas lides forenses, digo com total segurança que o emperramento dos processos que se encontram empilhados e dormitando nos cartórios nada tem a ver com o Código do Processo Penal.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="color: blue; text-align: justify;">O caos que aí está é causado, isto sim, pela máquina administrativa. Como exemplo desse colapso, cito a comarca de Pontalina, na qual atuo há 40 anos, que tem mais de 4 mil processos tramitando e conta com apenas um juiz.<br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="color: blue;">Se nomearem juízes em número suficiente, a processual em termos de celeridade será restabelecida e a prestação jurisdicional se fará nos moldes preconizados pela Lei Processual Civil.</span> Equivoca-se quem acredita que a Lei 11.419 confusa, complicada, com seu processo eletrônico substituindo o tradicional, já denominado de físico, tenha sido editada pela eliminar a letargia que, paulatinamente, contaminou a Justiça nacional, mesmo porque o computador não elabora despacho nem prolata sentença.</div></div><div style="text-align: justify;">A apreciação dos recursos é tarefa exclusiva dos Tribunais de Justiça e não dos juízes, que vivem assoberbados com as montanhas de processos na comarcas. Vem aí mais uma reforma no Código do Processo Civil, cuja proposta já está tramitando no Congresso Nacional, no qual terá assento o deputado campeão de votos na recente eleição. O bom senso recomenda a revogação dessa lei.</div><div style="text-align: justify;">Se há uma reforma, que nela seja discutida a conveniência ou não do que se pretende implantar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div>ORIZONE JOSÉ VIEIRA Pontalina - GO</div><div></div><div style="text-align: justify;">(outra carta do mesmo leitor, foi publicada em 23.05.11 assinada como promotor de Justiça aposentado) </div><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-45339209400064461972011-06-04T00:36:00.005-03:002011-06-04T00:43:14.340-03:00Os concursos e as cartas<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Em meados do mês passado, o juiz de direito Ari Ferreira de Queiroz rejeitou os vários recursos apresentados contra sua decisão, de dezembro de 2010, que anulara diversos concursos públicos estaduais.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Diante da polêmica que a decisão gerou, deixando apreensivos os milhares de envolvidos, Queiroz foi o entrevistado do Face a Face, de O Popular, no sábado, dia 14 de maio. Não interessa tratar aqui das limitações desse formato de entrevista, que já <a href="http://entreatos.blogspot.com/2011/01/democracia-tem-mais-desaparecidos-do_2566.html">comentei </a> antes, mas da repercussão dessa na seção de cartas dos leitores, muito interessante. </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
Foram publicadas duas cartas. A primeira, do desembargador Paulo Teles, ex-presidente do Tribunal de Justiça, que quando naquele cargo polemizou com o juiz em artigos publicados no Diário da Manhã (infelizmente, não os salvei). A segunda, do professor universitário (informação não publicada) Arivaldo Fernandes Araújo. Vejam só: </div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Quarta, 17 de maio.</div><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx1tThRwhaHG2OsXdR9NhLJf2NGaoHq_KpPS5K3Az-BKSPBUUzjf6_ZVsc66M5PXnlOGLMOMC4r-VRxfgDuYbnzIisySNxnEe-FS4-LzmV05RW_3-wqYnvuxyvG2JDNIUxVkbf/s1600/paulo+teles.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx1tThRwhaHG2OsXdR9NhLJf2NGaoHq_KpPS5K3Az-BKSPBUUzjf6_ZVsc66M5PXnlOGLMOMC4r-VRxfgDuYbnzIisySNxnEe-FS4-LzmV05RW_3-wqYnvuxyvG2JDNIUxVkbf/s1600/paulo+teles.jpg" /></a></div><br />
<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Quinta, 18 de maio.</div><br />
<blockquote><span style="font-size: large;">Concursos </span></blockquote><br />
<blockquote><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Ao ler a entrevista do <span style="color: blue;"><span style="color: black;">juiz</span> </span><span style="color: red;"> </span>Ari Ferreira de Queiroz no <i>Face a Face</i> estranhei que tenha invertido<span style="color: blue;">,</span> de modo tão singelo, um princípio elementar do direito administrativo. Ao contrário do que diz o <span style="color: blue;"><span style="color: black;">juiz,</span> </span> que o candidato a concurso sabe das nulidades, todo ato administrativo (incluído edital de concurso, multas e outros) goza de presunção de validade, veracidade, legitimidade, dentre outras garantias do interesse público. Assim não se presume a nulidade, mas a total validade do ato.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br />
</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Fosse assim, poderíamos deixar de pagar a multa de pronto, porque podemos presumir nula. Com todo respeito ao <span style="color: blue;">j</span>uiz<span style="color: blue;">,</span> que se apresentou como professor na entrevista, já que tenta justificar o seu ato de poder, de modo científico. Ele não deve explicação científica porque opera com o poder (para reparar o seu ato só órgão judiciário superior), mas como jurista e estudioso não pode se furtar de concordar com questões que são elementares, no meio científico.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; text-align: justify;">Por outro lado, pensando no mérito, faltou ao professor dizer que outro princípio fundamental do direito constitucional/administrativo é a teoria do fato consumado que gera a convalidação do ato nulo, desde que os envolvidos não estejam de má-fé. No caso do concurso, não se pode exigir do indivíduo médio, que vive em um Estado de direito, que presuma de antemão que os atos do poder público são maculados de vício.<br />
<br />
Eis a boa-fé dos candidatos ao concurso.Quanto ao fato consumado, a nomeação e o exercício do cargo pelo candidato mudam a situação jurídica do ato, porque agora o candidato é servidor público e o poder público precisa de seu trabalho, daí o próprio poder público (sem mesmo intervenção do Poder Judiciário) estar autorizado a validar o ato. Desfazer o ato causaria<span style="color: blue;">,</span> <span style="color: red;"> </span>como de fato está causando<span style="color: blue;">,</span> maior prejuízo ao interesse público do que mantê-lo. Aqui novamente opera o interesse público, que se realiza na proteção dos direitos dos novos servidores que servirão ao povo. Um bom exemplo disso seria o poder público mandar desalojar milhares de famílias, após anos da existência de um loteamento, porque esse loteamento não teve aprovação da prefeitura lá na origem.<br />
<br />
Ora, é caso de convalidação, porque é mais vantajoso para os moradores e o poder público, que todos tenham garantida permanência do loteamento, apesar do vício inicial.No caso dos concursados<span style="color: blue;">,</span> a demissão agora causará um estrago sem previsões, especialmente para o interesse público.</div></blockquote><br />
<blockquote>Arivaldo F. Araújo - Goiânia</blockquote><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-55894309145577839202011-05-16T21:19:00.007-03:002011-05-18T09:27:27.841-03:00Não perca: 8ª Galhofada! Começa nesta quinta!<span style="color: black; font-size: 14pt;"></span> <br />
<div style="background-color: white;"><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzBkYNsykx1AGVU-tqFbqtqgIsJrIEhnfxaWarqI44JB3ijUlUgBqZPFOuwNlsPJy3GBILQ3X_WNjqLPPRptGqGvGFh5VecXe8ShARQMjVJXiUTg_3kfBW4_23bOo9Bzyw_ya8_A/s1600/Galhofada.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzBkYNsykx1AGVU-tqFbqtqgIsJrIEhnfxaWarqI44JB3ijUlUgBqZPFOuwNlsPJy3GBILQ3X_WNjqLPPRptGqGvGFh5VecXe8ShARQMjVJXiUTg_3kfBW4_23bOo9Bzyw_ya8_A/s1600/Galhofada.JPG" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Logomarca da Galhofada de 2010</td></tr>
</tbody></table><br />
</div></div><div><div><div style="background-color: white;"><b><span style="color: black; font-size: 13.5pt; font-variant: small-caps;"></span></b></div><div style="background-color: white;"><b><span style="color: black; font-size: 13.5pt; font-variant: small-caps;">Galhofada</span></b></div><div style="background-color: white;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><span style="background-color: white;">Galhofada é uma Pequena Mostra de Teatro na Rua organizada por artistas e produtores culturais de Goiânia e cidades vizinhas. Um trabalho sem fins lucrativos, que une a arte ao fazer social. Ela toma forma através da realização de apresentações gratuitas de peças teatrais ao ar livre</span><span style="background-color: transparent;">. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://blogs.ifg.edu.br/festivaldeartes/files/2010/11/maku.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://blogs.ifg.edu.br/festivaldeartes/files/2010/11/maku.jpg" width="212" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Makunaíma na Terra de Pindorama - Teatro que Roda</td></tr>
</tbody> </table><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><span style="background-color: transparent;"> A primeira ideia da galhofada surgiu de um encontro de pessoas envolvidas com teatro entre eles a Arte Brasil, a Cia Nu Escuro, o Grupo Teatro que Roda, o Zabriskie Teatro, o Teatro Reinação, a Geppetto e artistas independentes como Charles Rodrigues e Rafael Ribeiro Blat entre outros.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></div><div style="background-color: white;"><div style="text-align: justify;"></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"> </span><b><span style="color: black; font-size: 13.5pt; font-variant: small-caps;"> </span></b></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />
</div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />
</div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><b><span style="color: black; font-size: 13.5pt; font-variant: small-caps;">Galhofada - o que é isso?</span></b></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />
</div></div><div style="background-color: white;"><div style="text-align: justify;"></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 13.5pt;">O nome Galhofada quer dizer grande galhofa. Galhofar é gracejar, divertir-se ruidosamente. E galhofeiro são pessoas brincalhonas, zombeteiras.</span></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><br />
</div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><br />
</div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />
</div></div><div style="background-color: white;"><div style="text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 13.5pt;">Agora Em 2011 participarão grupos como: Sapequinha, improvisorios, brincatores, pés nus, Zyza Glaybe, Teatro do Maleiro, fabrincantes, palhaçaria teatral, Zabriskie, pré molares, humor rock, Grupo Guará da PUC, Circo Laheto, Nômades, Fé menina, Grupo Bastet, Novo Ato, Favelhaço, Prenluno, trip trapo, Sonhus Ritual, OOps, Arte e fogo, Dra Angelina, Passarinhos do cerrado, Trupe de Cirandeiros, Duplice, Tônzera, Mr Sam, Rubens Street, além de artistas independentes (leia mais sobre a Galhofada ao final do texto).</span></div></div><div style="background-color: white;"><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5XxoGJca6AQsXWA9QSOSqgcjR6IYhetW8deyXiKc43ZvfqfyP2aESzTVGP-RU3IXP4Ua_5bIl1Q0YyIfD0qKP9G-LNl8hz7PxZ6sNvmyeJseDvi7c7d7OhhY0c8UaDdTEbtsL/s1600/_LAY8258.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5XxoGJca6AQsXWA9QSOSqgcjR6IYhetW8deyXiKc43ZvfqfyP2aESzTVGP-RU3IXP4Ua_5bIl1Q0YyIfD0qKP9G-LNl8hz7PxZ6sNvmyeJseDvi7c7d7OhhY0c8UaDdTEbtsL/s320/_LAY8258.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Amor I Love You - Grupo Zabriskie</td></tr>
</tbody></table><br />
</div></div><div style="background-color: white;"><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><b><span style="color: black;">Vamos galhofar?</span></b><span style="color: black;"></span></div></div><div style="background-color: white;"><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />
</div></div><div style="background-color: white;"><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span style="color: maroon; font-size: 13.5pt;">Serviço:</span><span style="font-size: 13.5pt;"></span></div></div><div style="background-color: white;"><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><b><span style="color: black;">Mostra: 8° Galhofada</span></b><span style="color: black;"></span></div></div><div style="background-color: white;"><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><b><span style="color: black;">Local:Rua 1013 Qd.39 Lt.11 n.467,</span></b><span style="color: black;"></span></div></div><div class="MsoNormal" style="background-color: white;"><b><span style="color: black;">tel. 62/3241 8447</span></b><b><span style="color: black;"><br />
Setor Pedro Ludovico, Goiânia, Goiás</span></b><br />
<b><span style="color: black;"> Brasil</span></b><span style="font-size: 13.5pt;"></span></div><div style="background-color: white;"><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><b><span style="color: black;"></span></b><br />
<b><span style="color: black;"> Valor: Gratuito</span></b><span style="color: black;"></span></div></div><div style="background-color: white;"><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><b><span style="color: black;">Data: dias 19, 20, 21 e 22 de maio</span></b><span style="color: black;"></span></div></div><div style="background-color: white;"><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><b><span style="color: black;">Horas: A partir das 16h</span></b><span style="color: black;"></span></div></div><div style="background-color: white;"><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />
</div></div><div style="background-color: white;"><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><b><span style="color: black;">Informações: 92630562, 32418447</span></b><span style="color: black;"></span></div></div><div style="background-color: white;"><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />
</div></div><div style="background-color: white;"><div class="MsoNormal" style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;">Confira a programação no site da<a href="http://www.geppettocultural.com.br/?p=221"> Geppetto.</a></div></div><div style="background-color: white;"><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span style="font-size: small;"><span style="color: black;"> </span></span></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />
</div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTNLQKw4Hn8CtaGcT_ZKVNVv4YYS9vnXmsMhQKbf1xpEQC64xKlLVfian5xZJzd4VQP7OouI0AAr8a0lprhjEM7fKDyylX22qrrJBX7hkuKWZOY1ehYOnIGhSdi_8ZNNc4y6O-UA/s1600/duplice2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTNLQKw4Hn8CtaGcT_ZKVNVv4YYS9vnXmsMhQKbf1xpEQC64xKlLVfian5xZJzd4VQP7OouI0AAr8a0lprhjEM7fKDyylX22qrrJBX7hkuKWZOY1ehYOnIGhSdi_8ZNNc4y6O-UA/s320/duplice2.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dúplice </td></tr>
</tbody></table><b><span style="color: black;"> <span style="font-size: large;">Um pouco mais sobre a Galhofada</span></span></b></div></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div></div></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="background-color: white;"><div style="text-align: justify;"></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 13.5pt;">A Galhofada tem acontecido, conforme já relatado, todos os anos se tornando um grande encontro entre artistas, entre artistas e comunidade, entre população periférica e central, rompendo preconceitos e democratizando o fazer artístico de forma orgânica, alegre, descontraída e de qualidade.</span></div><br />
<div></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtpGCUUeezl1Ly2YtZElwKdkDj2jSJHU9o1cq2-lgGQaWCv82W-cA1L8QPseC3SIxlkWCuutHL-t1F9tg4dxY2NO1FHJgvJQlYijijptfLPUgXqD8-s8IsVfyQ8Bw_e1wsNi4HGA/s1600/Sapequinha.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtpGCUUeezl1Ly2YtZElwKdkDj2jSJHU9o1cq2-lgGQaWCv82W-cA1L8QPseC3SIxlkWCuutHL-t1F9tg4dxY2NO1FHJgvJQlYijijptfLPUgXqD8-s8IsVfyQ8Bw_e1wsNi4HGA/s320/Sapequinha.jpg" width="232" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sapequinha</td></tr>
</tbody></table><span style="color: black; font-size: 13.5pt;">"A falta de recursos tem sido um mote para comprovação da força do movimento artístico e, nas reflexões, tem ficado claro que esta é uma das características que não queremos perder". A distribuição de cachês e remunerações diversas aos participantes poderia gerar interesses escusos e forçaria a organização à escolha de trabalhos a serem apresentados acarretando a necessidade de inscrição prévia, comissões de seleção, organização burocratizada etc. etc.. Tudo isso geraria custo elevado e a falta de apoio permanente acarretaria o fim da mostra.</span></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />
</div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 13.5pt;">A organização da Galhofada percebe, por outro lado, a necessidade de ampliar as condições de trabalho dos grupos, a qualidade técnica, a segurança e um certo conforto ao público.</span></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />
</div></div><div style="background-color: white;"><div style="text-align: justify;"></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 13.5pt;">A primeira edição do evento foi pensada por um coletivo de artistas e aconteceu em 2004. A conjuntura foi propícia e desembocou num trabalho que se tornou significativo de cidadania cultural na região do Setor Pedro Ludovico, junto a uma população sedenta por novas possibilidades de lazer e bem estar social para suas famílias. Decidiram-se todos que Galhofar era preciso. Foram 2 dias de evento, destinados exclusivamente à apresentação de espetáculos teatrais de rua.</span></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><br />
</div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 13.5pt;">O evento tinha o expresso objetivo de levar para a população do Setor Pedro Ludovico um trabalho que, para aquelas pessoas, era praticamente desconhecido principalmente pela falta de poder aquisitivo.</span></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />
</div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 13.5pt;">O sucesso da primeira edição fez com que grupos e artistas voltassem a se organizar para uma nova investida. A Segunda Galhofada aconteceu no ano seguinte e desta vez contou com a ajuda da comunidade local. Sua programação foi ampliada para três dias e, além dos espetáculos, o público pôde participar de jogos e pequenas oficinas.<a name='more'></a></span></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><br />
</div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 13.5pt;">Através do processo de avaliação do evento os organizadores constataram que não só haviam atingido a meta estipulada durante a primeira edição, como haviam superado todas as expectativas do grupo. Em 2006 foi a própria comunidade do bairro que buscou a Oficina Cultural Geppetto para que a Mostra tivesse prosseguimento. Com isto as aulas foram intensificadas e formou-se um elo entre a Galhofada e os moradores do bairro.</span></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><br />
</div><div></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 13.5pt;">Em 2007 o evento tornou-se uma tradição. Todos os participantes, principalmente os artistas, investem na possibilidade de ganhar um novo aplauso: “O que recebemos em troca deste trabalho é a certeza de que estamos cumprindo um papel importante em nossa sociedade, levando arte e cultura para toda a cidade e, com isso, alavancamos o nosso trabalho, formando público e contribuindo para que estas pessoas reconheçam o artista como um profissional... sem falar que estamos formando uma parceria muito importante com outros grupos, artistas e produtores que também são voluntários.” Disse então Hélio Fróes, da Cia de Teatro Nu Escuro.</span></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />
</div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"> A 1ª Galhofada aconteceu da necessidade sentida por grupos do fazer teatral de Goiânia de se apresentar a um público que não tem acesso às casas de cultura nem como atores e nem como público. As Galhofadas que se seguiram foram realizadas pelos amantes das artes cênicas, mas com participação cada vez maior da população local de diversas formas (oferecendo almoço, discutindo a programação, montando e desmontando cenários, divulgando etc.). Em nenhuma delas houve participação financeira do poder público. Cada participante arca com suas próprias despesas e os pequenos gastos ( em 2010 - R$ 3.280,00) são rateados entre os organizadores.</span></div><div style="-moz-background-inline-policy: continuous; background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />
</div></div></div><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-14522094372826701512011-05-13T22:52:00.000-03:002011-05-13T22:52:14.980-03:00Túnel do tempo : enquanto o blogueiro não volta...<div align="justify">Parece que bati o recorde de ausência aqui: quase dois meses e meio, justo agora que, graças ao<i> twitter</i>, os posts tem atingido picos de leitura jamais vistos nos quase seis anos deste blog.<br />
<br />
Provavelmente, cabe aqui o mesmo comentário que tenho lido sobre a <i>Primavera Árabe</i>: as ferramentas das redes sociais sem dúvida nenhuma ajudam, mas se não houvesse uma movimentação no mundo real, uma indignação sincera com a situação vivida pelo meio artístico ( assunto dos últimos posts), nem <i>twitter</i>, nem <i>facebook</i> trariam alguém aqui. <br />
<br />
Enquanto me organizo para voltar a postar com regularidade, encontrei um artigo que esqueci nos rascunhos. Curiosamente, é o segundo de três e publiquei os outros dois. Vale a pena pois trata justamente da mobilização do meio artístico. É de 3 de novembro de 2006 (o segundo turno foi no dia 29 de outubro, entre Alcides Rodrigues e Maguito Vilela). Será que evoluímos nesses cinco anos? <br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Chamado à razão - Eleições: A cultura na Mídia Goiana 2 </span><br />
<br />
Uma semana após a publicação do artigo do repórter Rogério Borges (<a href="http://entreatos.blogspot.com/2006/10/chamado-razo-cultura-aparece-na-mdia.html">Chamado à Razão - A Cultura na Midia Goiana</a>), o Popular trouxe, no dia 26, quinta-feira anterior ao segundo turno da eleição para governador, no caderno Eleições, uma matéria sobre a precariedade das propostas dos dois candidatos para a Cultura. A matéria, de autoria do também repórter do Magazine Renato Queiroz, tinha uma breve entrevista com os candidatos, um box com suas propostas e era encabeçada pelo texto <i>Propostas Genéricas para A Cultura, </i>escrito a partir de entrevistas com pessoas atuantes na área. Fui uma delas. Minha fala aparece no último parágrafo: <br />
<blockquote></blockquote></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size: 85%;">O produtor cultural Marcos Fidelis, do Fórum Permanente de Cultura, vai além [vários aspectos já haviam sido mencionados, entre eles: a desproporção entre a importância econômica e social da área, sua função na construção da cidadania e a atenção a ela dedicada pelos políticos; o atraso em que se encontra o debate do tema em Goiás, em relação a outros estados; a pouca mobilização e organização dos envolvidos] e diz que o grande problema é que não existe uma política cultural em Goiás com a definição de objetivos. A valorização dos eventos faria bem à imagem dos governantes, mas não resolveria por si as questões da área. “O que há são ações isoladas sem a integração entre União, Estado e Município. No setor cultural, ainda impera a política de balcão e por isso alguns artistas ficam temerosos em cobrar e apontar as falhas dos governantes e, no futuro, sofrer represália”, critica. Por sofrer com o “personalismo e o autoritarismo do administrador público”, Marcos acredita que uma previsão para o setor cultural só poderá ser feita quando for divulgado o nome do novo presidente da Agência Goiana de Cultura (Agepel). Este, sim, o grande protagonista do espetáculo.</span> <br />
<blockquote></blockquote></div><div align="justify"><i></i> </div><div align="justify">Acrescentaria que essa situação se verifica:</div><div align="justify">1) a despeito de várias iniciativas dos artistas e produtores visando a construção dessa política. No caso do teatro, que conheço melhor, em documentos coletivos encaminhados à Agepel em 2003 e 2004. Houve o atendimento, parcial, a algumas das demandas, mas somente após o encaminhamento desses documentos ao Gabinete do Governador e a cobrança feita a partir dali. </div><div align="justify">2) A falta de integração também ocorre entre as ações empreendidas.</div><blockquote><div align="justify"></div></blockquote><div align="justify"></div><div align="justify">A propósito , enviei a seguinte mensagem à seção <i>Cartas dos Leitores:</i></div><blockquote><div align="justify"></div></blockquote><div align="justify"></div><div align="justify">----- Original Message -----<br />
From: <a href="mailto:marc_fid@yahoo.com.br" title="marc_fid@yahoo.com.br">marcus fidelis</a><br />
To: <a href="mailto:leitor@jornalopopular.com.br" title="leitor@jornalopopular.com.br">leitor@jornalopopular.com.br</a><br />
Cc: <a href="mailto:forumpermanentedecultura@yahoogrupos.com.br" title="forumpermanentedecultura@yahoogrupos.com.br">fórum</a><br />
Sent: Thursday, October 26, 2006 6:12 PM<br />
Subject: Matéria de hoje - caderno eleições<br />
Senhor editor,<br />
<br />
Parabéns pela matéria sobre as propostas dos candidatos para a cultura.<br />
Esclareço ser o autoritarismo a que me referi uma característica observável cotidianamente nas ações de nossos gestores culturais. Algumas delas, inclusive, abordadas em matérias anteriores neste mesmo jornal.<br />
O veto à construção democrática de uma política cultural é comum às duas forças políticas que disputam a eleição para governador. A administração estadual o faz por omissão e a administração municipal de Goiânia ressuscitando práticas da República Velha, a ponto de desrespeitar sentença judicial.<br />
Discuto a questão em maior detalhe no texto <a href="http://entreatos.blogspot.com/2006/10/atitudes-diversas-resultado-idntico.html">Atitudes Diversas, Resultado Idêntico, Mesma Razão</a>, disponível em <a href="http://www.entreatos.blogspot.com/">www.entreatos.blogspot.com</a>.<br />
<br />
Atenciosamente,<br />
<br />
Marcus Fidelis<br />
Produtor Cultural</div><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-47605795533273854632011-03-02T23:49:00.001-03:002011-03-02T23:50:01.929-03:00Lei Goyazes - SEFAZ ainda não efetivou compromisso verbal - 5 -reuniãoVamos lá, atualizando esse blog para o qual ando cada vez mais sem tempo:<br />
<br />
1. <a href="http://entreatos.blogspot.com/2011/02/lei-goyazes-sefaz-ainda-nao-efetivou_10.html">Toquei</a> neste assunto pela última vez há 3 semanas, no dia do tuitaço.<br />
<br />
2. Hoje, finalmente, a diretoria de Ação Cultural da Agepel, à qual fica subordinado o programa Goyazes, enviou uma mensagem convidando para um reunião amanhã:<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<blockquote><br />
</blockquote><div class="gmail_quote"><blockquote>---------- Mensagem encaminhada ----------<br />
De: <b class="gmail_sendername">Agepel Programa Goyazes</b> <span dir="ltr"><leigoyazes@hotmail.com></leigoyazes@hotmail.com></span><br />
Data: 2 de março de 2011 16:28<br />
Assunto: convite<br />
<br />
<br />
<div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;"><span style="font-family: 'Baskerville Old Face','serif'; font-size: 16pt; line-height: 115%;">Convite</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira- AGEPEL juntamente com o Conselho Estadual de Cultura convida artistas, produtores e demais interessados para discutir as condições atuais e perspectivas do Programa Estadual de incentivo a Cultura- Lei Goyazes.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Serviço</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Data: 03 de março de 2011.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Local: Auditório do Museu Zoroastro Artiaga – Praça Cívica, 13</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Hora: 16:00 horas</span></span></div><br />
<br />
Diretoria de Ação Cultural</div></blockquote></div><br />
<br />
3. Nesse quase um mês desde o tuitaço, se não estou errado, e se estiver por favor me corrijam, uma única novidade: há 9 dias, o sempre solícito Vander , gestor do programa, encaminhou mensagem com definição da SEFAZ quanto aos patrocínios feitos em <b>dezembro:</b><br />
<br />
<br />
<blockquote><div class="gmail_quote">---------- Mensagem encaminhada ----------<br />
De: <b class="gmail_sendername">Agepel Programa Goyazes</b> <span dir="ltr"><leigoyazes@hotmail.com></leigoyazes@hotmail.com></span><br />
Data: 22 de fevereiro de 2011 16:19<br />
Assunto: FW: Ofício Circular (apuração de fevereiro).<br />
<br />
<br />
<br />
<div>Senhores (as) Produtores e Agentes Culturais,<br />
<br />
A Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás oficializou posicionamento quanto ao beneficio fiscal referente aos patrocínios efetuados no mês de <b>dezembro</b> <b>de 2010</b> em favor de projetos do Programa Goyazes.<br />
<br />
Era sabido que os patrocinios concedidos em dezembro de 2010 ao Programa estavam aguardando definição da SEFAZ, pois os mesmos estavam ultrapassando o limite anual de R$ 5 milhões de reais, o que impedia a liberação dos créditos aos empresários patrocinadores.<br />
<br />
Dessa forma, a AGEPEL e o Programa Goyazes somente foram prejudicados no mês de dezembro, afetando uma reduzida parcela de patrocinadores e um pequeno volume de recursos, gestão financeira que é feita com muita responsabilidade no presente órgão a fim de evitar ou minimizar contratempos.<br />
<br />
Quanto aos meses de setembro, outubro e novembro de 2010, informamos que apenas os patrocinadores do Programa Pro-Esporte, administrado pela AGEL - Agencia Goiana de Esporte, foram prejudicados, mas que deverão, também, aproveitar-se da medida agora divulgada pela SEFAZ.<br />
<br />
Segue em anexo o inteiro teor do oficio SEFAZ, destinado sobretudo aos patrocinadores de dezembro de 2010 do Programa Goyazes, aos quais pedimos urgência nos procedimentos.<br />
<br />
Atenciosamente,<br />
<br />
Vander C. Lopes Jr.<br />
Gestor de Finanças e Controle - AGEPEL<br />
<br />
> Date: Tue, 22 Feb 2011 15:24:00 -0300<br />
> From: <a href="mailto:gabriel-rs@sefaz.go.gov.br" target="_blank">gabriel-rs@sefaz.go.gov.br</a><br />
> To: <a href="mailto:fidenciolobo@gmail.com" target="_blank">fidenciolobo@gmail.com</a>; <a href="mailto:marcconsultoria@hotmail.com" target="_blank">marcconsultoria@hotmail.com</a>; <a href="mailto:leigoyazes@hotmail.com" target="_blank">leigoyazes@hotmail.com</a>; <a href="mailto:josegambier@gmail.com" target="_blank">josegambier@gmail.com</a>; <a href="mailto:flaviasafadi@uol.com.br" target="_blank">flaviasafadi@uol.com.br</a><br />
> Subject: Ofício Circular (apuração de fevereiro).<br />
> <br />
> <br />
> Boa tarde,<br />
> <br />
> Seguem anexos os ofícios encaminhados pelo Secretário da Fazenda determinando como deverão proceder os ajustes na apuração do mês de fevereiro das empresas que efetuaram patrocínio no Proesporte entre os meses de Setembro e Dezembro de 2010 e na Lei Goyazes no mês de Dezembro de 2010. Segue também a planilha com os valores a serem estornados por empresa. O aproveitamento do crédito em Fevereiro será autorizado por Despacho, mediante a comprovação do estorno do mesmo (cópia do livro fiscal demonstrando a operação) junto à SEFAZ (bloco "D" 1º andar).<br />
> <br />
> Atenciosamnte<br />
> <br />
> Gabriel Rodrigues Silveira <br />
> Gestor Fazendário <br />
> <br />
> GEAT - Gerência Especial de Auditoria <br />
> Complexo Fazendário - Bloco "D" - 1º Andar <br />
> Fone/Fax: (62) 3269-2215 <br />
> </div></div></blockquote><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-17308810921564688562011-02-15T14:50:00.001-03:002011-02-15T14:50:01.430-03:00Democracia tem mais desaparecidos que ditadura - 6 - Número sobe para 26No dia 27, quinze dias após o fim da publicação da série sobre os 25 desaparecidos, um novo caso, que teria ocorrido na Cidade de Goiás, após aquela publicação, foi relatado a O Popular.<br />
<br />
Desta vez não foi manchete, mas teve chamada na primeira página. No texto, menção à comissão que seria criada para investigar os desaparecimentos, que até ontem ainda não havia sido instalada:<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLVrQ6z48MlL4CbjK3l5B31pAPZzuyHScLkYqlFJcOpXfDYqfBOFX-QeA9_4Zcx3BK2ZsKi1aScMrbK1O-VsrMeUhO-n56LxymIzgAf-ODGY4YIm__ijq2UynXZTiyMMu4CHfa/s1600/CAP01_27.jpg.scaled.500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLVrQ6z48MlL4CbjK3l5B31pAPZzuyHScLkYqlFJcOpXfDYqfBOFX-QeA9_4Zcx3BK2ZsKi1aScMrbK1O-VsrMeUhO-n56LxymIzgAf-ODGY4YIm__ijq2UynXZTiyMMu4CHfa/s400/CAP01_27.jpg.scaled.500.jpg" width="221" /> </a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;">Rapaz some após suposta abordagem</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="font-size: small;">Família diz que autônomo foi retirado de casa por homens do Genarc da cidade de Goiás</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Rosana Melo<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O número de pessoas desaparecidas em Goiás depois de abordagens policiais subiu para 26 desde o dia 18 deste mês, quando o autônomo Edmilson Barros da Silva, de 32 anos, foi retirado de casa, na Rua 3, no Setor Aeroporto, na cidade de Goiás, por quatro homens armados, que se identificaram como sendo policiais civis do Grupo de Repressão a Narcóticos (Genarc) do município.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Edmilson foi algemado e levado pelos quatro homens em um carro branco e nunca mais foi visto pela mulher, uma adolescente de 14 anos, e pela mãe, Ivone Carolina da Silva, de 53 anos. A jovem presenciou toda a ação e contou que os homens falaram que cumpriam um mandado de prisão contra Edmilson. "Eles não mostraram nenhum documento. Só me deram um número de telefone, dizendo que era da cadeia de Jussara, mas quando liguei, o número era de um supermercado em Itaberaí", contou a mulher de Edmilson.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Segundo ela, os homens mandaram que ele colocasse roupa rapidamente e que não precisaria levar nenhuma troca de roupa porque para onde ele ia não precisaria delas. A mãe do autônomo registrou o desaparecimento do filho no dia seguinte, na delegacia da Polícia Civil daquela cidade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Amigos do desaparecido contaram que dias antes da abordagem, o autônomo foi abordado por uma equipe do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT), da Polícia Militar. Os militares teriam espancado e torturado o autônomo que, após ser liberado, teria denunciado os militares.</div><div style="text-align: justify;"><br />
O corregedor-geral da Secretaria de Segurança Pública, delegado Aredes Correia Pires, disse que uma sindicância foi instaurada na delegacia da cidade para apurar os fatos e que Edmilson tinha envolvimento com o tráfico de drogas e devia a outros traficantes. "Tudo indica que ele fugiu para não pagar as dívidas ou tenha sido pego por traficantes", esclarece.</div><div style="text-align: justify;"><br />
O POPULAR mostrou, entre os dias 9 e 13 deste mês, através de uma série de reportagens, que o número de pessoas desaparecidas em Goiás depois de abordagens policiais entre os anos de 2000 e 2010 é maior que o número de goianos desaparecidos entre 1968 e 1979, anos mais rígidos da ditadura militar no País.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Investigações sobre ações de grupos de extermínio em ação em Goiás, que incluem mortes e desaparecimento de pessoas, estão em andamento, em caráter sigiloso, no Centro de Apoio Operacional do Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público estadual e no Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Presidência da República. Os casos são investigados, de forma pulverizada, em delegacias goianas, pelas corregedorias da Polícia Civil, Polícia Militar e da Secretaria de Segurança Pública.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Uma comissão, formada por representantes desses órgãos, igrejas e Ordem dos Advogados do Brasil, vai investigar, de forma permanente, ações de grupos de extermínio e desaparecimento de pessoas. A criação da comissão foi determinada pelo secretário de Segurança Pública João Furtado Neto.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Sociólogo aponta ações semifacistas</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
Rosana Melo</div><div style="text-align: justify;"><br />
"A existência de um grupo de extermínio em Goiás significa, por um lado, uma ampliação do processo social de degradação humana e aumento da violência de grupos organizados, crescimento de ações semifascistas; e, por outro lado, que o Estado e a sociedade civil estão marcados pela passividade, onde o poder estatal se omite, pois teria amplas condições de desmantelar tais grupos, mas o que é impedido por seus interesses e vínculos com o mesmo, e a população por falta de auto-organização, pressão, cobrança do poder estatal, ações variadas para pôr fim a essa situação". A avaliação é do sociólogo Nildo Viana, professor da Universidade Federal de Goiás (UFG).</div><div style="text-align: justify;"><br />
Segundo ele, outro fator a ser analisado é que agora a criminalidade tem avançado no espaço das instituições estatais, com o sistema policial ficando cada vez mais submetido à lógica da sociedade capitalista, "onde o dinheiro passa a ser o Deus dos deuses e o resto passa a ser apenas o resto".</div><div style="text-align: justify;"><br />
Ele explica que o medo da população em relação à polícia se deve a uma longa história, marcada por abuso de autoridade, autoritarismo, impunidade e corrupção. Por isso, conta o sociólogo, os grupos de extermínio só fazem intensificar o medo já existente e bem antigo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"Claro que, para aqueles que ainda não temiam a polícia, passam a temê-la nesse caso, pois a participação de policiais em grupos de extermínio ultrapassa qualquer vínculo com a legalidade e com o que alguns chamam de Estado de direito, o que significa que a lei deixa de ser, mesmo que de forma meramente discursiva, parâmetro para ação policial, sendo substituída pelo uso da força e das armas, a violência nua e crua".</div><div style="text-align: justify;"><br />
Ligações Nildo Viana explica que grupos de extermínio são ligados a interesses, práticas e concepções determinadas, com origem a ligações com empresários e comerciantes que contratam assassinos para liquidarem supostos criminosos existentes nos bairros, mas às vezes, isso ocorre por vingança e por ideias semifascistas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"Existem informações sobre existência de grupos de extermínio em praticamente todas as cidades do País, com maior incidência nas Regiões Norte e Nordeste. Porém, em algumas cidades, como é o caso de Goiânia, isso nunca foi algo de grande preocupação ou evidência". O sociólogo ressalta que evitar ações de grupos de extermínio na atual sociedade é algo possível, mas bastante difícil.</div><div style="text-align: justify;"><br />
"O Estado é que seria o responsável por isso, já que garantir a segurança da população é sua função, mas ele muitas vezes provoca o contrário e não executa uma punição e prevenção adequada nesse caso, inclusive devido ao envolvimento de várias pessoas de sua esfera".</div><div style="text-align: justify;"><br />
Nildo Viana defende que a população deveria se organizar e pressionar o Estado a cumprir efetivamente sua função. Para ele, somente através da ação permanente e auto-organizada da população que "o Estado poderá avançar em ações de investigação, punição e prevenção, desativando tais grupos e impedindo a emergência de outros". </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-31795666188779573862011-02-10T18:27:00.001-03:002011-02-10T18:30:29.158-03:00Lei Goyazes - SEFAZ ainda não efetivou compromisso verbal - 4 - No twitter<div style="text-align: justify;">Enquanto escrevo, está acontecendo um tuitaço, com a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hashtags">hashtag </a> <a href="http://twitter.com/#%21/search/%23leigoyazes">#leigoyazes</a>, tentando finalmente conseguir que a SEFAZ regularize a tramitação dos processos de patrocínio pela lei, paralizados desde dezembro. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não poderia haver meio melhor para a manifestação, já que foi no twiiter que o <a href="https://docs.google.com/Doc?docid=0Afuxp_4cPGa1ZGRkY3d2NmZfMzY5ZjgyaGh4djY&hl=pt_BR&authkey=COPl4bUD">assunto surgiu</a>, ganhou repercussão e teria sido prontamente resolvido, segundo o próprio perfil do governador @marconiperillo - tudo isso no dia 19 de janeiro. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nada foi solucionado, contudo, como <a href="http://entreatos.blogspot.com/2011/02/lei-goyazes-sefaz-ainda-nao-efetivou_07.html">tenho mostrado aqui desde então.</a> Hoje, três semanas depois, a crise chegou às páginas de O Popular. Embora tenha tido chamada no alto da primeira página, a matéria não foi a capa do Magazine, que era outra matéria relacionada, ambas de Rogério Borges, dedicada às adequações necessárias para estado e municípios se integrarem ao Sistema Nacional de Cultura.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixo3jg9_sTfLUxXHgX_lOiXAXfL5m_RzwYXWf9RuUQ87u5YYuXpSQomzmOawUeCKHMqbyycHpE-YqJrotKy2Z2s7HwQhm2iEaKFA3kySbaLHxfqKxcI479QAVv2nVu7Bppzrw9/s1600/CAPA_AVULSA_10_02.jpg.scaled.1000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixo3jg9_sTfLUxXHgX_lOiXAXfL5m_RzwYXWf9RuUQ87u5YYuXpSQomzmOawUeCKHMqbyycHpE-YqJrotKy2Z2s7HwQhm2iEaKFA3kySbaLHxfqKxcI479QAVv2nVu7Bppzrw9/s320/CAPA_AVULSA_10_02.jpg.scaled.1000.jpg" width="181" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na reportagem, o secretário da fazenda é sucinto: não liberou porque não há dinheiro. Para saber como chegamos aqui, vale a pena percorrer alguns tuítes ao longo deste período.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em resumo: a notícia apareceu primeiro no @tiaodonato, no dia 14. No dia 19, pela manhã, @pablokossa, que tem mais de 4mil seguidores, também deu a informação. A partir daí e ao longo de todo o dia, houve cobranças. À tarde, o @marconiperillo anunciou que depois de saber pelo twiiter do problema, havia determinado sua solução. Depois a Agepel divulgou uma nota, dizendo que tudo havia sido resolvido verbalmente com o secretário da fazenda.<br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Nos dias 2, 3 e 4, tudo continuava como dantes. Mais tuítes, surpresa do @pablokossa, novas cobranças, inclusive com retuítes de @fpulcineli e de @rogerioPBorges, repórteres do Popular, ele o autor da matéria de hoje. Nenhuma solução, embora o @pablokossa noticiasse que soubera que a solução sairia naquele dia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">São reveladores os tuítes do dia 19 - ensinam muito sobre os tuiteiros. Repare nos que detratam a gestão anterior, insinuando irregularidades - quando o que ocorreu foi justamente o contrário: acabaram com o clubinho.<br />
<br />
Também importante é perceber a repercussão que podem conseguir os tuíteiros que tem aí seus milhares de seguidores, como é o caso do @pablokossa ou da @fpulcineli.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Agora, no tuitaço, novas promessas de solução, desta vez para amanhã... a ver.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para ampliar as imagens, clique sobre elas. Como no twitter e nos blogs, estão em ordem cronológica decrescente. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvyTLX3Al5aXg1UAR8eTA9b6x03C3zuLJ5bHlD30XmkJd8uhou3Tbp6p2H2uPKMaJAWwVclqTgt7VIOXHC_8CHFfOp-HjHvMuDgKQbJ_WSqOw7RSUHljXGtvlVc3w4VmephMuY/s1600/LG11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvyTLX3Al5aXg1UAR8eTA9b6x03C3zuLJ5bHlD30XmkJd8uhou3Tbp6p2H2uPKMaJAWwVclqTgt7VIOXHC_8CHFfOp-HjHvMuDgKQbJ_WSqOw7RSUHljXGtvlVc3w4VmephMuY/s400/LG11.jpg" width="400" /></a></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWDBlBu1GIr3JRDHgvlDLxNG6lrmxfarB9crROAFrnZqknQK6koX1G1sgieUXhCG4pRXJjK1kuqL9KbHyIliZdYd5u9H1xtuudW6VPUsxbbSuAkQdTWHojAtFTHEfEL0DxUc7h/s1600/LG10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="33" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWDBlBu1GIr3JRDHgvlDLxNG6lrmxfarB9crROAFrnZqknQK6koX1G1sgieUXhCG4pRXJjK1kuqL9KbHyIliZdYd5u9H1xtuudW6VPUsxbbSuAkQdTWHojAtFTHEfEL0DxUc7h/s400/LG10.jpg" width="400" /></a></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGAoMUf8HNVqCX8-IE-F2OByfaTtqZ8E4Aj0BNG8OMR6yC5CLFo8VnpNDcLH3oMFxzQEKnbyCjLJkJNqsD4xNwu7h6UduE3NtYVhKnoPQx8GD9j6ZabdktxnEIJG8Njx-S0e9M/s1600/LG8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="106" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGAoMUf8HNVqCX8-IE-F2OByfaTtqZ8E4Aj0BNG8OMR6yC5CLFo8VnpNDcLH3oMFxzQEKnbyCjLJkJNqsD4xNwu7h6UduE3NtYVhKnoPQx8GD9j6ZabdktxnEIJG8Njx-S0e9M/s400/LG8.jpg" width="400" /></a></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0oEJo2m8nnwHsqLFDL1B8TRiIGzefyIrbgxs6hM_Vuga_yDT2Inh3hq793691jhGRqm1sStLXGPImrHX4fntngdhqxYGNTB_z1mRg95vbIKGX-u37W6SOFbORd5X0mnSDMEaO/s1600/LG7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="123" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0oEJo2m8nnwHsqLFDL1B8TRiIGzefyIrbgxs6hM_Vuga_yDT2Inh3hq793691jhGRqm1sStLXGPImrHX4fntngdhqxYGNTB_z1mRg95vbIKGX-u37W6SOFbORd5X0mnSDMEaO/s400/LG7.jpg" width="400" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWoHXxigzVwSNvynTYyxXoUR6c9FwcH2IujdNjygHCFz6KmXnPM-sGlw2auEFcgXRQthRKMLKWDqVtDkCs-XMVr4JQuhBkh-Jo3ZL77IibVp3jI4NEYRArFgY5wO0fpo2HoufJ/s1600/LG6aaa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="68" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWoHXxigzVwSNvynTYyxXoUR6c9FwcH2IujdNjygHCFz6KmXnPM-sGlw2auEFcgXRQthRKMLKWDqVtDkCs-XMVr4JQuhBkh-Jo3ZL77IibVp3jI4NEYRArFgY5wO0fpo2HoufJ/s400/LG6aaa.jpg" width="400" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJKTeCepfNwREH9V5HIHX8JRjxut0J1qMVexIO9-ItO-zTPar9ptFbg1jOpBNNt91SLDUfgYrEH8gsyh-0AQCnYiiM-CQGNMf4qvs1kK9noTl4ctZZPuPwYbuBxJnZ-OzE8IwS/s1600/LG6aa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="91" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJKTeCepfNwREH9V5HIHX8JRjxut0J1qMVexIO9-ItO-zTPar9ptFbg1jOpBNNt91SLDUfgYrEH8gsyh-0AQCnYiiM-CQGNMf4qvs1kK9noTl4ctZZPuPwYbuBxJnZ-OzE8IwS/s400/LG6aa.jpg" width="400" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM_a5Jh55yeMEoh1OguwLs4uZrL4nFx6SNs2dUDWzvXprnZZWDYWYPuAce2lxCSy7sXoLGqvqREqg5g4crJIJfXpwgyaMRcAriSbi_NXOZbhQyP3V3By4andsCsmEU5-ym5lRO/s1600/LG6a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM_a5Jh55yeMEoh1OguwLs4uZrL4nFx6SNs2dUDWzvXprnZZWDYWYPuAce2lxCSy7sXoLGqvqREqg5g4crJIJfXpwgyaMRcAriSbi_NXOZbhQyP3V3By4andsCsmEU5-ym5lRO/s400/LG6a.jpg" width="400" /></a></div><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg2Wi2j9dq00FXAPPCHsj6zWjqf5FQJYB2lJuvhWqn6eWrUJ6BacnVVGIqpIZ-eXNGs2lkKBfpr67sak4fpgrMdR_f8n500sEODWQKwOfyMQwj4l1ke0slUA26AXAvpaGFuFq-/s1600/LG5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg2Wi2j9dq00FXAPPCHsj6zWjqf5FQJYB2lJuvhWqn6eWrUJ6BacnVVGIqpIZ-eXNGs2lkKBfpr67sak4fpgrMdR_f8n500sEODWQKwOfyMQwj4l1ke0slUA26AXAvpaGFuFq-/s400/LG5.jpg" width="400" /></a></div><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQG0sAgmlXWJQ5pykJCFK5VTcDsWCIPMTDsX-MZaag4Pmlg0wNMD_DCepWZWrJfJvlqTTCptTMREf2npxrpk1OlkT5ID7wQbIl2_Vce3Uouicwe9QxqGDguQofzL8OUdDr6sm6/s1600/LG4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="143" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQG0sAgmlXWJQ5pykJCFK5VTcDsWCIPMTDsX-MZaag4Pmlg0wNMD_DCepWZWrJfJvlqTTCptTMREf2npxrpk1OlkT5ID7wQbIl2_Vce3Uouicwe9QxqGDguQofzL8OUdDr6sm6/s400/LG4.jpg" width="400" /></a></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxEgfb-i1QJ3xdWMk11Obp7x0Cyu9oAXtu5x6oj95G-JmLsFx4Fce-arAXwec_I-0huL8-QeWPyfOn4mWyPr819wl-dLopJqbBjsSQ_68n5pCljVWIUh3a7pzoaQXyeEjJdQ8w/s1600/LG3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="322" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxEgfb-i1QJ3xdWMk11Obp7x0Cyu9oAXtu5x6oj95G-JmLsFx4Fce-arAXwec_I-0huL8-QeWPyfOn4mWyPr819wl-dLopJqbBjsSQ_68n5pCljVWIUh3a7pzoaQXyeEjJdQ8w/s400/LG3.jpg" width="400" /></a></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-PoozKYsYCPkUMZFAxNsP8MoEq5a2e8SYpSBZis5nSuuqdnQ9q-zI1uVx7K1xcCPRyS6_C7vIvdskv162A5UB1wZ9xqQO_Nw3-AtmVW71HQiY25E5T-sNtEJbwrj80zn354Fw/s1600/LG2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-PoozKYsYCPkUMZFAxNsP8MoEq5a2e8SYpSBZis5nSuuqdnQ9q-zI1uVx7K1xcCPRyS6_C7vIvdskv162A5UB1wZ9xqQO_Nw3-AtmVW71HQiY25E5T-sNtEJbwrj80zn354Fw/s400/LG2.jpg" width="400" /></a></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4V7AIWm-h-yPvPEV8ctcmcQvpNs-YCo_NyWswvD4kVRxnrXq_etV0mNW1o3wYl01-SBYrzr7LEizisbWH1OlabrIRXz-00BbHn2eOLugAeHvLaKMcak-SEc0lLUN4-unI2X5j/s1600/TG1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="37" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4V7AIWm-h-yPvPEV8ctcmcQvpNs-YCo_NyWswvD4kVRxnrXq_etV0mNW1o3wYl01-SBYrzr7LEizisbWH1OlabrIRXz-00BbHn2eOLugAeHvLaKMcak-SEc0lLUN4-unI2X5j/s400/TG1.jpg" width="400" /></a></div><div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8467919.post-40022526892584384392011-02-07T15:59:00.000-03:002011-02-07T15:59:04.218-03:00Lei Goyazes - SEFAZ ainda não efetivou compromisso verbal - 3<div style="text-align: justify;">Dezenove dias após a intervenção do governador e a nota oficial da Agepel, <a href="http://entreatos.blogspot.com/2011/02/lei-goyazes-sefaz-ainda-nao-efetivou.html">nada de novo</a>. Já foram encaminhados à SEFAZ os patrocínios de fevereiro e os de janeiro continuam indefinidos, como mostra a mensagem abaixo.</div><br />
---------- Mensagem encaminhada ----------<br />
De: <b class="gmail_sendername">Agepel Programa Goyazes</b> <span dir="ltr"><leigoyazes@hotmail.com></leigoyazes@hotmail.com></span><br />
Data: 7 de fevereiro de 2011 10:26<br />
Assunto: RE: Lei Goyazes não sofrerá alterações<br />
Para: marcus fidelis <br />
<br />
<br />
Ola Marcus,<br />
<br />
entrei em contato hoje com a GEAT-SEFAZ e a posição que passaram-me por telefone foi que os processos enviados em janeiro ainda estão naquele departamento aguardando algum posicionamento dos superiores (Superintendentes, Secretario..), o que ainda não ocorreu. E já estamos no dia 7 de fevereiro.<br />
<br />
A Agepel encaminhou à SEFAZ, na semana passada, os processos de solicitação de patrocinio para o mes de fevereiro.<br />
<br />
Abraço,<br />
<br />
Vander C. Lopes Jr.<br />
Gestor de Finanças e Controle<div class="blogger-post-footer">a href="<$BlogSiteFeedUrl$>" title="Atom feed">Site Feed</a></div>Marcus Fidelishttp://www.blogger.com/profile/01530183863320389672noreply@blogger.com0